Relatório Disciplina:Geo-História
Por: Jeisiene Morais • 26/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.295 Palavras (6 Páginas) • 220 Visualizações
Nome: Divina Januária dos Santos Araujo
Disciplina:Geo-História
Professor: Lorene dos Santos
relatório
- Para refletir e responder
- Quais foram às sensações provocadas pelas duas visitas?
- Uma grande sensação de aprendizado e conhecimento.
- O que mais marcou, chamou a sua atenção?
R - Ver um museu em plena uma comunidade (favela).
- Em que medida se confirmaram as expectativas expressas antes da visita?
R – Somente durante a visita mesmo.
- O que vocês acham que aprenderam com as visitas?
R – Que a arte está em toda parte, não somente em museus na cidade, todo protegido e com grandes investimentos.
- O que gostariam de ver novamente?
- R – Outros museus construídos com a ajuda da comunidade carente.
- O que escolheriam para aprofundar em uma pesquisa?
- R – Um acervo cultural dentro de uma comunidade (Dança, música, artes plásticas, teatro etc).
- Há algo que não tenham gostado? O quê?
- R – Não, gostei de tudo que ví.
- Alguma peça ou setor dos museus o fizeram lembrar alguém ou de alguma experiência de vida pessoal ou familiar? Fale um pouco dessa experiência e das memórias que a visita aos museus podem ter provocado em vocês.
- R – Nenhuma peça ou setor me fez lembrar de alguém, mas o local ao qual se encontra o MUQUIFU me fez lembrar do meu passado ao qual vivia com minhas filhas em uma comunidade, pois não tínhamos condições de morar em um lugar melhor.
- Se vocês tivessem que convidar uma pessoa para visitar esses museus, quem convidaria (diga o nome da pessoa e o que ela é sua)? Por que convidariam esta pessoa ou por eu acha que ela gostaria de visitar estes museus (os dois ou apenas um deles), qual a relação dela com o que os museus representam?
- R – Jeisiene, Minha filha. A convidaria ara conhecer o MUQUIFU, pois achei que lá existe uma grande cultura do empoderamento do preto e pobre brasileiro, e isso é pouco mostrado hoje em dia.
- Belo horizonte foi a primeira cidade planejada do brasil. Fundada em 1897, para ser a nova capital de Minas Gerais, simbolizava o espírito de modernidade e dos novos tempos republicanos, quando prevalecia a crença no progresso e no avanço tecnológico. Uma cidade traçada primeiramente no papel, idealizada pra ser “rigidamente geométrica, funcional, limpa e saudável, constituída de parques e áreas verdes, ventilada e iluminada (...) O pensamento dominante era de que os valores artísticos e as heranças do passado deveriam ser substituídos por uma arquitetura racional e moderna. A simetria do traçado urbano e as edificações propostas contrastavam com qualquer cidade colonial portuguesa.” (HORTA, Célio Augusto. A planta de Belo Horizonte). A planta dividiu a cidade em: Zona urbana ou área central circundada pela Avenida do Contorno e caracterizada pela geometria e simetria das formas; zona suburbana, circundando a zona urbana, constituída de quarteirões irregulares, grandes lotes e ruas traçadas conforme a topografia; área de sítios destinada à pequena lavoura, para abastecimento local.
A distribuição espacial é também reflexo e constituidora de processos de exclusão social, onde se busca definir os lugares a serem ocupados por cada classe social, reservando-se a área central para os grupos privilegiados e empurrando os trabalhadores para a região periférica. No entanto a cidade é espaço de tensões e conflitos, em que uma classe trabalhadora convidada a construir, mas não a residir com plena cidadania, passou a ocupar o espaço urbano central, em favelas ou em ocupações irregulares. “A Avenida do Contorno nunca chegou a cumprir assim seu papel de linha demarcatória: de um lado a Cidade Burguesa e do outro, os fornecedores da força de trabalho e os provedores de alimentos.” No entanto, “A luta pela expulsão é uma constante no tipo de cidade que temos, como estratégia da classe dominante para valorização progressiva do espaço urbano. Nessas condições é realmente impossível ocupar e organizar harmoniosamente o espaço urbano e promover uma convivência entre grupos sociais numa forma democrática”. (LE VEM, Michel. As classes sociais e o poder político n formação espacial de Belo Horizonte).
Tendo em vista as informações apresentadas no texto e as visitas realizadas ao MHAB e ao MUQUIFU, procure refletir sobre de que forma o MHAB e MUQUIFU se constituem em espaços de memória capazes de revelar a organização espacial e aparthaid social presentes na história de Belo Horizonte, desde sua fundação aos dias atuais? Como isso se revela, por meio de:
- Regiões da cidade em que estes dois museus se encontram;
R – Um está localizado na área nobre cercado de grandes construções e muito verde (área nobre), o outro se encontra na região periférica da cidade, rodeado de dificuldades sociais e pobreza, sem verde ou planejamento urbano.
- Características das instalações físicas e condições de funcionamento desses dois museus;
R – O Museu Abílio Barreto possui suas instalações em perfeito estado de conservação, mesmo porque o mesmo possui investimento do governo para que se mantenha de pé; ele tem visitações com: Exposições, Biblioteca, Loja, Área Externa, Café e restaurante.
Já o Museu MUQUIFU tem como direção e curadoria do Padre Mauro Luiz da Silva, o Muquifu, além de ser um local de resistência, identifica-se com um museu de território, sendo que este possui em diversos locais do Morro do Papagaio várias atividades e peças de seu acervo.
As visitas são realizadas na Sede Vila Estrela, situada no Bairro Santo Antônio. Já a Sede Beco Santa Inês, na Barragem Santa Lúcia, é o local onde são realizados alguns eventos e onde está localizada a Biblioteca.
Há, ainda, a Loja do Muquifu, localizada na Rua Principal, 321, Barragem Santa Lúcia. Diferente do outro museu, este sobrevive da dedicação e investimento dos próprios moradores.
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