Utilização de Jogos Como Prática Educativa: Rompendo com o Tradicional

Utilização de jogos como prática Educativa: Rompendo com o Tradicional.


             Quando pensamos no aspecto de ensino tradicional nos remetemos ao aluno como figura passiva dentro do processo de ensino, ou seja, está ali para memorizar conteúdos já estabelecidos e que são repassados pelo professor, figura que nesse contexto tem papel central, aquele que é detentor do saber e que não deve ser contrariado ou interrompido, tem espaço de fala único e exclusivo. Ao pensar que o ensino tradicional hoje deve ser cada vez mais revisado e modificado em diversas partes, temos a utilização de jogos e brincadeiras como um meio importante pra essa busca, sempre ressaltando que essa utilização deve vir de um planejamento, e como objeto de ensino e aprendizagem significativos e que ultrapassem a utilização do jogo e brincadeira apenas como “distração”.
          Hoje o papel do aluno deve ser central dentro da escola, e o processo de ensino perpassa a memorização, o aluno deve assumir uma postura ativa, construindo o seu conhecimento, bem como sua autonomia, seu potencial, sua confiança. Quando pensamos na utilização do jogo com objetivo didático, para romper com o tradicional já de início devemos pensar no lugar de fala do aluno, o professor nesse contexto age como mediador, ele auxilia e dá espaço para que os alunos possam expor o que pensam sobre as regras, para que construam a sua problematização de situações problemas, revisando, analisando, discutindo e argumentando sobre situações que o jogo envolve.

         Nessa perspectiva o jogo já rompe o tradicional quando a opinião do aluno é considerada, o aluno se torna livre para formular e reformular seu conhecimento, diante das situações de um jogo por exemplo, ele constrói seu conhecimento montando suas próprias estratégias, consegue aprimorar diante da interação com a sala, troca de ideias e em relação a opinião dos amigos.

        O jogo como objeto de ensino e aprendizagem vem como meio para romper com o tradicional possibilitando que o mais importante aconteça, que o aluno aprenda a aprender, desenvolve habilidades de forma significativa, rompendo o caráter de memorização, possibilita ao aluno seu espaço, ele se torna sujeito ativo do próprio conhecimento. Entre tantas possibilidades, podemos destacar que o jogo quando utilizado como objeto de ensino e aprendizagem, permite ao aluno verificar que ele é passível de erros, e que diferente do que é colocado no ensino tradicional, esse erro não deve deixar uma marca negativa, o rotulando como “incapaz” e sim contribuir para que o aluno saiba lidar com os mesmos, e que sirvam como propulsores para revisar onde errou, o que pode modificar, assim desenvolvendo a sua autonomia e sua confiança, pontos que são primordiais no ensino para romper com  tradicional.