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SÍNTESE E RETOMADA HISTÓRICA SOBRE A AVALIAÇÃO

Por:   •  9/10/2016  •  Dissertação  •  1.981 Palavras (8 Páginas)  •  209 Visualizações

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SÍNTESE E RETOMADA HISTÓRICA SOBRE A AVALIAÇÃO

1 INTRODUÇÃO

 O presente texto apresenta uma síntese e uma breve retomada histórica da avaliação. A partir da disciplina de Currículo, do 1º semestre de 2016.  Quanto aos procedimentos utilizados, optou se pela pesquisa teórica, com leituras de artigo, levando em consideração as discussões durante os seminários e a troca de experiência entre colegas e professores. Na realidade percebe-se tal iniciativa enquanto uma sondagem inicial e não uma mera avaliação final.  Objetivando um estudo de natureza qualitativa, realizado com a inserção dialógica e por meio de troca de saberes, a pesquisa revela, de forma explícita, o entendimento das questões avaliativas.  Seus significados e concepções, auxiliando assim ao futuro pedagogo um suporte teórico que justifique sua ação. Nesse sentido, alguns questionamentos foram objetos de investigação, a exemplo de cotidiano profissional de colegas e professor, experiências marcantes no campo da avaliação durante o percurso escolar, bem como de forma indireta, permite entender a percepção quanto “aos porquês” das aplicações de avaliações em seu sentido mais amplo, entendendo os discursos que circulam no interior da sua prática. Avaliar o processo de ensino e de aprendizagem não é uma atividade neutra ou destituída de intencionalidade, por isso o suporte teórico a esse processo e o reconhecimento de seus precursores se faz necessário no cotidiano escolar.

2 SÍNTESE E RETOMADA HISTÓRICA SOBRE A AVALIAÇÃO - AVALIAÇÃO MEDIADORA

Compreender as características e peculiaridadesdaavaliação educacional no processo de ensino aprendizagem permite uma análise crítico reflexiva desse processo. Quando se considera ahistoricidadecomo uma construção coletiva do conhecimento, é possível então, compreenderos dispositivos legais e técnicos, bem como as estratégias demensuração de umdeterminado trabalho , ou ação pedagógica. Percebe-se assim , quando uma avaliação é utilizada como norteadorano aprimoramento das políticas educacionais rumo à universalização da qualidade do ensino, ou simplesmentereduzidaà lógica meritocráticae competitiva entre as escolas e consequentemente entre os indivíduos de uma sociedade.

Quem nunca?Ficou extremamente feliz com uma nota recebida, mesmo sem entender nada do conteúdo?Comparou sua prova com a do “colega”, para possíveis cobranças ao professor?Relacionou sua nota diretamente à sua capacidade cognitiva?Ficou mais desanimado ou animado, por ver uma nota “azul” ou “vermelha”?Levou umas belas cintadas por ter ficado com “nota baixa”, ou ainda perder a oportunidade de receber atenção e carinho dos pais devido sua avaliação?

Enfim, são inúmeras as colocações empíricas e fatídicas a respeito do tema. Tais colocações permitem de uma maneira prática,repensar o que de fato é qualidade em educação. Pois, muitas vezes desconsideram-se a amplitude e totalidade do que de isso vem a ser avaliação, fixando o viésclassicatório e competitivo construído ao longo da história. Com isso, cabe ressaltar que esse temacarece de amplas reflexões,a fim de superar equívocos presentes e disseminados pelo senso comum. Pois, muitos profissionaistendema supervalorizar o desempenho estudantil desconsiderando outros determinantes de maior relevância na mensuração da qualidade do ensino. Portanto, enquanto futuraspedagogas não podemos deixar de considerar e analisar o sistema de avaliaçãoque utilizaremos. Isso porque, a análise e utilização de tais informações devem servir primeiramentecomo norteadorno aprimoramento da qualidade realdo ensino enquanto direito subjetivo do educando.

A avaliação começa a assumir uma forma mais estruturada apenas depois do século XVIII. O termo "avaliação educacional" foi proposto primeiramente por Tyler em 1934 na mesma época em que surgiu a educação por objetivos, que tem como princípio formular objetivos e verificar se estes foram cumpridos.O progresso vivido pela primeira fase da Modernidade, marcado pelo crescimento das fábricas e o consequente aumento de funcionários e de produção, exigiu uma organização administrativa tanto para o controle da produção quanto para o controle da massa operária, ou seja, era preciso vigiar e estabelecer procedimentos para o controle. Inserida nesse contexto a escola também acompanhou esse movimento com premissas similares de disciplina e controle.A problemática da avaliação é antiga, como afirma Perrenoud (1999), a teoria avaliativa já avançou muito, mas o fazer avaliativo ainda traz resquícios de uma avaliação mensuradora e coercitiva. É preciso observar essa temática com muita atenção, pois, mesmo diante de uma evolução histórica das teorias pedagógicas, do desenvolvimento tecnológico e científico, o problema da avaliação apenas é transferido de modalidade e nível de ensino, com todas as suas mazelas, todos os mitos já cristalizados ao longo dos tempos, tanto por alunos como por professores.

Segundo Foucault (2009), após 1762, a escola inicia sua organização, seja do espaço dos indivíduos, da arquitetura escolar, das disciplinas enquanto conteúdo; dos exames como prova de comprovação ou medição do saber alcançado; buscando sempre uma classe homogênea e marcando uma hierarquia do saber e da capacidade. É a partir desse momento histórico que se prendem criançasem prédios, impõem horários, disciplina, toda uma maquinaria escolar, onde se institui ainda o prêmio; sempre vinculado ao processo de avaliação.

Para Perrenoud (1999, p. 11), a concepção de avaliação baseada na medida segue para o que ele nomeia de “lógica da excelência”, em que [...] a avaliação é tradicionalmente associada [...] à criação de hierarquias de excelências. Os alunos são comparados e depois classificados em virtude de uma norma de excelência, definida no absoluto ou encarnada pelo professor e pelos melhores alunos. Sendo assim, um dos desafios da educação contemporânea é a superação dos resquícios trazidos de geração a geração, por meio de uma ressignificação dos pressupostos teóricos metodológicos e epistemológicos que permeiam a avaliação da aprendizagem. Ao considerar que a avaliação deve ser entendida como processo, rompendo definitivamente com os pressupostos de controle e disciplina, há certa urgência em perceber os tipos de avaliação e os modelos que influenciam à futura atuação pedagógica.

Tipos de avaliação:

  1. Avaliação Formativa

Visa formar um ser integrado, onde os conhecimentos estão sempre em construção. É uma estratégia pedagógica contra o fracasso, o objetivo é fazer com que os alunos evoluam.

  1. Avaliação Mediadora

Esta avaliação é baseada no diálogo e na proximidade de quem educa e é educado, onde o professor desafia os alunos e não expõem seus erros. Cria alternativas junto aos alunos para transformar a aprendizagem num momento prazeroso.

  1. Avaliação Qualitativa

Valoriza a qualidade do aproveitamento escolar, voltada para uma educação democrática e inclusiva. Assim a avaliação qualitativa é um movimento metodológico inverso às avaliações do modelo positivista.

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