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Resumo livro a Língua de Eulália

Por:   •  5/6/2018  •  Resenha  •  1.866 Palavras (8 Páginas)  •  639 Visualizações

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RESUMO DO LIVRO “A LÍNGUA DE EULÁLIA”

O livro “a língua de Eulália” trata de um assunto que muitos conhecem com outros nomes, mas que na verdade é uma pluralidade linguística que se estende pelo nosso país, um país que usa, em sua grande maioria de habitantes a língua portuguesa (com suas variações) como idioma. Um problema grave, e que vem crescendo por falta de conhecimento é o preconceito linguístico sofrido por muitos brasileiros que possuem um modo de falar regionalizado, o que reflete bem a história da Dona Irene, Eulália, sua sobrinha e suas duas amigas, que vão descobrindo, pouco a pouco um universo de possibilidades antes desconhecidas tratando deste tema. Neste livro, podemos ver a sociolinguística sendo tratada de uma forma séria e ao mesmo tempo divertida, como as pessoas que não conhecem essas variações podem produzir tanto uma situação de edificação quanto de destruição em termos de convivência social e pessoal, por causa do preconceito linguístico. Vera e suas amigas, que estão de férias, desembarcam numa cidade de interior onde há vários trabalhadores onde a escolaridade é baixa, gente humilde assim como Eulália, a empregada e amiga de sua tia que não teve a oportunidade de estudar, somente com a intervenção de Irene é que ela pôde de certa forma, ter acesso às letras e aprender a ler e escrever. Neste contexto, Vera e suas amigas aprenderam muito, (o mito da língua única, as variações da língua, o português de Portugal, diferenças fonéticas, sintáticas, etc..) talvez mais do que um dia aprenderiam nas suas faculdades.Desse modo esse mito de que a língua é homogênea deve ser quebrado, afinal nem todos tem acesso à norma culta e os que chegam até ela se deparam com algo desconhecido, pois assim é ensinado para o aluno, como algum outro idioma e esse preconceito só irá gerar outros e outros. Quando elas conheceram a história da norma-padrão, elas descobriram suas consequências quando ela é estabelecida, varrendo as demais variações para o campo dos “impróprios, feios, erradas e deficientes”. Partindo da história do Brasil colônia, elas puderam saber que o português formal foi empregado pelas classes sociais privilegiadas residentes das cidades mais avançadas como São Paulo e Rio de Janeiro, chegando a ser considerado como um padrão a ser imitado por todo o país, o que não aconteceu. As meninas ao mesmo tempo em que iam aprendendo também se divertiam muito, Emília disse que “a língua é um balaio de variedades”, quando a Dona Irene começou a falar do português não padrão. Irene explica às meninas que a unidade linguística no Brasil não passa de um mito, uma ideia conveniente, porém falsa, e que prejudica a nossa educação. Com tantas diferenças e também muita falta de conhecimento acerca do assunto principalmente por aqueles que deveriam passar o conhecimento, Dona Irene fala sobre esta questão da educação com uma comparação do curso de natação: “Na primeira aula, você e todos os demais alunos são jogados dentro do lado fundo da piscina. Aqueles que já souberem nadar conseguirão se salvar e prosseguirão no curso. Os que não souberem, terão que se debater até chegar à beira da piscina e serão mandados embora. Outros, quem sabe, até morrerão afogados.” É muito triste, mas é o que acontece corriqueiramente em nosso país, os alunos das classes desfavorecidas que não falam o português padrão são taxados e não são valorizados mesmo dentro do sistema educacional. Embora as discussões sobre variação linguística sejam constantes, principalmente no que se refere à valorização das diversas variações linguísticas no âmbito escolar, a escola ainda continua priorizando a variante padrão e condenando aquelas que não atendem ao padrão linguístico. Continuando com os ensinamentos, Dona Irene chega num ponto onde mostra as diferenças também na forma de escrever e de falar no sentido de tratamento, ela diz que a variedade de português em quenão existe o “lhê” é usada pelas pessoas menos prestigiadas da nossasociedade... Essas classes sociais são os analfabetos, os trabalhadores rurais, e aqueles de baixa renda. Este tipo de variedade é algo de alvo fácil para todo o tipo de preconceito e julgamento negativo, diz Vera. Numa noite, Emília diz à Irene que ela percebeu como Eulália conversa e não pratica as normas de conjugação verbal. Irene explica que, os falares regionais e não padrão são características de norte a sul do país, e que existe uma tendência generalizada a reduzir as seis formas do verbo conjugado a apenas duas. Para exemplificar, Dona Irene mostrou às meninas novamente o quadro de comparação do PNP e PP. As meninas analisaram, discutiram, e mostraram que entenderam o recado. Depois, Dona Irene explica algumas coisas do português clássico e do coloquial, passado, presente e futuro, sinônimos, coletivos, análise sintática e outras coisas... Em todo o tempo em que as garotas estiveram na casa de dona Irene, os passeios que fizeram e todo o tipo de conversa que tiveram, nos restaurantes, enfim, serviram de salas de aula para as meninas, que iam aprendendo mais e mais neste contexto de férias escolares. Numa dessas conversas, Vera pergunta à sua tia se essas diferenças de língua escrita e língua falada existem em outras línguas. Irene respondeu rápido: “Em outras não, em todas”. Dona Irene explica que, o fato é que existem graus de diferenças nessa distância entre as duas formas da língua, não existem nenhum sistema escrito capaz de reproduzir fielmente a riqueza da língua falada. Cada língua tem, então, duas histórias: uma história da língua falada e uma história da língua escrita. Dona Irene conversou e explicou também sobre a assimilação, sendo uma força muito ativa na língua, acontece quando Há o encontro de dois sons muito parecidos se fundindo num só, o que explica a pronúncia de palavras como baxo, caxa, faxa, e outras. Há casos também, que este fenômeno passa pela língua escrita, trazendo palavras como garangueijo, bandeija, prazeiroso e etc. Emília, num instante falou que foram muitos nomes complicados numa aula só, e dona Irene diz que, no caso do estudo da fonética, ela nos ajuda a esclarecer uma grande quantidade de fenômenos que ocorrem na língua que usamos e aparentemente não possuem muita razão de ser. Numa outra aula com esses nomes complicados, Irene explicou sobre a contração das proparoxítonas (Sílabas tônicas antepenúltimas) em paroxítonas, já adiantando que uma característica comum no português não padrão é que nele as palavras proparoxítonas quase não existem. Após exemplos e discussões, Silvia pergunta por que estas palavras ficaram assim, o que aconteceu? Irene, como sempre pronta para responder, explica que estas palavras sofreram uma contração para caberem no

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