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SER PROFESSOR: UMA ESCOLHA DE POUCOS

Por:   •  21/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.598 Palavras (7 Páginas)  •  836 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

ANA PAULA JESUS GALLIS, GILVANY DE OLIVEIRA MIRANDA, JÉSSICA VALANDRO IZIDORO, KATIA ROCHA DA SILVA, MAÍRA NOGUEIRA SANTOS.

SER PROFESSOR: UMA ESCOLHA DE POUCOS

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São Mateus

2015

ANA PAULA JESUS GALLIS, GILVANY DE OLIVEIRA MIRANDA, JÉSSICA VALANDRO IZIDORO, KATIA ROCHA DA SILVA, MAÍRA NOGUEIRA SANTOS.

SER PROFESSOR: UMA ESCOLHA DE POUCOS

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a obtenção de nota parcial do primeiro semestre letivo.

São Mateus

20015


INTRODUÇÃO

A profissão professor é uma das mais antigas da humanidade, e sua importância é indiscutível, sendo assim, por meio deste trabalho pretendemos analisar as mudanças ocorridas na classe docente de hoje em relação à do passado, onde o educador saiu do prestígio para o desgaste.

Faremos uma breve reflexão a respeito da escolha pelo magistério, que é cada vez menor, e enfatizaremos a educação voltada para a formação de cidadãos e a desvalorização da carreira docente.

Antigamente o professor era símbolo de respeito e autoridade, não pelos métodos rígidos na sala de aula, mas pela posição de educador. Se por um lado era detentor de admiração, por outro era adestrador de alunos. Havia certo respeito, mas não era natural, era imposto, ou respeitava ou era punido.

A sala de aula era área de domínio de um mestre autoritário, despótico e ditador, que punia com palmatória e com castigos. Não havia espaço para a discordância e o discutir das idéias. As verdades eram prontas e não aceitá-las era desrespeito. A aprendizagem consistia em acatar as ordens e seguir o que foi previamente estabelecido. Mas se analisar o contexto histórico-político-social da época percebe-se que o mestre não era um tirano por simples acaso ou vontade, era a maneira considerada certa, no âmbito familiar também era assim.

A situação dos professores atualmente é bem contrastante com a que se via há cinco décadas atrás. Hoje eles enfrentam uma jornada estafante, com salários baixos, falta de infra-estrutura, e indisciplina generalizada, que frequentemente chega ao desrespeito e a agressões, verbais ou mesmo físicas.

A educação hoje em dia está diferente, afinal o mundo está globalizado, e tem-se toda tecnologia a dispor para que o ensinar não seja apenas em função de um quadro e giz. O ambiente escolar também está mais leve. Tendo Freire como base, entende-se que o professor está deixando de ser apenas um transmissor de conhecimento e passando a ser um facilitador, e já não é mais o detentor da verdade, deixou de ser o ponto final e passou a ser o ponto inicial. Para o educador Rubem Alves, a função de um professor é instigar o estudante a ter gosto e vontade de aprender, de abraçar o conhecimento.

O jeito de educar está mudando, e a maneira de enxergar o professor também, aquele que era visto com tanto prestígio agora é muitas vezes considerado um coitado, louco por escolher tal profissão. Edgar Morin classifica a profissão de professor como complexa, onde a incerteza e a ambiguidade das funções é o seu melhor traço definidor.

Ser professor não é tarefa fácil, há uma enorme cobrança que vem de todos os lados, dos pais, dos alunos, do governo, e até mesmo do próprio educador. O caminho para se tornar um profissional da educação é árduo e longo, “ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro a tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática.” (Freire, 1991: 58).

A formação acadêmica é uma exigência em qualquer campo profissional, entretanto, ser educador vai além de ter um diploma, segundo Alves, “Professores, há aos milhares. Mas professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador ao contrario, não é profissão; é vocação” (Rubens Alves, 1980: 11). Desta maneira entende-se que o educador ele gosta do que faz e o faz bem feito, sempre investindo no seu aperfeiçoamento e capacitação profissional.

Ser educador não é apenas mediar conhecimento, ele também tem um papel fundamental na formação de um cidadão. Segundo Turra (1998, p.87):

Todos os educadores reconhecem a necessidade de estimular atitudes positivas, desenvolver apreciações e fortalecer valores, mas o sucesso do aluno é geralmente determinado pelas aprovações obtidas em exames tradicionais ou provas objetivas ou pelas colocações conseguidas através da apresentação de diplomas. Os sistemas educacionais, na realidade, concedem prioridade ao domínio cognitivo.

Ou seja, a escola deveria formar pessoas preparadas para o mundo e não apenas para provas.

De acordo com a Constituição Federal de 1988 art. 205 “educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”. Ou seja, a escola não é o único lugar onde se dá a formação do cidadão, mas parte desta se dá dentro do ambiente escolar, por isso existe a necessidade de se ensinar mais do que conteúdos. Sendo assim, cabe às instituições de ensino a missão de ensinar valores para o desenvolvimento da moral dos educandos, através da seleção de conteúdos e metodologias que o favoreça.

Sabe-se que a família e a comunidade são agentes importantes na formação do cidadão, porém, nos últimos anos essa tarefa ficou entregue, quase exclusivamente, às escolas, que por sua vez deixa a responsabilidade a cargo do educador. O professor virou prisioneiro do sistema educacional e refém de uma sociedade consumista, com famílias cada vez mais desestruturadas. Sendo assim, ele acaba assumindo várias funções, e em meio a tantos ofícios, ainda é necessário conciliar o estudo didático com o repasse de valores, e trabalhar em sala de aula projetos que valorizem a família, o respeito e a dignidade humana, sempre explorando questões atuais com os alunos que levem a refletir sobre o caráter humano, para que o espaço escolar reafirme seu compromisso de educar um cidadão e para facilitar o convívio dentro de uma sala de aula.

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