UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA
Por: cilenemarinho_ci • 11/4/2022 • Relatório de pesquisa • 1.287 Palavras (6 Páginas) • 153 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA
GILCELENE MARINHO DA SILVA MATRÍCULA – 201809145899
PCC - PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
Dialogando, refletindo e Produzindo Conhecimento Reflexivo no segundo do curso
RIO DE JANEIRO
2021
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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
1- DIALOGANDO, REFLETINDO E PRODUZINDO CONHECIMENTO REFLEXIVO NO SEGUNDO DO CURSO
O Trabalho proposto a seguir, toma como partida as charges abaixo para exemplificar situações que na prática, infelizmente acontecem pelo Brasil. Práticas que mostram o trabalho árduo que um país de tamanha extensão demográfica e diferenças culturais, ainda tem pela frente até que entreguemos um ensino mais igualitário a todos, criando pontes e não abismos entre as diferenças sociais.
Na primeira charge, a professora que se mostra como centro da turma e ignora o contexto social diante dela e que poderia ser trabalhado de forma positiva, ressaltando as vivências de cada um como forma de agregar e ensinar de modo prático. Essa postura centralizadora tradicional, felizmente vem sendo combatida correntes de pensamento construtivistas, mas que ainda tendem a percorrer um caminho árduo até que o aluno possa ser colocado no papel de peça-chave na construção do saber, independente de condição social ou bagagem cultural que carregue em si, ao contrário, suas experiências prévias sejam utilizadas como material para assimilação e troca de conteúdo em sala de aula.
Na segunda charge, uma triste realidade salta aos olhos: A disparidade de oportunidades que o ensino no Brasil proporciona. Em tese, a constituição baliza os direitos e deveres de forma democrática, mas a bagagem educacional que cada um carrega onde um alcança um estudo de excelência e outros enfrentam as mais diversas e esdrúxulas dificuldades para conseguir receber algum tipo de educação, muitas vezes aquém do que se espera minimamente, desqualifica e exclui naturalmente, tirando oportunidades e qualquer chance de sucesso na vida, considerando o abismo educacional que carregam na sua formação.
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Analisando as charges, especialmente a primeira, estudei a vida inteira em escola pública e compartilhar realidades bem parecidas com os amigos e apesar da mistura comum que sempre existe no Brasil, não me recordo disso ter sido trabalhado como conteúdo e explorado como algo importante na formação do saber, o que é realmente lamentável.
Na segunda charge, observo na atualidade um movimento com maior interação social na escola, onde as diferenças e potencialidades são mais valorizadas e harmônicas. Infelizmente essa Nova Escola, ainda é uma realidade adotada em grande maioria por escolas particulares, restringindo essa nova mentalidade apenas para um grupo de crianças e adolescentes mais privilegiados, o que é lamentável. Nas escolas públicas, trabalhar as diferenças balizando o conhecimento e a capacidade específica de cada um, ainda é algo que caminha em passos lentos, o que infelizmente só aumenta ainda mais as desigualdades.
Conforme proposta de análise deste PCC, a visão de Edgar Morin resume bem o problema intrínseco na educação brasileira e que são expostos nas charges acima e nos convida a refletir sobre quais caminhos e soluções podemos pôr em prática para tornar a educação, um instrumento de inserção na sociedade de forma igualitária;
- Como Edgar Morin compreende que os educadores precisam refletir sobre a natureza do conhecimento a ser trabalhado pela escola?
- Ele defende a necessidade do entrelaçamento entre cultura e o sistema social através da união dos saberes. Para Edgar Morin, não é possível isolar o conhecimento em áreas definidas porque a complexidade do conhecimento ocorre justamente unindo ordem e desordem num todo onde as disciplinas precisam se comunicar.
- A proposta de Edgar Morin é contrária ou afinada com as ideias passadas pelas charges?
- Com certeza não. Nesse conceito de trazer para a sala de aula a união de saberes e trabalhar as diferenças tornando a vivência escolar em prática de vida e não preparando para a vida em si, as charges vão absolutamente contra.
- Ao longo da história da educação, a escola tem se preocupado com a ética do gênero humano, tendo em vista estabelecer uma relação de “controle mútuo entre a sociedade e os indivíduos pela democracia e conceber a Humanidade como comunidade planetária” (MORIN, p. 2001)?
- A educação e a escola tem se preocupado sim com a questão ética do gênero humano, uma forma dos seres humanos compartilhar os mesmo valores e exercer sua cidadania e esses valores são passados de maneira natural.
- Proponha alguma solução para as situações apresentadas pelas charges.
- Apesar de ter em meu histórico escolar uma herança da escola tradicional tal qual ilustrada na charge em questão, eu não replicaria esta prática no meu cotidiano como professora e dotada de conhecimento sobre didática, ao contrário da situação em questão, eu aproveitaria ao máximo a heterogeneidade da turma e faria disto uma oportunidade para expor as diferenças de cada região de forma prática e interacionista. Com essa abordagem, eu não só mostraria empatia com as experiências de vida de cada aluno, como também teria a oportunidade de ensinar sob perspectivas diferentes.
- Quais conselhos você daria para si mesmo para exercer a didática com ética e dinamismo frente aos desafios apresentados nas charges?
- Não é possível ensinar sem constantemente aprender. Como Docente eu adotaria uma prática construtivista de verdade como método e faria sem sombra de dúvidas, aulas onde “saber ouvir é mais saber” e dando voz e atitude aos alunos frente aos conteúdos, aprenderia constantemente e seria sempre instigada a me reinventar, tanto no que se refere ao conhecimento, quanto as tecnologias e visão de mundo.
“O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir.
Cria situações-problemas.” (PIAGET, 1976)
CONCLUSÃO:
Trazer a luz da sociedade a reflexão a respeito dos caminhos que a escola precisa ainda percorrer para integrar ensino e sociedade, são desafios propostos nesse trabalho que ajudam a diminuir os abismos porque toda conquista começa no campo das ideias.
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