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OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  1/6/2015  •  Artigo  •  3.180 Palavras (13 Páginas)  •  357 Visualizações

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Curso de Pós-Graduação em Educação Inclusiva

Gabriela Metchko

OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

RESUMO

O presente artigo aborda um tema que atualmente se encontra em foco devido à necessidade de acolher na sociedade as pessoas com necessidades especiais. Mais do que inserir na convivência social as escolas tem a obrigação de dar condições para que os deficientes tenham autonomia e oportunidade de se desenvolverem, dependendo o menos possível dos que o cercam. Nesse contexto a educação inclusiva tem como a primeira etapa de aprendizagem a educação infantil, que é de suma importância, uma vez que são nos primeiros anos de vida que a criança desenvolve suas capacidades motoras e cognitivas. É possível perceber que a educação inclusiva é um direito garantido pela Lei, porém, ainda é um grande desafio para que os deficientes usufruam de uma educação inclusiva de qualidade e que sejam realmente inseridas e não excluídas.

PALAVRAS-CHAVE: Educação especial. Inclusão. Educação infantil.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo busca expor os problemas encontrados no sistema de ensino no que se refere a educação infantil, bem como os desafios enfrentados pela escola em preparar o aluno com deficiência, dando-o um ensino de qualidade de modo que, futuramente, tenha a oportunidade de escolarização e a efetiva participação na sociedade.

Destacaremos principalmente a educação infantil, fase muito importante, já que é a primeira etapa onde o ser começa a se socializar, junto com os outros alunos e onde também desenvolve grande parte dos aspectos motores e cognitivos.

Justifica-se este tema como sendo uma forma de entender, como se processa a inclusão de alunos com necessidades especiais na educação infantil, em uma sociedade cheia de preconceitos e que precisa rever seus valores diante desta nova visão.

 Se faz necessários uma análise de como está sendo desenvolvido o atendimento apropriado que possa possibilitar o desenvolvimento integral de potencialidades e habilidades de cada educando envolvido no processo de ensino e aprendizagem em sua fase inicial.

O objetivo deste estudo é analisar como está a implementação das políticas públicas educacionais, para a educação inclusiva nas escolas que atendem os alunos da educação infantil, visando “uma escola para todos”, sem exclusão, preparando o aluno para que o mesmo possa viver com a diversidade em um contexto onde todos somos diferentes.

A Metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica em textos consagrados da literatura da área pesquisada.

De acordo com a LDB, Lei de Diretrizes e Base da Educação (1996), sessão II, artigo 29, “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando ação da família e comunidade”. Sendo esta etapa, do ponto de vista histórico, uma das áreas educacionais que mais obteve avanços nas últimas décadas, mas que nos sugere repensar, pois há desafios a serem conquistados, principalmente a respeito de sua ampliação, de seu currículo e das pesquisas realizadas neste campo.

Antigamente achava-se que uma criança que nascia com algum tipo de deficiência estava fadada a nunca aprender nem se desenvolver de maneira satisfatória, mas essa visão vem mudando, Vigotsky (2009), por exemplo, não acreditava em hipótese alguma na cristalização e estagnação da capacidade intelectual dos alunos com deficiência, pelo contrário, para ele todo ser humano nasce com a capacidade de aprender e possibilidades de progresso.

Entretanto, mesmo sabendo que é possível o desenvolvimento, os alunos, pais, professores e gestores ainda esbarram em dificuldades como: falta de preparação e capacitação profissional e falta de estrutura das instituições.

Para Nascimento (2015), “não é difícil verificar como a escola pode contribuir para o sucesso ou insucesso do aluno e, que atrações desses mecanismos forma-se o tipo de ser humano desejável para uma determinada sociedade”.

A oferta da educação especial é dever constitucional do Estado, mas nem sempre acontece o que está proposto na lei. As escolas precisam estar preparadas para receber os alunos portadores de necessidades especiais, bem como seus funcionários e professores. Todos os alunos merecem o sucesso escolar, a inclusão não é apenas manter o aluno com deficiência na escola, é fornecer subsídios para que ele se desenvolva.

No primeiro capitulo será abordado a história da educação inclusiva no Brasil, bem como as dificuldades que ainda assombra a educação de qualidade para todos sem distinção. Já no segundo capítulo será destacado a forma mais adequada a ser tratada as práticas educativas, base fundamental para que haja uma educação inclusiva por excelência.

2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A seguir será elencado sobre a educação inclusiva num contexto histórico, bem como comentar a sua importância e as dificuldades encontradas para colocá-la em prática nas propostas pedagógicas.

2.1 A História da Inclusão na Educação Infantil

        A história da educação Infantil no Brasil se deu com o surgimento das creches vinculadas com a história das mulheres, mães trabalhadoras, que tinha como caraterística de que as instituições escolares substituiria o lar materno sem caráter educacional.

        Com a Constituição Federal de 1988, o estabelecimento de Educação Infantil foi reconhecido como um direito de todas as crianças. E com a aprovação da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) de 1996, ficou definido que a Educação Infantil seria a primeira etapa da educação básica, com a finalidade de promover o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual, social e etc.

        Com a proposta da educação inclusiva brasileira em referência nas políticas educacionais, entende-se que a educação deve passar por uma reorganização da escola, a começar pela educação infantil, sendo a primeira etapa da educação básica.

Segundo Mendes (2010):

Os primeiros anos de vida de uma criança tem sido considerados cada vez mais importantes. Os três primeiros anos, por exemplo, são críticos para o desenvolvimento da inteligência, da personalidade, da linguagem, da socialização, etc. A aceleração do desenvolvimento cerebral durante o primeiro ano de vida é mais rápida e mais extensiva do que qualquer outra etapa da vida, sendo que o tamanho do cérebro praticamente triplica nesse período. Entretanto, o desenvolvimento do cérebro é muito mais vulnerável nessa etapa e pode ser afetado por fatores nutricionais, pela qualidade da interação, do cuidado e da estimulação proporcionada a criança. MENDES (2010; pg. 47 - 48).

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