Teoria e Prática Pedagógica
Por: leosilamar • 8/5/2015 • Artigo • 775 Palavras (4 Páginas) • 256 Visualizações
Universidade Federal de Pelotas – Ufpel
Profº Carla Rodrigues
Teoria e Prática Pedagógica
“Mapeando a (complexa) produção teórica educacional – Entrevista com Tomaz Tadeu da Silva”
O professor Tomaz Tadeu, aborda durante a entrevista seus pensamentos sobre o currículo, as perspectivas atuais e como era pensado o tema há alguns anos atrás por diversas frentes pensadoras, principalmente o marxismo.
Em um primeiro momento os entrevistadores colocam a questão de como ele avalia os desenvolvimentos mais recentes dos currículos e quais temáticas ele considera emergentes e necessárias. Tomaz coloca que o grande pico do desenvolvimento se deu em meados dos anos sessenta, onde a grande influência era o pensamento marxista e a grande disciplina era a Sociologia, hoje ele cita que há uma estagnação, e não se pensa e nem se desenvolvem novos avanços, como se os profissionais da área da educação estivessem satisfeitos com o atual pensamento curricular existente. Ele acredita que não possa apresentar temáticas, mas apresenta algumas direções com objetivos de uma continua renovação nos currículos.
A segunda questão abordada na entrevista foi se há espaço para as teorias críticas ou se elas já se esgotaram no período atual. O entrevistado afirma que há sim um esgotamento desse tipo de crítica, onde uma das principais perspectivas que atingiram em cheio as criticas teóricas, foram as pró-estruturalistas principalmente as centradas nas opiniões filosóficas, e que com isso seja possível concluir que já não tenha mais sentindo e nem razão desta critica continuar existindo. Seguindo esta mesma linha os entrevistadores questionam o q há de critico nas teorias pós-criticas e quais seus espaços de atuação. Para Silva elas não são claramente “criticas, pois o que elas colocam é precisamente a própria noção de “criticas”, segundo ele seria a partir daí que surgem o pensamento e a política.
A entrevista vai chegando ao seu final e a partir disso os interrogadores abordam a descentralização ou eliminação do sujeito que para eles é um pensamento do entrevistado. Segundo Tomaz descentrar o sujeito não irá significar um afastamento de fazer política, mas sim do modelo político que tem a noção de sujeito, além de crer que no campo das lutas sociais, haja interação forte entre política e teoria do que a que existia no período da hegemonia marxista, assim o questionamento á filosofia da consciência não é só uma questão teórica, mas sim implica em uma política.
Na sua penúltima questão eles abordam os teóricos que o professor de certa forma segue em seus trabalhos, nos quais são Jacques Derrida e Gilles Deleuze. Segundo Tadeu, ele não crê que as contribuição dos dois sejam diretas a teoria educacional, embora eles tenham escritos algumas coisas relacionadas a isso, e que o mais importante seja desenvolver as implicações de seu pensamento mais geral. Para ele há três elementos centrais que devem ser considerados quando se fala em teoria do currículo, são elas: questão do conhecimento e do pensamento, questão da subjetividade e da subjetivação e a questão do poder e da força, elementos que podem servir de inspiração para se pensar em currículo.
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