Vermelho como o céu
Por: Denise Avila Petrucci • 5/5/2015 • Resenha • 412 Palavras (2 Páginas) • 721 Visualizações
Ao assisti ao filme "Vermelho como o Céu", cuja história baseada em fatos reais, retrata a vida de um menino italiano, Mirco, que e ativo, dinâmico, com uma boa estrutura familiar, sendo sempre tratado com carinho e atenção.
Mirco, porém, acaba sendo acometido de um acidente doméstico ao brincar com a espingarda do seu pai, ocasionando a perda gradativa de sua visão. Ele é obrigado por conselho medico e por força da lei vigente, a frequentar uma escola especial para cegos, longe de sua família, tendo que se adaptar ao "novo" mundo, mas não aceitando a sua recente condição. Nesse ponto, é notório como um sistema rígido de educação tolhe todo o processo de criatividade e ação da criança.
E justamente pela inquietação, Mirco desenvolve novos sentidos e os usando como meio de superar a cegueira, achando meios de extravasar a sua criatividade nata, sendo esse comportamento interpretado como indisciplinar e rebelde pelo diretor local e sendo punido por isso.
As descobertas de Mirco logo despertam a curiosidade e o entusiasmo dos demais alunos do internato, levando permitindo que eles vivenciassem uma sensação de liberdade e desenvolvimento do potencial criativo que muitos nunca tinham sentido antes.
Aliado a isso, Mirco consegue estabelecer parceria com antigos internos da instituição e também com um professor, que acaba sendo grande incentivador dessa nova possibilidade sensorial das crianças, desse modo os métodos tradicionais da escola e sua existência como um local de segregação social sofrem severos questionamentos. Evidencia também, os primeiros passos do debate ao ensino inclusivo na Itália, como o fechamento da instituição ocorrida em 1975.
Esse filme foi uma grande lição de vida. Não por evidenciar apenas a superação de um menino, mas por evidenciar a criança como ela é, de corpo e alma presente, predisposta a viver com suas facilidades e dificuldades. Ele cria, inventa, conhece e usa todos os seus sentidos para isto.
O ápice do filme trata-se da apresentação de final de ano da instituição, a qual é assistida pelos pais dos internos, que são previamente vendados e acomodados para que sentisse a apresentação e não a visse, possibilitando uma aproximação tocante dos familiares, a condição dos seus filhos, proporcionando o aguçamento do sentido sonoro.
Concluo que a inclusão, o respeito pelo próximo, não pode ser traduzida apenas de uma maneira, no discurso, mas sim em sentindo amplo observando cada especificidade e que deve ser foco constante em nossos debates a fim de constantemente buscarmos uma educação que seja efetivamente inclusiva, em todos os aspectos.
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