Síntese analítica do texto Educação Profissional e Desenvolvimento, de Gaudêncio Frigotto, Maria Ciavatta, e Marise N. Ramos
Resenha: Síntese analítica do texto Educação Profissional e Desenvolvimento, de Gaudêncio Frigotto, Maria Ciavatta, e Marise N. Ramos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cesarneves2000 • 5/12/2014 • Resenha • 555 Palavras (3 Páginas) • 462 Visualizações
Síntese analítica do texto Educação Profissional e Desenvolvimento,
de Gaudêncio Frigotto, Maria Ciavatta, e Marise N. Ramos
César Augusto Neves
Professor de Língua Inglesa
E.E.E.P. Dr. Solon Tavares - Guaíba
A educação profissional, na prática, não representa os pressupostos apresentados pelos ideais de liberdade e igualdade, mesmo aqueles propostos pela filosofia pedagógica ou mesmo pela legislação da educação.
Em uma análise histórica, podemos observar que a educação profissional foi criada e mantida através do tempo como uma forma de manter o status quo da sociedade capitalista, onde o os ricos podiam (e ainda podem) “se dar ao luxo” de estudar nos grandes liceus, recebendo uma educação ampla e abrangente, sendo preparados para ocupar seu devido espaço na sociedade baseada no capital (ou seja, altos cargos administrativos ou na área da pesquisa), enquanto os filhos dos pobres, sem acesso à universidade, deveriam desde cedo aprender uma profissão a fim de suprir a demanda por mão de obra especializada (porém a baixo custo) pois, advindos de um lar empobrecido, ou tendo a necessidade de complementar a renda familiar, não dispunham de tempo ou recursos para se manterem em um curso universitário, optando então pelo curso profissionalizante, menos dispendioso e com resultados mais imediatos:
Trata-se de produzir e reproduzir uma força de trabalho adequada às demandas dos processos de desenvolvimento e afirmar a educação e formação profissional como uma espécie de galinha dos ovos de ouro para tirar os países periféricos e semiperiféricos de sua situação a alçá-los ao nível dos países centrais.
Este aspecto perdurou até o final do século XX, quando, baseado em pressupostos de reforma educacional nos planos organizacional e pedagógico, abre-se um novo mercado, voltado para a privatização da educação em todos os níveis (prova disso são as incontáveis instituições educacionais que oferecem cursos profissionalizantes – ou mesmo cursos superiores – em tempo recorde e a preços moderados). Estas mudanças só servem para mostrar a falha dos Estados em assegurar condições mínimas de serviços essenciais – principalmente acesso à educação – à população de baixa renda, pois a preocupação dos dirigentes das nações periféricas sempre foi o de alcançar os mesmo patamares de países de primeiro mundo, baseando-se em pressupostos ainda dos tempos do pós Segunda Guerra Mundial. No entanto, diferente daquela época, hoje em dia a educação profissional prepara o indivíduo não para assumir efetivamente seu papel na indústria ou no comércio, mas sim para competir no inseguro e flutuante mercado de trabalho.
Com isso, chega-se à problemática da relação entre educação, educação profissional e desenvolvimento, onde a educação profissional desempenha, ainda e infelizmente, o papel de mantenedora do modelo colonialista, na qual predomina a visão de subjugamento e alienação, enquanto que o ideal seria tê-la (a educação profissional) como prática mediadora das relações sociais, onde o indivíduo-aprendiz é preparado não apenas para desempenhar uma função dentro da “máquina”, ou ainda
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