Questões Dirigidas Referentes ao Texto Experiências Pedagógicas Libertárias no Brasil de Neiva Beron Kassic.
Por: João Guilherme Mansur • 5/10/2021 • Resenha • 720 Palavras (3 Páginas) • 121 Visualizações
Questões dirigidas referentes ao texto Experiências Pedagógicas Libertárias no Brasil de Neiva Beron Kassic.
Questão 1- Características gerais das experiências pedagógicas libertárias:
De acordo com a leitura da obra de Kassic, podemos enxergar as experiências pedagógicas libertárias como uma resposta à educação classista fornecida pelo Estado que contemplava o completo desinteresse em levar a educação as camadas subalternas da sociedade. Dentro desse quadro, operários, proletários e seus filhos mantinham-se excluídos desses locais de aprendizado que se mantinha reservado a burguesia e os setores mais altos da sociedade classista.
Como resposta a isso, o movimento anarquista, ligado a demais correntes que viam a necessidade do rompimento com essa lógica dogmática religiosa e classista imposta pela Igreja e pelo Estado para a educação, começam a importar moldes de experiências libertárias ocorridas na Europa, como exemplo de França e Espanha, e aplicar algo parecido no território brasileiro. Como o próprio autor cita, “Portanto, ao mesmo tempo que a educação anarquista buscava novos métodos realizava a denúncia a escola enquanto instituição de reprodução dos interesses da Igreja e do Estado.” Pág. 86. Tentando criar assim um sistema educacional próprio para suprir o completo desinteresse do Estado em fornecer uma educação para as bases e corrigir o dogmatismo ideológico imposto pela Igreja na educação.
Questão 2- Modalidades do ensino libertário:
Dentro das modalidades do ensino libertário no Brasil podemos destacar a educação
básica formal para crianças, o centro de estudos sociais e a universidade popular como de demasia importância para tal proposta.
Sobre a educação básica formal para crianças, mais para o final da primeira década do século XX se criam as chamadas Escolas Modernas ou Racionalistas que seriam destinadas para o ensino formal para os filhos dos trabalhadores. Como o próprio autor cita: “A intenção era oferecer à criança uma base ampla de conhecimentos, fundamentada nas ciências como forma de escapar do dogmatismo religioso e voltada para a formação do homem completo, isto é, física, intelectual e moral.” Pág. 86. Mostrando assim a intenção de se levar uma educação mais inclusiva e livre de dogmas para os filhos da classe proletária.
Já o centro de estudos sociais já visava alcançar a faixa etária adulta no referente a uma educação mais inclusiva, levando assim um espaço de aprendizado composto por centros de cultura social, bibliotecas, conferências e uma série de atividades culturais para assim levarem a educação a essa classe que foi renegada e esclarecerem o operariado sobre a necessidade de uma revolução.
Agora na experiência da Universidade Popular, mesmo tendo um período curto de duração, indo de março a outubro de 1904, deve-se comentar sobre a importância de tal iniciativa visto o pensamento excludente do período. Sua intenção, assim como o centro de estudos sociais, era de levar uma educação livre a essa classe adulta proletária a qual foi negada desse direito por toda sua vida.
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