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Portifolio Gestão Educacional

Por:   •  27/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.822 Palavras (16 Páginas)  •  484 Visualizações

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RESENHA

A autora do texto Gestão Educacional é graduada em Pedagogia pela Unioeste (1978), mestre em Educação pela UFPR (1993) e Doutorada em Educação pela PUC-PR (2007-2007). Foi coordenadora e professora do curso de Pedagogia (1998-2008) da Universidade Positivo - UP, ministrando em cursos de formação de professores, as disciplinas de Didática e Prática Pedagógica, Metodologia do Ensino, Construção do Conhecimento, Organização do Trabalho Pedagógico, Gestão Educacional e Estágios, bem como palestras com temas voltados às diretrizes da Pedagogia, atuando em reconhecimento da renovação do credenciamento de cursos. Participou de bancas examinadoras, foi orientadora de monografias, coordenadora e professora de cursos de especialização em Organização do Trabalho Pedagógico e Metodologia do Ensino. Possui vários artigos publicados em anais e periódicos nacionais. Atualmente é consultora educacional da Fundação Bunge, atuando na formação de voluntários e professores da rede municipal. Para este trabalho a autora utilizou a metodologia de pesquisa bibliográfica, apoiada em diversos teóricos como: Saviani, Lück, Oliveira, Toschi e outros.

O estudo das teorias da administração permite a compreensão de que seus princípios e métodos trazem elementos que, com as devidas adequações e respeitando-se as características do trabalho educativo, possam contribuir para a identificação de ações pertinentes à gestão escolar por meio das práticas inerentes às novas tendências organizacionais, ou seja, os elementos se entrecruzam e se reconstroem conforme a concepção de educação que cada gestor assume, a política educacional de cada sistema de ensino e as propostas educativas elaboradas por profissional de escola. Logo as concepções de gestão não se estabelecem na prática isoladamente, elas utilizam elementos de uma e de outra, para construção e organização do trabalho pedagógico.

Começaremos nosso estudo com ponderações de Libâneo, sobre a concepção dos processos escolares. Esse estudioso classifica as concepções de gestão e organização escolar em quatro grupos: Técnico-Científica, Autogestionária, Interpretativa, Democrático-participativa;

Na concepção técnico-científica, segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2003, p.324), apresentam-se na versão conservadora a denominada administração clássica ou burocrática e sua versão mais recente é conhecida como modelo de gestão da qualidade total (GQT), que é originário da administração japonesa e tem o foco na participação dos colaboradores, resultando em altos índices de produtividade e de eficiência das tarefas propostas. Deming criador dos métodos da GCT preconiza a concepção da qualidade como responsabilidade de todas as pessoas envolvidas no processo, com princípio Taylorista na busca de métodos adequados que levem aos melhores resultados. A GQT utiliza termos específicos para identificar as ações propostas para área administrativa, como processo, produto, cliente, fornecedor, servindo como parâmetros para gestão escolar, considerando estes conceitos se adequando da cultura empresarial para cultura escolar. Precisamos considerar que estão envolvidos neste processo os órgãos responsáveis pela política educacional do país por meio de suas atribuições como MEC, Secretaria da Educação, etc.

A prática da GQT parte de um conceito, de uma filosofia, de uma cultura e de um método de trabalho. A gestão escolar que atua em coerência com tais princípios preocupa-se com a satisfação das pessoas, articulando para que cada colaborador fique ciente dos objetivos de sua função, responsabilizando-se pelo resultado final pelo qual é responsável. Conforme Saviani (2008, p. 440), analisa a aplicação desta tendência na educação, considerando:

aqueles que ensinam como prestadores de serviço, os que aprendem como clientes e a educação como produto que pode ser produzido com qualidade variável. No entanto, sobre a égide da qualidade total, o verdadeiro cliente das escolas é a empresa ou a sociedade e os alunos são produtos que os estabelecimentos de ensino fornecem a seus clientes. Para que este produto se revista de alta qualidade, lança-se mão de método de “qualidade total”, que, tendo em vista a satisfação dos clientes, engajam na tarefa todos os participantes do processo conjugando suas ações, melhorando continuamente suas formas de organização, seus procedimentos e seus produtos.

Os objetivos da gestão pela qualidade passam pela necessidade de atingir um padrão de operações que garantam a eficiência dos procedimentos aumentando a competividade da escola na medida em que, após passar pelo processo de implantação, as inovações e as melhorias possam se reconhecidas.

As concepções autogestionária e interpretativa tem em comum os princípios de decisões coletivas, ações organizadoras, ênfase nas inter-relações mais do que nas tarefas etc., desenvolvendo como consequência, o raciocínio que orienta a concepção da gestão compartilhada. Este tipo de gestão tem sua principal característica na ênfase da participação da sociedade, na medida em integra os processos de planejamento e gestão dos interesses sociais. Na área educacional esse modelo de gestão é geralmente assumido pelo poder público, como uma política de planejamento participativo. Segundo Juarez de Paula (2005), afirma que sem envolvimento, compromisso e adesão da comunidade local, nenhuma política alcançará êxito,

As estratégias de planejamento e gestão compartilhada, por serem participativas, contribuem para o crescimento do capital humano e capital social, ampliando as possibilidades de empoderamento da população local e facilitando a conquista da boa governança, que são algumas das condições necessárias para o desenvolvimento sustentável.

Nos últimos dez anos, observamos a utilização do modelo de gestão compartilhada em vários municípios brasileiros por meio da participação dos conselhos setoriais, assim muito mais que uma concepção do Estado, deverá constituir-se em processo do exercício da autonomia e participação das comunidades, emergindo no Brasil articulado ao conceito de gestão democrática nos organismos do Poder Público.

No modelo de gestão escolar democrática compartilhada, o diretor e a equipe pedagógica devem promover muitos momentos para estudar e pensar, planejar, acompanhar e avaliar, enfim fazer com que por meio de ação-reflexão-ação, garanta a aprendizagem do exercício da democracia. Paro (1991), enfatiza que a escola é um lócus privilegiado para analisar e reduzir o excesso de burocratização e centralização do poder, bem como contribuir efetivamente por meio da gestão democrática

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