RESENHA DO TEXTO “UMA INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA AUTOMOTIVA NO BRASIL”
Por: João Vítor Alves Siqueira • 1/5/2020 • Resenha • 344 Palavras (2 Páginas) • 182 Visualizações
RESENHA DO TEXTO “UMA INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA AUTOMOTIVA NO BRASIL”
O autor demonstra que o inicio do emprego de novas tecnologias na produção automotiva brasileira concentrou-se nas operações de transferência de trabalho e no controle da produção do que nas próprias operações manuseadas pelos trabalhadores. Além disso, o mesmo cita que não foi apenas a área de administração que sofreu esse impacto, mas também outras áreas da produção e com isso algumas funções entraram em declínio, já outras funções obtiveram uma crescente. Na década de 80 houve uma rígida divisão do trabalho, uma padronização do mesmo e definição individual de tarefas executadas pelos operários e essas ações foram acompanhadas de outras medidas como o uso do just-in-time e assim foram caracterizadas como uma reestruturação produtiva “defensiva”.
A abertura comercial acelerada e outras medidas levaram as empresas montadoras e de autopeças a estabelecer dois acordos na chamada Câmara Setorial Automotiva. Nesses dois acordos foi definida a criação do chamado “carro popular”, dentre outras medidas como expansão dos investimentos, correção de salários etc. As maiores beneficiadas desses acordos foram às montadoras, que conseguiram ampliar sua produção tendo um crescimento maior do que anteriormente estabelecido e mesmo assim não obedeceram ao acordo em torno da geração de empregos.
O autor destaca que após esses resultados a Câmara Setorial foi extinto e substituída pelo Regime Automotivo. Com a abertura comercial, peças importadas foram inseridas no país e com isso os fornecedores de autopeças nacionais acabaram perdendo a concorrência e teve que se submeter a uma reestruturação produtiva. As entradas das estratégias de global sourcing e de follow sourcing (onde se reduz o número de empresas que participam da produção), nas últimas duas décadas agravaram mais essa situação.
O autor conclui que para os trabalhadores a situação foi ainda pior. Além das dificuldades das empresas de autopeças, a evolução da reestruturação automotiva influenciou no quadro de funcionários das companhias que tiveram uma redução de cerca de 27,7% de trabalhadores em sete anos (1989 a 1995) e de 22,03% (1995 a 1999). E ainda, essas inovações exigiram uma maior qualificação do trabalhador.
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