Tudo Sobre Avaliação Formativa
Por: Erica Silva • 18/11/2020 • Trabalho acadêmico • 1.072 Palavras (5 Páginas) • 212 Visualizações
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico de Vitória
Síntese do grupo 2°- Avaliação Formativa
Docente: Magna Sales Barreto
Discente: Lenildo Sena,
Vitória de Santo Antão
2020
Avaliação da Aprendizagem e a Avaliação formativa
A avaliação tradicional tem tido o caráter classificatório, onde a partir da contagem de acertos e erros em tarefas, o professor atribui um valor ao aluno, que o classifica em reprovado ou aprovado. Com isto percebemos que o professor busca realizar tarefas que evitem interpretação das respostas do aluno, evitando que as respostas tenham caráter subjetivo, o que levaria o professor fazer reflexões sobre o que o aluno aprendeu.
É notável a crença liberal e empresarial do mérito como responsável pelo sucesso tem utilizado a avaliação como um instrumento de legitimação da seletividade comparativa. Viana (1995) aponta que, as necessidades de comparação foram influenciadas pelas alterações na vida social americana nos trinta primeiros anos do século XX, que passaram a se basear em três elementos pensados para a vida gerencial das indústrias, mas que acabaram afetando a totalidade da sociedade. Elementos estes são: Sistematização, padronização e eficiência. A partir dai a comunidade educacional passa a entender, por conta de grande influência dos financiadores e empresários que a avaliação deveria buscar padrões entre as escolas, professores e estudantes e, também serviria como medida da eficiência do processo educativo como um todo. Avaliação passa a ser sinônimo de medida.
No Brasil, o interesse dos grandes empresários na educação também é nítido. Freitas (2016) fala que, existe uma disputa do empresariado brasileiro pelo controle dos jovens, professores e escolas, dentro de uma estratégia que tenta adequar o ensino às necessidades e às teorias organizativas empresariais. Não é à toa que o maior incentivador do contexto educacional brasileiro seja o movimento Todos pela Educação, ancorado na elite empresarial financeira. A função do avaliador passa por mudanças significativas ao longo do tempo, no ambiente empresarial tinha a função de Recursos Humanos, educação não era voltada para o bem do aluno, mas sim para um bem específico, o estado impõe que os mesmo alunos cumpram com um currículo específico que é atrelado a algum tipo de interesse, ou de go próprio governo ou de grandes empresários. Com isso a maioria dos professores opta por uma metodologia que busca à necessidade deturbada de penalizar, punir e excluir os discentes. Perdendo a essência da avaliação educacional, que tem um importante papel emancipatório, transformador e democrático para assim garantir o acesso, permanência e a conclusão dos estudos dos estudantes de um modo geral, evitando sua aplicabilidade de forma improcedente: autoritária, excludente e perversa.
A avaliação no âmbito da educação física deve ser analisada de maneira ampla, contextualizada e inserida no projeto político pedagógico da escola e não restrita a métodos, procedimentos técnicos e aplicação de testes físicos. Uma das ferramentas propicia para isto é a avaliação formativa, através dela que todo o processo de ensino e aprendizagem pode sofrer as alterações necessárias para ser realmente integral, formativa e gerar aprendizado. A avaliação tem q ser tratada como “mais de uma mera questão técnica, a avaliação tem que ser encarada como um poderoso processo pedagógico cujo propósito primordial é o de ajudar os estudantes a aprender” (FERNANDES, 2011). Tendo como premissa o foco no aluno e na avaliação como intrínseca ao processo de ajuda-lo a aprender, sem foco na mensuração dos conhecimentos ou classificação dos estudantes.
A avaliação formativa é uma forma de avaliar mais humanizada, mais situada nos contextos vividos por professores e alunos, mais encontrada na regulação e na melhoria das aprendizagens, mais participada, mais transparente e integrada nos processos de ensino e de aprendizagem, ou seja, uma avaliação que é eminente formativa nas suas formas e nos seus conteúdos (FERNANDES, 2005, p.3 -4). Os princípios e fundamentos deste tipo de avaliação do contexto atual é a valorização, participação, a autonomia, autoria, o processo, a construção e a colaboração de todos os envolvidos nos processos educativos. Priorizando uma relação dialógica, problematizadora e emancipatória entre os sujeitos e os objetos de conhecimento. Camargo (2015, p.47).
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