Projeto pedagógico político
Tese: Projeto pedagógico político. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucineiasrn • 30/10/2014 • Tese • 1.415 Palavras (6 Páginas) • 335 Visualizações
Projeto Político Pedagógico
O projeto político pedagógico desmonstra o que a escola idealiza, seus objetivos, metas e estratégias permanentes, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas, como as funções administrativas.
O projeto político pedagógico contempla o planejamento e a gestão escolar. A questão principal do planejamento é expressar a capacidade de se transferir o planejado para a ação. Assim sendo, compete ao projeto político pedagógico a operacionalização do planejamento escolar, em um movimento constante de reflexão-ação-reflexão.
A importância do projeto político pedagógico está no fato de que ele passa a ser uma direção, um rumo para as ações da escola, pois é uma ação intencional que deve ser definida coletivamente. É um projeto político porque reflete as opções, escolhas de caminhos e prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e transformador da sociedade na qual vive. É pedagógico porque expressa as atividades pedagógicas e didáticas que levam a escola a alcançar os seus objetivos educacionais. É importante que o projeto político-pedagógico seja entendido na sua globalidade, isto é, naquilo que diretamente e indiretamente contribui para os objetivos prioritários da escola.Em razão disso, todo o projeto pedagógico da escola de certa forma é também um projetopolítico por estar inteiramente ligado ao compromisso sócio-político. No dizer de Nogaro, a ausência de um P.P.P. impossibilita o desenvolvimentoeducacional de toda e qualquer escola. É claro que a escola sem ele caminha, mas para aonde? Na verdade, o político juntamente com o pedagógico é visto como um processocontínuo de reflexão e discussão dos problemas da escola, tentando assim encontrar meiosfavoráveis á efetivação de sua intencionalidade constitutiva, levando assim, todos os membrosda comunidade escolar o exercício da cidadania. Ora, uma das coisas que precisamos saber, éque não se pode entender a questão política-pedagógica como mecanismos dissociados e/ouavulsos, quando ambos andam juntos. O P.P.P. preocupa-se em propor uma forma de organizar o trabalho pedagógicovisando uma superação dos conflitos, buscando rechaçar as relações competitivas, corporativase autoritárias. Na tentativa, de acabar com a rotina do mundo interno da instituição. A maior obrigação da escola é educar e, por falar em educação, sabemos que ela é umdos fatores responsáveis pela transformação e evolução da sociedade. Portanto, precisa dar asua contribuição. Ela ajuda os educandos à “abrir os olhos” no sentido de perceberem edefenderem seus direitos perante a sociedade, proporcionando-lhes uma maior visão acerca doque compete a eles desenvolver na sociedade em que estão inseridos. Mais ou menos nessalinha Gadotti enfatiza o seguinte: “Todos não terão acesso à educação enquanto todos –trabalhadores e não trabalhadores em educação, estado e sociedade civil – não se interessarempor ela. A educação para todos supõe todos pela educação” (2001, p.40). É sabido que o P.P.P. está relacionado com a organização do trabalho pedagógico empelo menos dois momentos decisivos, os quais, com base em Ilma citaremos a seguir: “comoorganização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relaçãocom o contexto social imitado, procurando observar a visão da totalidade” (1995, p.14).Entretanto, é necessário entender que o P.P.P. da escola, oferecerá caminhos indispensáveis àmontagem do trabalho pedagógico, que engloba o trabalho do docente na ação interna da salade aula já ressaltado acima. Para a organização desse projeto é de suma importância a ação detodos os que fazem parte do funcionamento da escola, inclusive os pais dos alunos quefreqüentam a mesma. Com isso, fica claro que é preciso agir em conjunto, só assim, é possívelhaver um bom funcionamento no dia-a-dia da vida escolar. Segundo Ilma, para que a construção do P.P.P. seja efetivada não necessariamente sedeve induzir os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, mas ofereceroportunidades que lhes possibilitem aprender a pensar e a moldar o projeto pedagógico da
3. melhor maneira possível (1995, p.15). Isso nos possibilita entender que a escola não deveseguir normas impostas pelo poder centralizador, mas sim “caminhar com suas própriaspernas”. Pois a escola dessa forma, ou seja, seguindo as ordens da elite, passa a ser vista comoinserida na sociedade capitalista, a qual, reflete no seu bojo as determinações e contradições dasociedade menos favorecida. Sobre isso Gadotti diz: “Existem muitos caminhos, inclusive paraa aquisição do saber elaborado. E o caminho que pode ser válido numa determinadaconjuntura, num determinado local ou contexto, pode não ser em outra conjuntura oucontexto” (2001, p.40). Em vista disso, podemos concluir que é extremamente necessário quehaja uma cisão entre a imposição da classe dominadora e a organização escolar, e essa aonosso ver é uma coisa que já deveria ter sucedido há muito tempo, a escola necessita acordarpara isso e lutar por sua própria autonomia. A esse respeito, Gadotti afirma o seguinte: “todoprojeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentarquebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscaruma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor doque o presente” (2001, p. 37). De acordo com a autora deve haver uma digna igualdade entre as classes sociais noâmbito de acesso e permanência na escola. Isso significa que não se podem favorecer algunscomo normalmente acontece e desmerecer os demais. No olhar de Saviani só será possívelconsiderar o processo educativo em seu conjunto sob a condição
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