Práticas Inclusivas na Educação Infantil
Por: Juliana Elias • 7/7/2021 • Trabalho acadêmico • 1.238 Palavras (5 Páginas) • 184 Visualizações
PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Juliana Elias ¹
Tutor Flex 5 ²
- INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo acadêmico é apresentar e analisar as práticas inclusivas utilizadas na educação especial concentrando o olhar nas crianças com transtornos de desenvolvimento e outras deficiências, bem como apresentar o tema ao leitor de maneira clara, buscando compreender o que são as práticas inclusivas e sua importância no processo de ensino.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A inclusão de sujeitos com necessidades especiais em classes de ensino regulares tem se tornado uma realidade cada vez mais presente nas instituições de ensino e no dia a dia escolar. Esta colocação fez com que as instituições como um todo (corpo administrativo e corpo docente) passassem a ter uma visão mais abrangente acerca das funções sociais da escola e das necessidades dos alunos.
Ao abordar o tema da educação inclusiva, é possível pensar diversos pontos a serem analisados, dentre eles o acesso e a qualidade de ensino que devem ser pensados para eliminar as barreiras que dificultam e impedem a participação e aprendizagem das pessoas com necessidades especiais nas escolas regulares, onde geralmente as atividades repassadas aos alunos com dificuldades, em grande parte das vezes, são repetitivas e os conteúdos não possuem conexão com a aula realizada para a grande maioria, fazendo com que eles sejam deixados de lado.
Sendo um modelo de ensino que está em crescimento e para que se torne efetiva, a educação especial necessita de uma rede de apoio que possa ser utilizada para complementar o trabalho do educador em sala de aula. Esta rede de apoio pode contar com Atendimento Educacional Especializado (AEE), profissionais da educação especial como intérprete, professor de Braille, entre outros, bem como profissionais da saúde, a família e o governo em sim.
As práticas educacionais desenvolvidas durante o processo de ensino devem promover a inclusão na escola regular dos alunos com deficiências, sejam elas físicas, intelectuais, visuais, auditivas ou deficiências múltiplas, com transtornos globais do desenvolvimento e com alta gama de habilidades, deve existir mudanças nos padrões utilizados pelas equipes pedagógicas.
No tocante das práticas pedagógicas, segundo a Declaração de Salamanca (1994, p. 69), a inclusão:
Consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola. (Brasil, 1994)
A realização de um trabalho pedagógico de qualidade pleiteia o desenvolvimento de todas as habilidades do indivíduo, sejam físicas, sociais, motoras, afetivas e cognitivas, bem como propicia a busca pelo aprendizado significativo e qualitativo, os quais são objetivos de todo e qualquer educador. A organização da sala e a orientação das atividades deve ser feita pelo professor, que é o mediador no processo de aprendizagem e todos os conteúdos repassados por este devem ser considerados objetos de educação. O professor deve organizar a sala de aula e orientar as atividades dos alunos durante todo o processo uma que que alguns alunos ainda não possuem independência de se desenvolverem sozinhos. Todos os conteúdos escolares são considerados objetos educacionais e o papel do professor é o mediar o processo, ajudando cada um a se sentir capaz de realizar cada atividade passada.
É preciso também levar em conta as diferentes necessidades de cada estudante uma vez que podem requerer apoio e recursos diferenciados, e quando utilizados estes recursos o educador tem a possibilidade de conhecer mais afundo seus alunos, pois quando conhecemos cada uma de suas características e dificuldades, torna-se mais fácil reconhecer suas limitações e desenvolver o trabalho de forma adequada encontrando alternativas nas práticas de ensino.
Em conformidade ao autor David Rodrigues (2005), podemos enxergar a educação inclusiva como uma ruptura da educação tradicional, uma vez que seu intuito é romper os conceitos da educação tradicional e única de alunos padrões, através do olhar para as diferenças.
Conforme destaca Bueno (1999), a inclusão da criança com necessidades especiais na escola regular deve acontecer a partir de uma profunda mudança no sistema educacional como um todo, já que sua ineficiência incide tanto sobre o ensino regular como sobre o especial. Deste modo, devem ser analisadas e discutidas diferentes formas para que isto aconteça em prol e benefício do educando, sendo necessária que se verifique os limites pessoais e de formação do aluno, bem como as condições das escolas que receberam estes grupos.
Diante disto, Filho e Babosa (2015, p.363) apresentam que “a importância do atendimento às diferenças individuais, a qualidade das instalações, equipamentos e adaptações necessárias, o cumprimento das legislações que atendem ou orientam as questões da inclusão são fatores determinam o sucesso de uma educação especial e inclusiva.”.
Imagem I – Inclusão Educacional
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Fonte: Campos (2017)
Por fim, podemos dizer que a educação inclusiva é aquela que não separa os alunos com necessidades especiais dos outros estudantes pois ela dá o direito de que qualquer um tem de frequentar uma escola de qualidade e de ter suas habilidades de aprendizagem atendidas pela instituição. Assim, através de diversidades e métodos criam-se ambientes com capacidade para atender à toda comunidade escolar como podemos averiguar na imagem retirada do documento de Gabriel Campos (2017).
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