Resumo: Música, jogo e poesia na educação musical escolar
Por: joaonakao • 3/2/2016 • Resenha • 807 Palavras (4 Páginas) • 594 Visualizações
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joão vitor dyundi nakao
Fichamento: Música, jogo e poesia na educação musical escolar
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LONDRINA
2015
Música, jogo e poesia na educação musical escolar.
Viviane Beineke
O artigo de Viviane Beineke aborda o "[...] diálogo entre estudos sobre as culturas lúdicas da infância e a produção de música para crianças." (p.9) com o objetivo de "[...] favorecer a expressão criativa e prazerosa da criança no fazer musical coletivo." (p. 9). Segundo Pescetti, (2005) as canções podem ser consideradas infantis quando possuem um ou mais dos elementos destacado por ele: "[...] (1) as letras referentes ao mundo infantil; (2) o trabalho com elementos musicais reduzidos/essenciais e (3) a presença do jogo." (p.10). Porém para ele o elemento mais importante é a presença do jogo, não necessariamente o jogo em si,
[...] mas que o compositor, o arranjador ou o intérprete tenham jogado e joguem ao compor, arranjar ou interpretar a música; que "tenham jogado com as palavras, com a linguagem musical, com as possibilidades timbrísticas e interpretativas” (p. 10).
Em outras palavras, o "clima infantil" é determinado pelo caráter lúdico de uma música, de uma aula ou de um programa de rádio.
Há uma grande diferença entre
[...] a brincadeira que acontece na sala de aula da brincadeira do jogo espontâneo, praticado pelas crianças sem intervenção nem orientação dos adultos. (p. 11).
Devido a isso, é de extrema importância o reconhecimento dos educadores como mediadores do brincar na educação.
[...] Para a criança, a brincadeira é uma forma de expressão, e esse significado precisa estar presente também nas brincadeiras estabelecidas na escola. Se o brincar se estabelece na sala de aula apenas como ferramenta de ensino, ele perde seu potencial criador, imaginativo, de possibilidade de expressão, reinvenção e ressignificação das suas ações. (p. 12).
Leite (2002) explica que o educador também precisa brincar, pois é esse quem assume o caráter mediador com as crianças, ampliando assim, o seu acervo de experiências, apresentando novos jogos ou outras regras para as brincadeiras.
A partir de tais estudos, o projeto "Produção de Material Didático para o Ensino de Música", do curso de Licenciatura em Música da Universidade do Estado de Santa Catarina, começou a explorar jogos de mãos, brincadeiras cantadas, parlendas, adivinhas e trava-línguas que animam o universo infantil, para a produção de arranjos e composições musicais que poderiam ser usadas pelos próprios estudantes em suas práticas de ensino.
A partir disso, o grupo elaborou, para cada música, um jogo musical, cujo objetivo era permitir que a criança além de cantar, participasse do arranjo e brincasse coletivamente, de modo que ela interagisse com a música de diversas formas: tocando em grupo, criando e recriando arranjos, improvisando, ouvindo e analisando.
Isso tudo por meio da utilização de simples e acessíveis materiais em prol da expressão criativa e prazerosa da criança no fazer musical coletivo. Dentre esses materiais podem-se citar copos plásticos, cabos de vassoura, a flauta doce e o próprio corpo como um meio de explorar sonoridades. Optou-se por não definir detalhes de execução musical nem de arranjo no que se diz respeito à apresentação dos jogos aos professores, pois isso estaria "[...] indo contra os princípios que geraram o trabalho: o seu caráter lúdico e brincante." (p. 14). O material criado pelo grupo não estabelece uma faixa etária, pois ele entende que
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