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Reflexão crítica sobre o livro “Pinóquio às avessas”, de Rubem Alves, sob a ótica das abordagens Tradicional, Comportamental e Humanista.

Por:   •  30/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  1.070 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

TRABALHO DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DE APRENDIZAGEM - 1º Bimestre

Reflexão crítica sobre o livro “Pinóquio às avessas”, de Rubem Alves, sob a ótica das abordagens Tradicional, Comportamental e Humanista.

Trabalho apresentado como requisito parcial à Disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e Teorias de Aprendizagem, Curso de Pedagogia - UNIP, ministrada pela Profa. Adriana Pelissário.

CAMPINAS

2016

1. APRESENTAÇÃO

A elaboração deste trabalho teve como objetivo ler e analisar o livro “Pinóquio às avessas”, do escritor brasileiro Rubem Alves, e fazer uma reflexão crítica embasada nas abordagens Tradicional, Comportamental e Humanista, estudadas através da bibliografia recomendada e as aulas expositivas do curso.

2. RESUMO DO LIVRO

        Felipe é um menino que tem um pai muito dedicado, que lhe conta histórias todas as noites. Um dia, resolveu contar-lhe sobre um boneco de madeira chamado Pinóquio, que virou humano quando começou a ir à escola. A intenção do pai de Felipe quando lhe contou sobre o boneco, era mostrar ao menino que para que ele pudesse virar gente, precisaria ir à escola como o Pinóquio.

        O menino era muito curioso e sonhador, gostava de perguntar muitas coisas aos adultos, e às vezes, acabava por deixá-los sem saber o que responder. Era nessa hora que ouvia que “tudo aquilo que ele não soubesse, aprenderia na escola”. O garoto ficava feliz quando obtinha essa resposta, pois acreditava que conheceria um lugar que solucionasse todas as suas dúvidas. Tamanha sua ansiedade, sonhou uma noite que estava na escola e lá os professores eram pássaros e ensinavam aos alunos como eles podiam voar e como se comunicar através do canto.

        Finalmente chegou o dia e Felipe foi à escola. Em seu primeiro momento, ele brincou com os amigos novos em um pátio e por lá ficou até o sinal da escola tocar. Felipe e as outras crianças foram conduzidos por sua professora à sala de aula. Ele estava feliz por pensar que todas as perguntas sem resposta que ele tinha seriam respondidas naquele momento. Mas qual não foi sua decepção quando a professora lhe disse que não poderia responder nada que não estivesse no planejamento e cronograma de ensino. Sua desilusão com a escola foi tão grande, que o garoto já não queria mais prestar atenção às aulas, não tinha interesse por aquilo que não tinha curiosidade. O professor de história chegou até a encaminhá-lo para uma psicóloga, que o diagnosticou com “distúrbio de atenção”.

        Os pais de Felipe, sempre muito preocupados com o futuro do filho, ficaram tristes com essa situação, e o aconselharam para que se dedicasse aos estudos, se não, ele ficaria burro. Após esta conversa, Felipe não queria decepcionar seus pais e passou a prestar atenção nas aulas, decorar tudo o que os professores diziam e esquecer tudo o que sonhava. Foi assim que conseguiu passar em primeiro colocado no vestibular de frangologista.

Felipe cresceu e tornou-se um grande profissional em sua área, nunca parou de estudar e ficou rico, muito rico. Porém, uma angustia o consumia internamente e, mesmo com todo o seu sucesso profissional, não se sentia uma pessoa feliz.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

Nesta etapa do trabalho, descreveremos as abordagens citadas na introdução e como cada uma está articulada no livro.

        3.1. Abordagem Tradicional

Esta abordagem é validada em práticas educativas e sua transmissão dá-se através dos anos e de geração em geração, o que a torna referência para todas as abordagens que a seguiram.

O ensino é centrado no professor e seu método verbalista. A relação social nela estabelecida é a vertical, com o professor como autoridade. Dá ênfase aos modelos em todos os campos do saber e privilegia o especialista. Sua característica é a visão de educação como um produto, com modelos de ensino pré-estabelecidos a serem alcançados. Preocupa-se com o que é externo ao aluno, como o programa e as disciplinas.  

No livro, isso pode ser conferido na página 29, quando Felipe questiona a professora sobre o nome do pássaro que havia visto. E esta lhe responde:

“- Agora não é hora de pensar em pássaros. Os nomes dos pássaros não estão no programa de português. Na aula de português, temos de pensar e falar sobre aquilo que o programa manda.”

Segundo Mizukami (2013), o diploma pode, então, ser tomado como um instrumento de hierarquização dos indivíduos num contexto social, fundada no saber, no conhecimento da verdade e irá desempenhar um papel de mediador da formação cultural e o exercício das funções sociais determinadas.

        O homem aqui é visto como um receptor passivo das informações selecionadas e consideradas importantes para ele. Sua realidade será passada pela educação formal, família e outros agentes, como a Igreja.

        Com referência a metodologia, podemos dizer que é a didática do “dar a lição e tomar a lição”, onde todos os alunos seguem o mesmo ritmo de trabalho, sem atenção individual. Já as avaliações são realizadas para que aconteça a reprodução dos conteúdos passados durante as aulas. Podem ser em forma de provas escritas, chamadas orais, exercícios, mas sempre individuais. A reprovação faz-se presente quando constatado que o aluno não atingiu o mínimo cultural esperado para a sua faixa.

        Mizukami (2013) nos fala sobre Émile Chartier, que dizia que a escola era o lugar onde se raciocina e, também, defendia um ambiente físico austero, para que o aluno são se distraísse. Isso pode ser visto no livro em vários momentos, inclusive na gravura que representa o sonho do Felipe: um corredor imenso com várias portas.

        A crítica direcionada a esse modelo de ensino é o tipo de intervenção, que é realizada somente pelo professor.

3.2 Abordagem Comportamental

A abordagem comportamental diz que o meio faz o sujeito, suas definições de comportamentos são de acordo com o ambiente onde este está inserido. O homem é uma consequência das influências existentes no meio ambiente, e pode ser moldado de acordo com o que a sociedade espera dele.

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