Variaçoes linguisticas
Por: karinemaria • 20/10/2015 • Resenha • 658 Palavras (3 Páginas) • 369 Visualizações
Variações Lingüísticas
As pessoas gostam de falar sobre diversos falares. Em geral, a maioria das variedades de falares é considerada como forma “errada” de usar a língua, e quando sobre elas se fazem comentários, não raro são carregados de preconceito. Segundo Ferdinand de Saussure considerado pai da lingüística pela teoria saussuriana ele aborda a famosa dicotomia langue/parole- língua e fala.
“A linguagem tem um lado individual e em lado social, sendo impossível conceber um sem o outro”. A esse lado social da linguagem Saussure chama de língua, e aquele individual chama de fala. A língua homogenia por natureza, é uma instituição social que pertence a todos os falantes de determinada comunidade lingüística.
A fala, de natureza heterogenia, é individual e imprevisível. A língua que falamos é a mesma, isto é a mesma todos nós falamos usamos o mesmo sistema lingüístico chamado português brasileiro. A fala de cada um de nós, no entanto é diversificada, individualizada, heterogenia.
Uma tendência dos brasileiros é afirmar que falamos todos a mesma língua e que não existem dialetos no Brasil. Segundo Bagno,” a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma só unidade surpreendente “para ele uma vez reconhecida a diversidade lingüística as pessoas que falam uma variedade desprestigiada são freqüentemente vítimas de descriminação.
A sociolingüística vem contribuir para a compreensão da língua, por meio de sua relação com a sociedade para a comunicação entre seus membros. A variação lingüística pode ocorrer em todos os níveis da língua: lexical, fonético, morfológico, sintética e até pragmática, sendo que esses níveis podem estar vinculados a três tipos de fatores são eles, geográficos, sociais, socioculturais e de contexto.
Como já vimos as pessoas costumam se divertir comparando as variedades lingüísticas próprias de cada região do Brasil, pois o país possui um repertório verbal (conjunto de variedades lingüísticas) riquíssimo. Vimos que a pronuncia do s no final da palavra mas por um carioca é a mesma da pronúncia de um paranaense.
A variação fonética acontece com mais intensidade no entanto, no nível suprassegmental, que está diretamente ligado ao ritmo de fala. O preconceito lingüístico é fruto de uma história de prescrição da gramática normativa, que nos acostumou a achar que toda forma diferente das regras gramaticais contidas nos livros que estudamos são “errados”. Trata-se de um sistema regido de leis a serem cumpridas e quem não cumpre é “julgado e condenado”. Porém a concepção de certo e errado é muito relativa.
O preconceito é o julgamento da pessoa pela forma como ela fala, mas principalmente pelo papel que representa na sociedade. Deste modo, concluímos que não existe o errado, mas o diferente. E o problema de ser diferente mas está no fato lingüístico, mas nas convenções sociais e culturais da sociedade em que está inserido o falante.
A norma, sendo uma convenção de um grupo social determinada pelo uso, varia de acordo com os hábitos, o nível de escolaridade e a cultura da comunidade que fala a língua. Assim nascem as gramáticas que visam sistematizar uma norma lingüística para preservar a língua atuando como a força conservadora contra a inovação da língua falada pela sua natureza heterogenia é caótico, cria-se dois tipos de normas, a explicita, que se refere a apenas um dos possíveis usos, que se sobrepõe as normas implícitas, relativas a todos os outros usos. O descumprimento dessas regras passa a ser considerado “erro” de português.
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