Resenha crítica do texto: A Educação de Jovens e De Adultos – Eja
Por: eldilenelopes • 16/9/2019 • Resenha • 416 Palavras (2 Páginas) • 2.540 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAS – CCSo
CURSO DE PEDAGOCIA
DISCIPLINA: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA EJA
PROFESSOR DOUTOR: JOSÉ FERNANDO MANZKE
DISCENTE: ELDILENE LOPES SILVA
Resenha crítica do texto: A Educação de Jovens e De Adultos – Eja
O texto em questão demonstra que até a pouco tempo a Educação de Jovens e Adultos não era vista como uma educação necessária, ou seja, o analfabetismo era visto como causa do atraso econômico e não como efeito do mesmo, já que não havia políticas voltadas para educação de jovens e adultos.
Porém, com as mudanças trazidas pelo capitalismo no processo do trabalho essa visão muda e assim surge a necessidade de operários capacitados. Mesmo com as primeiras ações governamentais para acabar com analfabetismo, como o Fundo Nacional do Ensino Primário – FNEP; O Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP; livros específicos do ensino supletivo; lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA em que serão elaborados materiais didáticos e realizados dois eventos, o I Congresso Nacional de Educação de Adultos, em 1947, e o Seminário Interamericano de Educação de Adultos, 1949 (Moura, 2001), a EJA continua desvalorizada por falta de recursos, infraestrutura, qualificação docente entre outros problemas que perduram até nos dias de hoje.
Percebe-se ainda que a história da EJA é cheia de altos e baixos, parecendo está na direção certa para educação de qualidade em alguns momentos, mas em outros essa oportunidade parece escapar principalmente pela falta de interesse dos governantes.
Com isso, um momento essencial e significativo que buscava uma nova prática pedagógica para essa educação foi trazida pelo chamado método Paulo Freire. Nesse método o educador deve levar sempre em consideração no processo de ensino-aprendizagem, a realidade do aluno com temas geradores retirado do seu meio social em um movimento de desconstrução e reconstrução da palavra, assim como da própria realidade. É metodologicamente dialético e, por conseguinte, problematizador e politizante, ou seja, uma educação que oportuniza ao educando ver o mundo de forma diferente, em que ele se percebe como um cidadão participante e atuante.
Contudo, com o Golpe Militar de 64 a EJA é abandonada, mas com críticas feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU), a ditadura cria o Movimento Brasileiro de Educação (MOBRAL) que estabelecia uma educação mecânica, distante da realidade do aluno, ou seja, diferente do método Paulo Freire. Logo após a ditadura a EJA passou a ganhar notoriedade, sendo realizadas diversas conferências internacionais para discuti-la, mas mesmo assim com mudanças em seu conceito a EJA sofre avanços e retrocessos.
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