Resenha Acadêmica Crítica dos textos sobre Ensino e Aprendizagem de Mizukami

Resenha Acadêmica Crítica dos textos sobre Ensino e Aprendizagem de Mizukami.

Nos textos, sendo o primeiro, Ensino: as abordagens do processo e o segundo, Aprendizagem da Docência, ambos de autoria de Maria da Graça Nicolette Mizukami, se faz entender que são complementares um ao outro e responde a perguntas relacionadas ao que é exposto. Os estudos hoje focalizam na base de conhecimento profissional para o ensino e neste âmbito muitos questionamentos são frequentes, como o que o professor precisa saber para ensinar e conduzir a aprendizagem dos alunos? O que é necessário para ser um bom professor? O que fundamenta a ação docente? Como os professores aprendem a ensinar? Para responder a essas e outras questões, faz-se necessário entender primeiramente as diferentes formas de abordagem, ou seja, a forma de pensar o ensino e a educação, apresentando várias concepções de investigação sobre estes (ensino e aprendizagem).

A primeira abordagem, que serve como base para entender o diferencial das demais, é a abordagem tradicional, que tem como alvo a ideia de que o adulto (professor) é o mestre, doutrinador e detentor do conhecimento, ou seja, aquele que conhece, e o aluno está sendo formado da informação do mestre, não o vendo como sujeito do seu próprio conhecimento. Abordagem inibidora do aluno, em que sua consciência é manipulada e doutrinada. Seu objetivo é adquirir informação de forma individual. Outra abordagem é a comportamentalista, diferentemente da primeira, é uma abordagem mais técnica, dotada de experiência, em que o aluno obtém seu conhecimento através da prática com o objeto. Não existe espaço para o pensamento, apenas para a técnica, e a relação do professor é apenas demonstrar a experiência que será executada na prática. O ensino é técnico e preciso, a prática é presente e o tempo para a realização é cada vez menor.

Seguindo as formas de pensar o ensino, segue a abordagem humanista, que rompe com as concepções anteriores e o foco deixa de ser o professor e passa a ser o aluno. O professor é agora um facilitador e cria as condições ideais para o aluno, este agora pode criar sua própria personalidade e adquirir conhecimento produzido pelas suas próprias experiências de mundo, em outras palavras, o professor permite e orienta que o aluno faça sua própria experiência. O sujeito vem primeiro que o objeto. A próxima abordagem é a cognitivista, preza por um desenvolvimento intelectual em que o professor usa os meios de ensino e cria/proporciona as situações para que o aluno, por atividades individuais, adquira conhecimento. As estruturas e condições para ter o acesso ao conhecimento é mais importante que o conteúdo que se aprende. A última abordagem citada é a sociocultural, em que o homem é sujeito da educação, onde o ensino promove o próprio indivíduo, como sendo único dentro de uma sociedade/ambiente, assim a relação do professor não é imposta e muitas vezes podem ocorrer inversões de papeis, onde o educador pode se tornar educando, e o educando se torna educador. O ensino ocorre através da reflexão e análise do meio de vida, sendo ativo e crítico, sua essência é o diálogo.

Após entender as várias e distintas formas de ensino no primeiro texto citado, o segundo texto, inspirado nas contribuições de L. S. Shulman, traz algumas características necessárias para