Resenha do Filme "E Seu Nome é Jonas"
Por: Danyelle Fabrynne • 2/9/2016 • Resenha • 690 Palavras (3 Páginas) • 3.063 Visualizações
RESENHA DO FILME “E SEU NOME É JONAS”
O filme “E seu nome é Jonas” foi lançado nos EUA em 1979, relatando a história de Jonas Corelli, um garoto surdo, diagnosticado a princípio como deficiente mental acarretando assim, a internação por três anos em uma instituição excluindo-o do convívio social e do contato com outras pessoas surdas. Assim que os pais, Jenny e Danny Corelli, descobrem o diagnostico equivocado levam o garoto para casa.
É neste momento que fica evidente o drama familiar, principalmente pelo fato de não saberem como agir ou comunicar-se em relação à deficiência do filho mais velho. Pode-se ver que a vinda de Jonas gerou um desequilíbrio na família, a quase nula comunicação entre pai e filho provocou o distanciamento entre ambos, o pai até tenta estabelecer um vínculo com o filho, levando-o para jogar beisebol, mas a falta de paciência e até mesmo os amigos do trabalho de Denny rejeitando a presença do filho no local, os vizinhos gritando que o lugar dele não é no bairro convivendo com as outras crianças. A vergonha de ter um filho surdo foi bem evidenciada, gerando inúmeras brigas do casal, em uma delas até Denny diz a Jenny que o filho não é normal e que o lugar dele é no hospital, tal vergonha em relação ao próprio filho não só provocou brigas, mas a separação do casal.
A relação de Jonas com o irmão mais novo, Antônio, é harmônica mesmo Jonas sendo surdo, os dois irmãos estabelecem uma comunicação, brincam e leem gibis juntos. Em passeios, Antônio mostra a Jonas objetos e lhes fala o nome a fim de o irmão aprender e repetir.
Com a mãe, Jenny, o elo é maior, ela que busca os recursos que prometem ajudar seu filho, aparentando mostrar-se perdida a ponto de aceitar qualquer ajuda/informação. Assim que Jonas ingressa em uma escola onde o uso de sinas é proibido e aconselhado aos pais de não incentivar em casa, obrigando as crianças surdas a oralizar-se, pois se acreditava que ao fazer leitura labial e falar estes se tornariam ouvintes e “normais”. A mãe tenta ajudar o filho a oralizar-se, mas Jonas não apresenta evolução.
Jenny busca sempre comunicar-se com Jonas, incentivando-o a aprender a falar e conviver socialmente com as pessoas, contudo em algumas vezes esta comunicação não é estabelecida gerando uma frustação não só para mãe, mas para Jonas também que reage com agressividade quando não é compreendido.
Ao ver um casal de surdos comunicarem-se com o filho através de sinais, Jenny vê a oportunidade de comunicar-se com Jonas e deste em conviver com outras pessoas surdas, e como são felizes e divertem-se ao usar os sinais. Quando Jonas começa a aprender os sinais, é possível notar o quanto ele fica feliz e se diverte, não é só Jonas que aprender os sinais, seu irmão Antônio e sua mãe Jenny resolvem aprender estabelecendo um contanto harmônico a quais ambas as partes compreendam. Jenny tem um papel importante na história, é ela que busca o que é melhor para seu filho, que o incentiva e não o vê como uma criança anormal, vê em seu filho um garoto feliz, capaz e que apenas é surdo, como afirma durante todo o filme.
A história de Jonas nos possibilita compreender os diversos aspectos da surdez, as dificuldades e perigos que os surdos enfrentam. A importância da comunicação é evidenciada constantemente, principalmente a língua de sinais, a coordenadora da escola pensava que ao aprender os sinais a criança estaria perdida para a surdez, pois esta ficaria preguiçosa para usar a fala e fazer leitura labial, o que acontece totalmente o contrário, pois a língua de sinais não só ajudou Jonas a comunicar-se, como também a desenvolver sua fala enquanto usa os sinais.
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