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VIOLÊNCIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PAPEL DA ESCOLA E DA SOCIEDADE

Por:   •  6/12/2015  •  Monografia  •  5.298 Palavras (22 Páginas)  •  498 Visualizações

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VIOLÊNCIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PAPEL DA ESCOLA E DA SOCIEDADE

Paola Paschoal de Mello1

Resumo.Com a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente toda a população infanto juvenil passou a ser respeitada, pois precisam de cuidados especiais, afinal ainda não atingiram seu grau de maturidade, tendo ainda grande dependência de uma pessoa adulta, no caso seus responsáveis. Sendo assim, esse estudo tem por finalidade, por meio de pesquisa teórica, abordar algumas definições sobre os tipos de violência e suas implicações, papel da escola, educadores e gestores diante das vítimas da violência e como reconhecer os sinais de que está havendo maus tratos e funções do trabalho do conselho tutelar, do Estatuto da criança e do adolescente e dos profissionais da saúde. Das fontes consultadas, pode-se constatar que há urgência na vigilância diária, pois de acordo com as estatísticas, a violência contra crianças e adolescentes destaca-se com grandes proporções, onde a família aparece como grande violadora dos direitos infanto-juvenis. Lamentavelmente, cresce o número de crianças e adolescentes que chegam à rede pública de saúde e às clínicas particulares como vítimas de maus- tratos. Conclui-se que o primeiro passo para evitar a violência é notificar aos órgãos competentes por parte de todos e procurar ajudar os responsáveis agressores.[pic 1]

Palavras-chave: Violência escolar, Maus tratos, Gestão escolar.

Abstrast. With the publication of the Statute of Children and Adolescents Children and Youth entire population came to be respected, because they need special care, after all have not yet reached their level of maturity, and even large dependence on an adult, if their parents. Thus, this study aims, through theoretical research, addressing some definitions about the types of violence and its implications, the role of school, educators and managers on the victims of violence and how to recognize the signs that there is mistreatment and job functions of Tutelary, the status of children and adolescents and health professionals. Sources consulted, it can be seen that there is urgency in daily vigilance, because according to statistics, violence against children and adolescents stands out with great proportions, where the family appears as a major violator of the rights of children and youth. Unfortunately, a growing number of children and adolescents who come to public health and the private clinics as victims of maltreatment. We conclude that the first step to avoid violence is to notify the competent bodies and by all responsible perpetrators seek help.

Keywords:school violence, maltreatment, school management.

1  INTRODUÇÃO

Sabe-se que a violência na escola entre crianças e adolescentes está cada vez mais presente na sociedade, sendo assim, esse trabalho pretende e tem como objetivo tratar desse assunto de forma que possa contribuir positivamente para a diminuição dos casos de violência juntamente com a escola, pais e comunidade. A criança e o adolescente sempre foram vistos em nossa sociedade como seres de pouca importância sempre sob o julgo dos pais, amas, preceptores ou responsáveis por sua criação. Na França do século XVIII, a mortalidade infantil era alta, ultrapassando 25% das crianças nascidas vivas. Era uma prática comum, as crianças serem entregues à amas de leite que ficavam encarregadas dessas crianças em media por quatros anos, mas cerca de 2/3 delas chegavam a falecer. Cerca de 84% das crianças morriam antes de completar um ano de vida. Muitas crianças eram abandonadas nos asilos de Paris, prática esta, considerada normal na época.

Após a Revolução Industrial na metade do século XVIII, a criança passou a ter um papel significativo na composição familiar, pois iria se tornar um complemento auxiliar no orçamento doméstico. Uma nova ótica para o papel da criança e do adolescente: um ser produtivo. A exploração da mão de obra infantil era muito utilizada pela facilidade de manuseio de partes das maquinas, pelos espaços reduzidos nas fábricas e minas de carvão e, sobretudo pelos baixos salários pagos a elas.

Na Europa, entre 1865 e 1870 surgiram movimentos e sociedades protetoras da infância, sendo estas mais recentes e menos representativas que as sociedades protetoras dos animais.

Outro aspecto importante é a visão dos médicos sobre a criança. Estes a viam como tarefa exclusiva das mulheres, mães e amas. Somente no inicio do século XX, com os trabalhos de Freud, a criança passou a ser alvo de estudo na questão do desenvolvimento psicológico.

Os castigos físicos ainda continuaram sendo utilizados como meios de educar a criança. Batinder (2008) cita o grande filosofo Santo Agostinho que justifica as ameaças com varas e palmatórias como método pedagógico: Como retificamos a árvore nova com uma estaca que opõe sua força à força contrária da planta, a correção e a bondade humana são apenas o resultado de uma oposição de forças, isto é, de uma violência".  Não se pode afirmar que houve um aumento dos casos de violência contra a criança, mas constatar que houve um crescimento na atenção dada a este tema, tanto nos aspectos clínicos, sociais, legais e acadêmicos quanto à divulgação pela mídia sobre a violência domestica.

A forma violenta de punir para educar forma um circulo vicioso, pois estas crianças no futuro punirão da mesma maneira seus filhos perpetuando e transmitindo a violência como forma de solucionar conflitos pela força.

A violência da família contra a criança independe da classe social econômica, dentre os muitos fatores apontados como geradoras de violência de pais ou responsáveis contra filhos pode-se citar: a miséria, o desemprego, o uso de álcool e ou drogas, a baixa autoestima, problemas psicológicos e psiquiátricos. Dependendo do fator ou conjugação de fatores estes pais devem ser orientados e dependendo da gravidade do caso devem ser tratados e ou punidos.

Além de todo trabalho que vem sendo realizado em relação à diminuição dos casos de violência, há a necessidade de se voltar o olhar para onde tudo começa já na infância, para, quem sabe, evitar que se chegue ao absurdo em que hoje se encontra. Devem-se procurar as causas, sejam elas pobreza, drogas, alcoolismo, problemas neurológicos, enfim, e dar encaminhamento adequado e um tratamento para cada situação ocorrida. Deve-se apostar na educação como forma de implodir a violência para que não tenha continuidade, orientar todos os envolvidos e manifestar o amor. Se todos os cidadãos, profissionais da saúde, professores e governo se unirem nessa luta, com certeza ocorrerá uma queda desse problema, porque onde não se pratica a justiça impera a violência e agressividade decorrente da impunidade gerada pelos atos do agressor.

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