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Reflexão crítica do texto: A inclusão e o processo de ensino-aprendizagem das crianças com deficiências: Metodologias e práticas dos professores.

Por:   •  18/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.702 Palavras (7 Páginas)  •  150 Visualizações

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Sinal Faculdade de Teologia e Filosofia

Pós-graduação em Educação Especial na Perspectiva Inclusiva

Luciana Aparecida da Silva

Reflexão crítica do texto: A inclusão e o processo de ensino-aprendizagem das crianças com deficiências: Metodologias e práticas dos professores.

2019

O desenvolvimento da aprendizagem das crianças com deficiência vai muito além que uma intervenção pedagógica para que as necessidades específicas de cada aluno sejam alcançadas e haja um avanço na qualidade do ensino. É preciso empenho e muita dedicação de cada profissional que faz parte do contexto escolar.

Os educadores precisam ter em mente que a educação especial precisa de uma atenção maior por parte de cada profissional, não se pode olhar e avaliar os alunos especiais da mesma forma com que olhamos para os demais. Eles precisam sempre de um tempo maior para realizar as atividades, atenção dobrada e de conteúdos adaptados. Esse aluno possui muitas vezes um atraso em seu aprendizado, com isso ele não consegue acompanhar o curso normal de uma sala de aula regular, por isso precisamos de profissionais capacitados para que venha atender e entender a necessidade de cada um. Tudo isso não significa que o aluno e incapaz de aprender ou de fazer qualquer atividade; ele só precisa fazer no tempo dele conforme sua capacidade.

Esses profissionais devem ser criativos e explorar o potencial de cada aluno, mas para isso ele precisa planejar suas aulas com antecedência sempre pensando nas melhores opções de absorção desse aluno especial. O mais difícil de tudo isso é que os profissionais estão sempre tão sobrecarregados que é quase impossível que faça um bom planejamento, onde esses alunos com deficiência possam ser inseridos na sala.

A maioria dos professores trabalha com mais de um contrato e com isso gera uma sobrecarga muito grande, ficando difícil esse profissional conseguir ter um olhar diferenciado para esse público alvo da educação especial.  

Outro fator primordial para a vida desses educandos, para que os mesmos tenha um avanço em seu aprendizado, são os fatores sociais, emocionais e psíquicos. Muitos deles vêm de ambientes desestruturados, onde não se pode contar com o apoio de seus familiares, e isso faz com que o aprendizado retarda e fica com seu Desenvolvimento comprometido.

Outro ponto importante é a interação dos mesmos na sala de aula. O professor precisa usar todo e qualquer tipo de criatividade para incluir esses alunos em grupos para que o conhecimento seja compartilhado. E infelizmente em muitas escolas não acontece dessa forma; é comum escutarmos e presenciarmos a segregação desse aluno. Alguns colegas de sala pensa que ao incluir esse aluno no seu grupo sofrerá atraso por conta desse aluno ser um pouco lento; é aqui que entra toda a habilidade do professor para reverter esse tipo de situação e buscar estratégias para que o aluno seja incluso e não fique isolado, nesse caso não seria inclusão, seria exclusão.

Esses alunos também contam com atendimento educacional especializado, que fornece todos os recursos pedagógicos e trabalha de forma individual e especifica, para eliminar as barreiras existentes e garantir a plena participação dos alunos.

  Também existe outra questão, muitos dos pais acham desnecessário esse atendimento e se recusa matricular o filho na sala de recurso. Outra observação a ser colocada é que o professor da sala de recurso tem que caminhar junto com o professor regente, mas na prática sabemos que não é bem assim que funciona, o professor regente sempre questiona seu tempo, e diz que o professor da sala de recurso que deve prestar todo tipo de auxílio a esse aluno no cotidiano escolar. Em muitos ambientes a educação especial parece funcionar e ser uma modalidade a parte, onde deveria todos caminhar juntos com um único objetivo que é o aprendizado do educando e estão caminhando separados. Assim fica impossível prestar um serviço de qualidade.

Esses profissionais também precisam ter contato com os familiares dos alunos para que juntos incentivem e estimulem os mesmos a desenvolverem suas habilidades e competências. Mas infelizmente algumas realidades são bem diferentes, esses alunos são carentes de atenção e de apoio de seus familiares, e muitas vezes dos professores que estão tão sobrecarregados que não sobra espaço para dedicar-se aos que precisam.

Alguns conceitos e atitudes precisam ser revistas por parte dos nossos educadores, porque a LDBEN Lei nº 9934/96 estabelece as diretrizes e assegura o acesso e permanência de todos na escola, com o objetivo de satisfazer todas as necessidades básicas da aprendizagem de todas as crianças. Mas na prática percebemos que não e tão bonito assim, alguns direitos são negados e muitas atitudes precisam ser repensadas para que o acesso e a inclusão aconteçam de verdade.

Entendemos que através das dinâmicas e brincadeiras em sala de aula essas crianças aprendem o conteúdo com certa facilidade e auxiliam muito na coordenação motora, a socialização e a desenvolver suas habilidades. Precisamos trabalhar práticas esportivas, música, desenhos, pinturas, literaturas, etc. e também policiar para que esses contatos não estimulem brincadeiras erradas por seus colegas fugindo do verdadeiro foco, mas pra isso precisamos de incentivo e estrutura para tais eventos tanto dentro da escola como com os governantes.

Antes de qualquer atitude assim, o professor precisa conhecer seus alunos, saber dialogar com eles, identificar aquele que tem dificuldade de aprendizagem e utilizar instrumentos que ajudem a resolver esse problema, pois a criatividade deles precisa ser estimulada.

Atualmente a inclusão vem passando por transformações apesar da educação em sua totalidade esta sendo desvalorizada, a inclusão esta conquistando aos poucos seu espaço de forma significativa, no entanto não podemos esquecer que temos grandes obstáculos a serem vencido, um deles é o despreparo de professores e auxiliares. A formação continuada é essencial, pois o professor tem que dominar seu campo de conhecimento, contudo são poucos que tem esse domínio, poucas escolas com estruturas suficientes para receber esses alunos e capacitar seus professores. Professores do AEE necessitam estar sempre se atualizando, com sensibilidade e paciência para adequar suas praticas de ensino ate conseguir incluir esse aluno no meio. Existem diferentes níveis de dificuldades de cada um e suas limitações, com isso para cada aluno precisamos trabalhar de uma forma diferente.

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