Práticas Escolares de Alfabetização e Letramento
Por: JeaneKarina JeaneKarina • 14/12/2016 • Artigo • 2.595 Palavras (11 Páginas) • 372 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Instituto de Educação Continuada
Práticas Escolares de Alfabetização e Letramento
Disciplina: Alfabetização e Letramento
Aplicação da teoria da psicogênese da língua escrita no processo de alfabetização escolar
Karina Miranda de Bessa
Belo Horizonte
20 de fevereiro de 2014
Karina Miranda de Bessa
Aplicação da teoria da psicogênese da língua escrita no processo de alfabetização escolar
Artigo apresentado a disciplina Alfabetização e letramento do 1º Modulo do Curso Práticas Escolares de Alfabetização e Letramento do Instituto de Educação Continuada, oferecido pela PUC Minas BH, na modalidade semipresencial.
Professora: Arabie Bezri Hermont
Belo Horizonte
20 de fevereiro de 2014
Aplicação da teoria da psicogênese da língua escrita no processo de alfabetização escolar
Karina Miranda de Bessa
RESUMO
Consiste na apresentação concisa do texto, destacando seus aspectos de maior relevância, isto é: o tema, os objetivos pretendidos, a metodologia utilizada, os resultados alcançados e as conclusões do trabalho. Tudo isto, escrito em uma seqüência coerente de frases completas e não com enumeração de títulos, redigido em um único parágrafo e usando a linguagem impessoal, isto é verbo na 3ª pessoa. Deve-se evitar o uso de citações diretas e indiretas, elaborando-o com extensão de 150 a 500 palavras.
PALAVRAS-CHAVE:
Psicogênese da língua escrita, etapas de aquisição da escrita
1 INTRODUÇÃO
Atualmente muito se tem discutido sobre alfabetização. Porém as preocupações com os métodos utilizados para ensinar a ler e a escrever tem cedido espaço para investigação de como a criança aprende e como inseri-la num mundo letrado. Essa mudança de foco foi causada pela divulgação das teorias construtivista e sócio interacionista que vem ganhando espaço na pratica pedagógica brasileira e se opõem às ideias tradicionalista de alfabetização.
O objetivo do presente artigo é justamente demostrar de forma breve como a teoria da psicogênese da língua escrita pode ser aplicada na prática escolar
A introdução cita e apresenta uma visão geral do tema do artigo, relacionando-o com a literatura consultada, identifica os objetivos e as justificativas da realização do mesmo, usando expressões técnicas e linguagem impessoal: verbo na 3ª pessoa.
2 REFERENCIAL TEORICO
Durante séculos o ensino brasileiro foi dominado pela perspectiva tradicionalista que ora enfatizava os métodos a serem utilizados para ensinar, ora se voltava para o objeto da aprendizagem. O aprendiz ficava em segundo plano e seu papel era o de absorver ou memorizar os conteúdos ministrados de forma passiva.
Por volta da década de 80, essas concepções começaram a mudar com a ampla divulgação das ideias de grandes teóricos como Jean Peaget e Vigostik que enfatizaram o aprendiz como um sujeito ativo na construção do seu conhecimento. O ensino tradicional pautado pela memorização e pela utilização de métodos rígidos de ensino começa a ser fortemente criticado. O aprendizado da escrita e da leitura deixa de ser considerado como algo mecânico e passa a ser pensado como:
[...] um ato de conhecimento, por isso mesmo, como um ato criador. Para mim seria impossível engajar-se num trabalho de memorização mecânica dos ba-be-bi-bo-bu, dos la-le-li-lo-lu. Daí que também não pudesse reduzir a alfabetização ao ensino puro da palavra, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse enchendo com suas palavras as cabeças supostamente vazias dos alfabetizandos. Pelo contrário, enquanto ato de conhecimento e ato criador, o processo da alfabetização tem, no alfabetizando, o seu sujeito [...]. Como eu, o analfabeto é capaz de sentir a caneta [...]. A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. [...]. Aí tem [o alfabetizando] um momento de sua tarefa criadora. (FREIRE, 1989, p. 19).
A teoria construtivista, apresentada por Jean Piaget e mais tarde aprofundada por muitos dos seus seguidores, representou um marco para a educação no mundo inteiro. Essas ideias trouxeram contribuições importantes para todos os campos da educação, principalmente para a alfabetização. Antes acreditava-se que uma criança era alfabetizada por métodos tradicionais pautados pela mera memorização de saberes que eram transmitidos pelos educadores para os alunos de forma passiva e acrítica. A aprendizagem da escrita era tratada como aquisição de um código fundado na relação entre fonemas e grafemas. Porém, segundo Soares (2004), a perspectiva construtivista:
[...] Alterou profundamente a concepção do processo de construção da representação da língua escrita, pela criança, que deixa de ser considerada como dependente de estímulos externos para aprender o sistema de escrita, concepção presente nos métodos de alfabetização até então em uso, hoje designados tradicionais, e passa a sujeito ativo capaz de progressivamente (re)construir esse sistema de representação, interagindo com a língua escrita em seus usos e práticas sociais, isto é, interagindo com material para ler, não com material artificialmente produzido para aprender a ler; os chamados para a aprendizagem pré-requisitos da escrita, que caracterizariam a criança pronta ou madura para ser alfabetizada. (p. 02)
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