Plano de Ação do Estágio na Casa do Idoso de Marabá
Por: Leydianecs • 27/1/2020 • Trabalho acadêmico • 2.540 Palavras (11 Páginas) • 251 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
DEUSIMAR PORTEGLIO
LEYDIANE SILVA
PROJETO IDENTIDADE: CIDADANIA NÃO TEM IDADE
MARABÁ-PA
ABRIL/2018
DEUSIMAR PORTEGLIO
LEYDIANE SILVA
PROJETO IDENTIDADE: CIDADANIA NÃO TEM IDADE
Plano de intervenção como quesito avaliativo na
Disciplina Estágio Supervisionado em Ambientes
Não-Escolares, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Prof.ª Orientadora do Estágio: Msc. Vanja Elizabeth Sousa Costa.
MARABÁ-PA
ABRIL/2018
- JUSTIFICATIVA
O presente Plano de Intervenção se justifica pela possibilidade de contribuirmos com a equipe multidisciplinar do Centro Integrado da Pessoa Idosa, “Antônio Rodrigues”, conhecida também, como Casa do Idoso, no multi atendimento as pessoas da terceira idade, no contexto do empoderamento dos idosos, a fim de trabalharmos a automotivação, valorização e o fortalecimento da cidadania.
A partir de relatos e observações no ambiente, traçamos um plano que contemplasse a realidade e especificidades dos acolhidos. Lá percebemos que eles recebem acompanhamento de cuidadores, assistentes sociais, técnicos em enfermagem, educadores físicos, psicólogos e pedagoga, o que consideramos uma boa assistência e que nos direcionou para uma intervenção no âmbito educacional, embora não formal, para a aquisição da linguagem escrita. A nossa missão será a de provar que idosos são capazes de aprender e adquirir escrita com intervenção e mediação.
Vale ressaltar ainda que a intervenção é um quesito do estágio supervisionado em ambientes não-escolares no curso de Pedagogia da Universidade Federal Sul e Sudeste do Pará, trabalhando assim um dos tripés da universidade que é o retorno à sociedade.
A atividade será iniciada nas 60 horas de estágio, no entanto, o plano deve ser executado em longo prazo, já que se deve respeitar a individualidade, particularidade e tempo de aprendizagem de cada sujeito.
- DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA
O CIPIAR atualmente acolhe 17 idosos, que foram encontrados em situação de vulnerabilidade, geralmente sem vínculo familiar, morando na rua ou abandonados doentes em barracos e nos hospitais da cidade.
Algum deles não possui documentação, ou sabem informar dados básicos como data e local de nascimento, filiação, dentre outros quesitos importantes.
Segundo o Serviço Social do centro, a maioria não consegue assinar o próprio nome, tendo de passar por captura da digital na assinatura de documentos necessários para fins de atendimento previdenciário e de saúde.
É fato que a maioria dos idosos tem dificuldades de coordenação-motora devido à idade e por questões de saúde. Observa-se que 03 deles não conseguem sequer segurar o lápis. Mas além da coordenação motora, ao menos 05 idosos reclamam de problema na visão, desses, 01 tem deficiência visual em um dos olhos, outros 03 já passaram por cirurgia de catarata.
Considerando as particularidades dos idosos da casa, fica claro que o processo de alfabetização na instituição é de longo prazo, visto que cada pessoa tem seu tempo e jeito de aprender.
- OBJETIVO GERAL
Oportunizar aos idosos a aquisição da linguagem escrita para que os mesmos possam desenvolver a leitura e escrita, com foco no próprio nome, com o apoio da atividade lúdica, e assim contribuir com a equipe multidisciplinar da instituição, no fortalecimento da cidadania dos idosos.
- Objetivos específicos:
- Conscientizar os idosos de suas capacidades;
- Construir uma relação de confiança e afetividade com idosos;
- Motivar os idosos a participar das atividades propostas;
- Identificar as dificuldades e necessidades educacionais grupais dos idosos;
- Explorar e aplicar atividades educacionais de leitura, escrita, com apoio de atividades lúdicas.
- REFERENCIAL TEÓRICO
O pedagogo é um profissional que trabalha a educação muito além do espaço escolar. A abrangência curricular do curso de pedagogia é que possibilita a esse profissional atuar em diversas áreas com ações educativas, como por exemplo, na perspectiva da cidadania (SILVA & PERLUDE, 2013).
A atuação em ambientes não-escolares é garantida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), por meio da Resolução CNE/CP 1/2006. De acordo com a referida lei o pedagogo deve estar apto a:
Art. 5º, IV – trabalhar, em espaços escolares e não-escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo; V – reconhecer e respeitar as manifestações e necessidades físicas, cognitivas, emocionais, afetivas dos educandos nas suas relações individuais e coletivas (BRASIL, 2006, p. 2).
Silva e Perlude (2013, p. 47) nos lembram como a educação ao longo dos anos, mais precisamente a partir do início do século XXI, vem sendo utilizada pelo Estado e organizações não governamentais para formação cidadã, política e econômica e transformação social do ser humano, em especial dos menos favorecidos, como forma de recompensa, “passando a ser prioritária nos estudos científicos com vistas à definição de políticas estratégicas para desenvolvimento das sociedades”.
A pedagogia se torna uma ferramenta importante, visto que, o pedagogo em sua formação passa por literaturas que dão sustentação para as práticas educativas fora da escola convencional.
Ainda sob esse ponto de vista, Silva e Perlude (2013), nos leva a observar o quanto à atuação do pedagogo tem se consolidado com esse novo perfil profissional, assumindo papéis importantes em diferentes espaços, tais como, [...] “Os meios de comunicação, atividade de consultoria seja na formulação de campanhas informativas ou materiais de conteúdo educativo”.
O estágio supervisionado em ambientes não-escolares aliado aos saberes plurais e heterogêneos, adquiridos na vivência e experiência de vida, se torna necessário e essencial, para o pedagogo (MILANESI, 2012). Fora da escola o pedagogo desenvolve atividades educativas que tem objetivos “socioeducativos”, de caráter formativo-social, obedecendo às especificidades de cada área e/ou ambiente que se propõe a atuar, com elaboração e implementação de estratégias e projetos.
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