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Resenha a importancia do ato de ler

Por:   •  29/5/2019  •  Resenha  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  912 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

Resenha do livro: 

Freire, Paulo, 1921-1997

A importância do ato de ler: em três artigos que se completam/Paulo Freire.-51. ed.-São Paulo: Cortez, 2011.

Resenhada por:

Janquieli Ana Machado Pires

Acadêmica do Curso de Pedagogia

Universidade Federal Da Fronteira Sul - UFFS, Chapecó (SC)



A importância do ato de ler: os três artigos que se completam


O autor Paulo Freire, nascido no ano de 1921 no estado do Recife, preferiu atuar na área da educação mesmo tendo formação acadêmica em direito. Veio a falecer no ano de 1997, porém deixou suas obras magníficas, no qual, seu trabalho teve reconhecimento digno e ele foi declarado Patrono da educação no Brasil no ano de 2012.

Como destaque o objeto de estudo a obra “A importância do ato de ler”. É uma obra totalmente complementar em qualquer área da educação, ela é dividida em três capítulos em aproximadamente 102 páginas, Freire traz sua concepção sobre a importância da leitura e da escrita, tanto na alfabetização quanto na pós-alfabetização.

Logo no primeiro capítulo o autor deixa claro o quão importante é a leitura, e começa a trazer recortes de sua infância, relembrando como foi sua forma de aprender a ler. Ao lembrar sua infância no interior, Freire traz uma imensidão de boas lembranças, na qual seu processo de aprender a ler começou com os primeiros objetos que foi conhecendo a seu redor, pois a primeira leitura é feita sem saber, sem se ter noção que a leitura do mundo está sendo feita desde as primeiras palavras que dão sentidos aos objetos que estão a volta de si, Freire destaca inúmeras vezes em sua obra a relação da palavra com a leitura do mundo. Ele também relata que sua alfabetização ganhava sentido através das palavras presentes em seu dia a dia, as mesmas ganhavam forma fazendo o processo de aprendizagem de uma certa forma fácil, pois ao relacionar a palavra com a vida cotidiana de cada sujeito aprimora o gosto pela leitura.

Ao chegar no segundo capítulo, o autor vai para a área mais política da educação, entrando diretamente na alfabetização de jovens e adultos. Nesse contexto ele cita questionamentos sobre as bibliotecas públicas, na qual, a alfabetização está ligada com a política, que no qual a educação deveria ser neutra, porém devido as interferências políticas, ela passa a ser um ato de poder, pois, de certa forma os partidos interferem totalmente nos desfechos da educação e por isso é possível afirmar que a educação de forma alguma é neutra. O autor ainda ressalta o quão importante seria se fossem criadas bibliotecas públicas com histórias que foram da realidade dos sujeitos que a constituem, pois cada região possui um acervo de histórias não apresentadas e muitas vezes nem contadas, se essas mesmas histórias fossem de acesso de todos indivíduos poderiam contribuir para uma absorção de conhecimentos muito mais fáceis e amplos, pois conhecendo a realidade que se vive seria mais visível a interação na hora de ler a palavra. O de educar deve ser colocar diante à realidade existente na vida dos indivíduos, respeitando sua cultura, aprimorando seu poder de criticidades, assim ajudando na formação de sujeitos democráticos capazes de saber reivindicar seus direitos estarem sempre diante das mudanças decorrentes de políticas e também no âmbito social.

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