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Resenha do artigo " O jogo e a educação infantil"

Por:   •  19/5/2017  •  Resenha  •  1.162 Palavras (5 Páginas)  •  8.919 Visualizações

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Referência

KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, T.M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 13.ed. São Paulo: Cortez, 2010.

RESENHA CRÍTICA – O JOGO E A EDUCAÇÃO INFANTIL

Escrito por Tizuko M Kishimoto o artigo “ O jogo e a educação” faz parte da obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.” de sua autoria e retrata sobre as variadas formas de entender o jogo, a brincadeira e o brinquedo, além dos conceitos que envolve-os. A palavra jogo abrange vários significados, sendo entendido conforma a cultura que está inserido, tendo várias formas, a presença de regras ou não, mas será que ele serve como material de ensino?

Tizuko argumenta que há várias formas de se definir o que é um jogo, e embora essas definições sejam semelhantes, cada um tem as suas especificações. Há várias formas de entender o jogo, e cada individuo tem a sua maneira de compreensão, que depende de seu ponto de vista e sua cultura. Para ilustrar a ideia, foi exemplificada a relação com o jogo nas sociedades indígenas e em outras sociedades, onde na primeira, as atividades que as crianças realizam como caçar e atirar flechas são vistas por seus membros como uma forma de aprendizagem e preparação para a vida adulta, e para as outras sociedades, uma forma de divertimento.

Outro ponto que se é levantado é a possível definição do termo “jogo” em seu posicionamento, a autora afirma que a definição do jogo depende da cultura, pois para cada cultura o jogo pode ter um significado diferente. Nos primórdios, os jogos eram vistos como algo que não trazia benefícios para a vida, principalmente como meio de ensino, sendo a partir do Romantismo que a relação das crianças com os jogos passaram a ser vista como uma forma de aprendizado, e não apenas de diversão.

Os jogos podem ter as suas regras pré-definidas, ou podem ser improvisadas conforme o desenrolar das partidas. O jogo vai se moldando conforme a cultura em que cada sociedade esta inserida, podendo ser considerado um meio de aprendizado, pois até mesmo aqueles jogos em que há regras estamos exercitando nossa imaginação, sendo considerado por muitos como uma forma de descanso.

Com relação aos brinquedos, não há regras pré-definidas para a sua forma de brincar, a criança pode usa-los conforme achar melhor, reproduzindo por meio dos brinquedos aspectos que elas vivenciaram, sejam eles no cotidiano, nos filmes, desenhos, levando ao exercício da imaginação e da criatividade. Cordazzo e Viera (2007) descrevem que o brinquedo tem o propósito de estimular as brincadeiras.

A brincadeira é todo o processo que se tem concretizado a ação de jogar de forma lúdica ou conforme as regras, sendo algo divertido, que pode ensinar dependendo do contexto que é aplicado. É na brincadeira que as crianças podem imitar as atitudes dos adultos e até fazer projeções sobre o que elas querem ser no futuro. A criança brinca de livre e espontânea vontade, pelo divertimento que lhe é proporcionado, sem a imposição de terceiros. A forma que a criança brinca é uma forma de analisar o seu comportamento e suas relações sociais.

Semelhantemente as ideias de Kishimoto, Cordazzo e Viera (2007) expressam que a brincadeira é uma das principais atividades da infância, não apenas pela frequência que é realizada, mas também por causa da influência que ela causa no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. E que por meio das brincadeiras as crianças descobrem as relações sociais, possibilitando que a criança meça as suas habilidades e compare-as com a de outras, além de permitir que a criança entre em contato com outros códigos culturais e sociais.

O brinquedo e as brincadeiras causam uma sensação de nostalgia aos adultos, que se deixam levar pelas memórias e relembram de acontecimentos que ocorreram, ou gostariam que tivesse acontecido, permitindo assim, a reconstrução de sua infância. Tal sentimento também se repete quando é despertada uma recordação, podendo ser uma música, um jogo, um brinquedo. Através dos estudos de Barchelard nos é mostrado que há sempre uma criança em todo adulto, e que os devaneios sobre a infância é um retorno ao seu tempo de criança por meio de suas recordações.

O jogo em forma de brincadeira tem o seu fim na própria brincadeira, não sendo considerado por alguns como forma de aprendizagem, por não ter um resultado já estabelecido. Devido a esse

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