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Resumo do livro Conscientização - Paulo Freire

Por:   •  25/6/2015  •  Resenha  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  6.914 Visualizações

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Universidade Estadual do Ceará

CED – Centro de Educação

Curso: Pedagogia – Manhã

Disciplina: Educação Popular

Professora: Dorinha

Aluna: Edilayne Maia Cardoso

                                                   

Conscientização
Teoria e prática da libertação
Uma Introdução ao pensamento de Paulo Freire

(Resumo)

Fortaleza – Ce

2014.1

  • Primeira Parte

Paulo Freire nasceu em Recife, sendo o seu pai Oficial da Polícia Militar de Pernambuco e sua mãe dona de casa, seus pais possuíam religiões diferentes, o pai espiritista freire e sua mãe católica, possuindo religiões opostas, seu pai sempre respeitou as crenças de sua mãe, ou seja, um dos muitos ensinamentos que seu pai deixou para Freire a respeitar as opções dos outros. Freire, porém sempre teve um apreço pela religião católica pela qual ele praticava.  Aos quinze anos fez um exame de admissão ao ginásio, e na juventude deu início ao seu curso pré-jurídico, com influencia de alguns gramáticos portugueses e outros brasileiros dando início em seus estudos de Filosofia e Psicologia da Linguagem para depois de um tempo tornar-se professor de Português.

Sua esposa chamava-se Elza Maia Costa Oliveira, começou como professora primária em uma escola de Pernambuco e depois se tornou diretora, Elza teve uma essencial importância na vida de Paulo Freire e deu um sentido maior em sua vida despertando o interesse no desenvolvimento da alfabetização de adultos principalmente de classes de baixa renda, e mesmo sendo licenciado em Direito o seu amor e dedicação à educação era maior.

Foi diretor do Departamento de Educação e de Cultura do SESI, em Pernambuco, e depois da Superintendência, de 1946 a 1954, aprimorando seus métodos de estudo no Movimento de Cultura Popular em Recife. No Brasil, principalmente no nordeste Freire preocupou-se em desenvolver seu método de Educação Popular, conseguindo alfabetizar 300 trabalhadores em 45 dias o que de fato impressionou as pessoas, tendo iniciado nas zonas urbanas e estendendo-se para as zonas rurais. Porém esses métodos de alfabetização de jovens e adultos no Brasil começou a ser repudiado pelas autoridades, pois perceberam que esse projeto de Freire faria com que houvesse um aumento do número de eleitores das classes populares, sendo visto como uma mobilização das massas. Por isso Paulo Freire sofreu exílio, por pregar sua pedagogia da libertação do homem, com a finalidade de não continuar como um ser alienado da sociedade, então as ideais de Freire começaram a ser uma ameaça para o governo.

Já no Chile, em todos os programas oficiais de alfabetização os métodos de Freire foram bem aceitos e aplicados, conseguindo então em dois anos superar um dos seus maiores problemas, o analfabetismo, e atraindo uma certa consideração internacional. O Chile foi apontado pela UNESCO como uma das cinco nações que conseguiram melhor superar o problema do analfabetismo. Tudo isso conquistados através dos métodos de Paulo Freire e adotados em seus programas de alfabetização.

  • Segunda Parte

A palavra "conscientização" é um dos conceitos centrais das ideias de Freire sobre a educação, pois através dela proporciona uma aproximação do homem com a realidade na qual está inserido e possibilitando uma análise de uma categoria mais crítica. Em sua linha de pensamento a conscientização para o homem o auxilia na descoberta da realidade, nesse caso e ação e reflexão devem andar sempre juntas no qual um está inserido no outro, ou seja, são indispensáveis. Assim sendo a conscientização é uma atitude na qual nunca terminará, pois em cada realidade há uma reflexão crítica e um contexto diferente a ser analisado. A conscientização está ligada a utopia, visto que por meio dela nos tornamos anunciadores e denunciadores afim de transformar sua realidade, portanto para poder anunciar precisa-se ter o conhecimento necessário, então por meio da práxis histórica que o anteprojeto se torna um projeto, despertando assim uma visão crítica do mundo. Os problemas vividos na sociedade, por exemplo, estão contidos em uma situação-limite, necessitando deles atos-limites. Pois quando os temas de uma situação-limite estão escondidos, torna-se difícil o reconhecimento para uma ação história e até de uma maneira crítica.

A primeira ideia força de Paulo Freire com relação à educação é (1980 p. 35): "O homem chega a ser sujeito por uma reflexão sobre sua situação, sobre seu concreto". Quanto mais o homem refletir sobre sua realidade, mais opinião crítica sobre ela ele pode criar sobre ela e ser um sujeito ativo de seu mundo.

Na segunda (1980 p. 36): "Na medida em que o homem, integrado em seu contexto, reflete sobre este contexto e se compromete, constrói a si mesmo e chega a ser sujeito". O homem pode colocar em pratica sua capacidade de conhecimento diante a realidade.

Freire aponta o homem como criador da cultura, um resultado de todo um conhecimento conjunto com a sociedade, na troca de ideias e criando possibilidades de transformar o mundo. Pois a história é o homem quem faz de acordo com suas experiências de vida.

O método de alfabetização de Paulo Freire era completamente diferente da educação mecanicista, ou seja, a educação tradicional partia de situações significativas para o educando. Ele descobriu mediante suas experiências uma das melhores formas de aprender a ler e escrever é a associação de símbolos a palavras e descobrir criticamente essa associação. Para introduzir seus alunos no mundo letrado, durante seu desenvolvimento do aprendizado da leitura e escrita, existiam algumas fases para que a elaboração dos seus métodos fosse concluída. Uma delas era a "descoberta do universo vocabular”, um conhecimento geral dos vocábulos significativos do aluno era inseridos em seu universo letrado, como as formas típicas de falar de cada povo com suas particularidades. Em primeiro momento o educador adquiria o conhecimento da linguagem popular e a partir dessa compreensão trabalhar as palavras com o educando. Na segunda fase, a seleção dos vocábulos significativos e o conhecimento das sílabas a partir de suas dificuldades fonéticas. Na terceira fase, promover situações problemas, quase como desafios para que os alunos mostrassem suas dificuldades. Na quarta fase, uma ficha seria desenvolvida pelos coordenadores para um debate na melhoria do seu trabalho. E na quinta, a produção de ficha com as famílias fonéticas geradora de outras palavras.

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