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TRABALHO CONTEXTUALIZAÇÃO FINALIZADO

Por:   •  1/5/2015  •  Artigo  •  2.987 Palavras (12 Páginas)  •  240 Visualizações

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Resumo

Este artigo acadêmico tem por objetivo central fazer uma reflexão sobre a relevância da contextualização no processo de ensino aprendizagem, caracterizado por dois assuntos importantes; o primeiro é levar o leitor a compreensão do conceito de contextualização, e o segundo é descrever a ação pedagógica realizada pelas acadêmicas do 5º semestre do curso de Pedagogia no Centro Educacional de Jovens e Adultos (EJA), na turma do primeiro segmento (1ª e 2ª série). Esta atividade foi realizada por meio de entrevista e de observações do trabalho pedagógico da professora da instituição. Para realizar este estudo se fez necessário um suporte teórico para tal tema, tendo como referência autores como: Almeida (2007), Libâneo (1990), Freire (1996), Tufano (2001), entre outros que explicam sobre a importância da contextualização para o ensino. De acordo com esses autores, quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os contextos presentes na vida do aluno e do mundo no qual ele vive, mais o conhecimento terá significado, assim o aluno tem mais oportunidade de compreender determinado conteúdo.

Palavras chaves: aluno; professor; aprendizagem; contextualização.

Introdução

Este artigo tem por finalidade discutir a importância da contextualização no exercício da prática pedagógica, pois esta vem a ser uma aliada em sala de aula, de modo a contribuir para tornar significativo o ensino.

Considerando que a contextualização é um recurso de grande valia do contexto escolar, no momento em que o professor se dispor a trabalhar de forma contextualizada, buscará conteúdos do interesse dos alunos, ou seja, estará motivando-os para aprender. Cabe ao professor ser consciente e reflexivo sobre suas metodologias educacionais, fazendo com que as aulas sejam mais interessantes e possam transformar os alunos em sujeitos mais participativos e motivados, considerando os conhecimentos que surgem da realidade e do contexto social.

 A importância de uma prática educacional contextualizada e intencional, permite ao aluno raciocinar e realizar deduções sobre os conteúdos aprendidos, fazendo com que construa seu próprio conhecimento através de uma aula dinâmica e criativa.

Este artigo se desenvolve através de pesquisas bibliográficas que embasa a construção de atividades práticas contextualizadas, com uso de materiais concretos, visando à aplicação em sala de aula. O uso de materiais concretos e situações reais torna a aula criativa e participativa.

Espera-se que este trabalho contribua de forma reflexiva para a compreensão do significado de contextualização, seus objetivos e sua importância para uma aprendizagem mais significativa.

Contextualização

A proposta de uma educação contextualizada vem ganhando espaço, buscando um ensino mais significativo. A necessidade da contextualização do ensino surgiu em um momento da educação tradicional no qual os conteúdos escolares eram apresentados de forma fragmentada e isolada.

            Deste modo, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional (LDB), n° 9.394/96, a contextualização se tornou uma ferramenta para o professor em sua proposta de ensino, a partir da necessidade de um novo olhar para a educação. Essa lei traz várias situações em que o trabalho em sala de aula deve ser contextualizado, devendo ser um método de ensino.

           Essa modalidade de ensino está previsto no art.3° inciso XI, onde prescreve que deverá haver vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. Já o art. 28 inciso I, aborda sobre os conteúdos curriculares e metodologias apropriadas as reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural. Deste modo assegurando metodologias e currículos adequados as necessidades dos alunos, tanto em nível fundamental quanto em nível médio.

          Com o intuito de fornecer elementos que possam contribuir para o ensino em todas as áreas do conhecimento, as Diretrizes Curriculares Nacionais criaram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), um documento elaborado com finalidade de melhoria do ensino, onde aborda a importância de se trabalhar a contextualização nos conteúdos.

A contextualização do ensino vem com o intuito de favorecer a aprendizagem, fazendo com que o aluno sinta prazer e gosto pelo conhecimento. Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCN’s) de 1999 tratam da contextualização como um meio de motivar o aluno e dar significação aos conteúdos ministrados em sala de aula.

Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto [...]. O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo (Brasil, 1999 p.91).

Tufano (2001) explica bem como a contextualização ajuda a fazer essa ligação.

A contextualização é o ato de colocar em contexto alguém a par de algo, alguma coisa, uma ação premeditada para situar no tempo e no espaço desejado, encadear idéias em um escrito, constituir o texto no seu todo, argumentar, ou seja, situar, o aluno a um determinado conteúdo que está estudando de acordo com sua realidade. (p. 40).

Nessa perspectiva pode-se considerar que a contextualização parte de um conteúdo que tenha significado para o aluno, partindo de sua realidade e dando possibilidades de se construir novos conhecimentos. No momento que o professor contextualiza, ele proporciona a interação do aluno com o conteúdo, saindo da condição de espectador e sentindo-se um agente transformador.

Para Martins (2002), a contextualização deve partir de questões pertinentes à sociedade.

Contextualizar, portanto, é esta operação mais complicada de descolonização. Será sempre tecer o movimento de uma rede que concentre o esforço em soerguer as questões “locais” e outras tantas questões silenciadas na narrativa oficial, ao status de “questões pertinentes” não por serem elas “locais” ou “marginais”, mas por serem elas “pertinentes” e por representarem a devolução da “voz” aos que a tiveram usurpada, roubada, negada historicamente. (p. 31).

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