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Resenha Critica: Variação Linguística

Por:   •  2/6/2015  •  Resenha  •  560 Palavras (3 Páginas)  •  1.358 Visualizações

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Resenha Critica: Variação Linguística

A autora, no segundo capítulo do seu livro, refere-se á questões da sociedade e a linguagem humana, trazendo conhecimentos terminológicos da relação língua-sociedade para reflexão da prática do professor e o ensino da língua materna em sala de aula.

As terminologias abordadas referem-se á estudos executados por linguistas, professores e estudiosos que nos mostram e desmistificam o julgamento do uso correto ou incorreto da gramática, a forma de falar e como o contexto social que o indivíduo é inserido interfere na linguagem e na forma de se expressar.

A língua portuguesa é a nossa língua materna, nosso sistema linguístico é o português brasileiro, porém o Brasil é um país extenso territorialmente falando, com inúmeras diversidades culturais e apesar da língua ser a mesma, a fala se altera, criando formas diferentes de falar uma única palavra, com entonações e pronúncias que se tornam típicas de uma determinada região, portanto, é inadequado achar que a Língua Portuguesa é a mesma e é invariável, pelo contrário, ela é tão diversificada que desprezar ou desprestigiar qualquer variação torna-se um preconceito e infelizmente isso aconteceu e acontece ainda nos dias atuais nas salas de aula do país.

         “A escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os [...] milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização etc.” (Bagno, 2005, p 15).

O preconceito linguístico acompanha a tradição da análise sintática da língua, tratando o português como um sistema único, sem levar em consideração que a língua e a fala estão em constante transformação, através do tempo e espaço julgando como errado apenas por não fazer jus á norma culta da língua.

Segundo a autora, a sistematização de norma linguística é importante para a preservação da língua materna, o que implica é a forma de como ela está sendo feita, com normas que fogem do uso efetivo da língua em âmbito nacional e qualquer variação é considerado um erro.

A autora conclui ressaltando que a própria sociedade, os pais de alunos, ainda estão presos ao ensino da gramática e as normas cultas da língua portuguesa, gerando um conflito para o professor. Para ela, o ensino da gramática descontextualizada e o foco no ‘erro’ devem ser substituídos pela análise e reflexão de como a língua funciona e do que é adequado ou inadequado na língua padrão. (...p.89)

Concluímos, portanto, que precisamos considerar e aprender todas as formas da linguagem existente no Brasil, pois a Língua Portuguesa é rica e nós, como professores devemos desenraizar o pré-conceito da norma escrita e da gramática dando oportunidade para novas formas de escrita, dialetos e gírias, sendo que a fala também é um ato cultural, regional que acompanha o nosso dia-a-dia na sala de aula. Devemos dar oportunidade dos diferentes gêneros para ampliar nosso próprio repertório e o repertório linguístico dos alunos.

A Língua Portuguesa, deve ser preservada como língua materna, mas não como uma unidade homogênea, mas sim como estrutura de comunicação que se modifica e se adapta ao meio e aos locutores.

O conhecimento e a compreensão das diversas formas de linguagem podem acabar com o preconceito, não só linguístico, mas através dele, podemos lutar contra as diversas formas de discriminação que estão enraizados na sociedade, uma vez que este exclui o aluno da ignorância.

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