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Phillipe Meirrieu e Constituição Federal.

Por:   •  8/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.504 Palavras (19 Páginas)  •  805 Visualizações

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O Pedagogo: O olha de Philippe Meirieu.

Philipe Meirieu nasceu em 29 de novembro de 1949 em Ales (Garde). No inicio de sua carreira ele era ativo nos movimentos de educação popular, fez também bacharelado literário nos estudos de filosofia e letras em paris. Antes de tomar responsabilidades pedagógicas e administrativas, Merieu atuou sucessivamente como professor de francês na faculdade e fim em filosofia, (diretor do instituto da ciência e pratica da educação e da formação na universidade Lyon e diretor do instituto nacional de investigação pedagógica). Por ser especializado em ciências da educação e pedagogia, é um dos mais conhecidos pedagogos franceses e de um grande referencia no mundo educativo. Além de seus compromissos de ensino ele foi vice-presidente do delegado Rhone Alpes.

Autor de vastas obras como: “Aprender..sim, mas como?” e “ Pedagogia entre o dizer e o fazer”, ambos são um guia de Philippe Meirieu para a reflexão em temas sempre centrados na pratica pedagógica.

  1. Qual é a definição da pedagogia para Meirieu?

Por ser um importante estudioso da educação, para Meirieu a definição de Pedagogia assenta-se em duas premissas:

  • Todas as pessoas podem e devem ser educadas e crescer;
  • Ninguém pode ser obrigado a aprender e a crescer contra sua vontade;

Segundo o autor, tendo como base estas premissas a pedagogia deve ser encarada como uma espécie de arte ou modelagem em que o educador deve trabalhar os materiais de que dispõe, usando ferramentas a que podem recorrer, possibilitando assim que quem aprende, aprenda bem, e a entende o que aprende.

A pedagogia exerce-se não somente nos ambientes teóricos, mas na realidade, no dia-a-dia utilizando dois princípios:

  • Principio da educabilidade;
  • Principio da responsabilidade;

  1. Qual o papel do pedagogo?

Sabemos que a pedagogia tem um papel fundamental, e sempre nos perguntamos: afinal qual o papel do pedagogo?

Considerando-se as diversas formas de sua atuação como: gestor, supervisor, planejador de politicas educacionais, pesquisador, professor, coordenador pedagógico, orientador e entre outros, o pedagogo da pratica educativa e seu papel vincula-se a organização e os processos metodológicos de aquisição de saberes.

Segundo Meirieu (2002) na escola, atuando como docente, o professor é um dos polos do triângulo pedagógico, composto pelo educando, o saber e o educador. O caminho didático por ele adotado esta diretamente relacionada com sua facilidade de organizar-se metodologicamente munindo-se de materiais, recursos e dispositivos tecnológicos que lhe permitam alcançar seus objetivos junto aos alunos.

O professor depende de boa formação interior, de solidez de valores e atitudes, mas também de boa formação profissional. Não é um dom e sim resultado da boa aprendizagem e da experimentação constante no sentido de encontrar boas estratégias e da vontade de executar um bom trabalho.

“O bom educador vive sua pratica almejando sempre atingir os melhores resultados” (Philipe Meirieu 1998)

Não basta ao professor apenas aproveitar os interesses e conhecimentos trazidos pelos alunos, é preciso criar nele novos conhecimentos e o desejo não esta lá, é preciso cria-lo, produzi-lo, reacende-lo.

  1. A modernidade e a “crise da educação”

Ser pedagogo não é uma tarefa fácil, principalmente nas escolas da rede publica no Brasil, pois a educação sempre passou por reformas educacionais e sempre esteve na “crise da educação” - as dificuldades nas praticas pedagógicas, a resistência contra as novas concepções de ensino, a falta de investimentos e compromisso ao nosso sistema de educação – prejudica o trabalho pedagógico mediante ao processo escolar do educando e educadores. Estar o professor preparado para enfrentas as resistências inexoráveis que o outro (aluno) opõe?

Seus recursos didáticos serão suficientes ante a diversidade em que hoje uma sala escolar apresenta, lidar com alunos sem desejo de aprender, trabalhar com crianças e jovens que não construíram nos lares os sentidos da importância da escola.

  1. Meirieu aponta a coexistência de duas ordens de conhecimentos docentes:

“Os saberes da prática, de caráter essencialmente empírico, e os saberes da teoria, amplamente modelizados – “o que se faz” – e nem sempre se sabe dizer e “o que se diz” sem que seja verdadeiramente destinado a ser feito”. (Philippe Meirieu 2002, p 11)

O autor se refere aos saberes da pratica e da teoria, segundo Meirieu (2002, p32) o professor deve estar no meio dessas ordens e manter vinculo permanente e irredutível entre elas para que possa ocorrer o ato educativo. O vai e vem entre pratica e teoria, a busca incessante de meios para fundamentar o processo de ensino, o empenho por decisões cada vez mais adequadas as situações concretas parecem ser o caminho para lidar com a insustentável leveza da pegagogia.

  1. A autoformação e autorreflexiva

É um processo que ocorre no sujeito, é inalienável, é condição de base para a aquisição de aprendizagens e condutas que ninguém consegue fazer pelo outro. É a determinação em colocar a autocrítica e a criatividade como procedimentos de promoção de transformação. Para que isso ocorra, é necessário que o professor volte-se para si e procure na própria essência de seu projeto de ensinar as razões para não perder a esperança em seu trabalho.

O professor precisa refletir sobre suas praticas pedagógicas, pois elas serão fundamentais para o sucesso de ensino e aprendizagem do educando.

  1. A ação docente.

“A ação docente requer, portanto, conhecimentos que levem a atingir dois tipos inseparáveis de objetivo: de competência, “saber identificado colocando em jogo uma ou mais capacidades em um campo nocional ou disciplinar determinado”, e de capacidades, “atividade intelectual estabilizada e reprodutível em diversos campos de conhecimento; termo utilizado, diversas vezes, como sinônimo de savoir-fair”. Esses objetivos garantem certo número de saberes que devem ser adquiridos pelos alunos, de forma sistemática e organizada”. (Philippe Meirieu 1998, p.183-184)

Ao viver numa sociedade de projetos, é importante organizar, apresentar soluções alternativas. A motivação dos alunos mobiliza para a execução de tarefas assegurando o objetivo da escola, compreender, aprender no real sentido a palavra e não pensar tanto em avaliar em resultados, e lembrar-se que os bons alunos é quem fazem uma boa escola e não, porém, que as boas escolas que fazem bons alunos. Portanto, o professor, profissional da aprendizagem, deve mediar as relações de seus alunos com aquilo que justifica sua presença, hoje obrigatória, na escola.

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