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Young - Para Que Servem as Escolas

Por:   •  7/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  423 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

UFSB

LÍNGUA, TERRITÓRIO E SOCIEDADE

CALVIN KLEIN SAMPAIO BATISTA

Porto Seguro

2017

As duas últimas semanas foram demasiadamente produtivas em relação a conteúdo do componente ‘Campo da Educação - Saberes e Práticas’. Entramos em contato com “Escolarizando o Mundo”, de Carol Back, vimos como os ocidentais implantaram sua doutrina pedagógica em diversas partes do mundo (no filme, mais especificamente no sudeste asiático) ao longo dos anos, contrariando totalmente a cultura da região e fazendo com que os alunos percam sua essência tradicional, abandonando suas respectivas famílias e lares, alguns até sendo obrigados a falar somente inglês, ao invés de sua língua nativa. Inclusive, as crianças eram punidas por cometerem esta “infração”. Resumindo, toda a identidade cultural está sendo perdida/esquecida propositalmente. O principal objetivo do documentário é explanar a situação atual da educação no mundo contemporâneo, demonstrando o quão danoso para as regiões a alta migração pode ser, já que os jovens estão se locomovendo para grandes centros urbanos e suas raízes culturais, tradições e famílias estão sendo deixadas para trás. Uma falsa superioridade cultural é denunciada pelos especialistas que são entrevistados no filme. Supostamente, famílias são aliciadas com o discurso de que seus filhos terão uma “vida melhor”, seguindo este método de educação, quando na verdade a raiz cultural está sendo desvalorizada, incluindo o conhecimento tradicional, sendo totalmente excluído por uma filosofia capitalista ocidental.

Abordando de forma excepcional e bem similar à formula de “Escolarizando o Mundo” (genialmente aparenta que os conteúdos estão interligados), o texto “Relações e dissensões entre saberes tradicionais e saber científico”, analisa as semelhanças e diferenças entre os saberes científicos e saberes tradicionais, além de apontar veementemente como a medicina tradicional vem sendo ignorada e até mesmo excluída em meio à medicina científica, que é tratada como “verdade absoluta” pela comunidade científica, deixando de lado todo um histórico e tradição medicinal cultivada por diversos povos e culturas ao longo dos anos. Talvez vista apenas como “um patrimônio cultural” dos povos, no texto é sugerido que a medicina tradicional não é apenas isso, e pode sim (ou deve) ser utilizada contribuindo efetivamente com medicina científica, assim como definitivamente já contribuiu historicamente. Ao deixar claro a hegemonia do saber científico, é proposto como as duas coisas podem andar juntas. Desenvolver de forma institucional um caminho para unir os saberes científicos e tradicionais, respeitando ambos os lados ao intuito de fazer com que haja harmonia e cada qual tenha seu valor preservado e reconhecido, sendo isto em benefício único da humanidade.

Já não bastasse os dois últimos temas interessantíssimos, na última aula, acabamos presenteados com uma discussão com base no texto “Teoria Queer – Uma política pós-identitária para a educação”, de Guacira Lopes Louro, fomentando a grande engajação do tema sexualidade nas últimas décadas. A autora aborda de forma incrível o modo como a sexualidade aos poucos está deixando de ser um tabu, passando a ser cada vez mais discutida entre cientistas, religiosos, psiquiatras, antropólogos, educadores, e mais uma gama de estudiosos. É interessante como as chamadas “minorias” vêm ganhando visibilidade em todos os meios. Mas, como nem tudo é um mar de rosas, a faca tem dois gumes. Tendo em vista que as minorias estão sendo cada vez mais “aceitas”, por outro lado, a chama do conservadorismo é acesa, prosseguindo assim com o famigerado “combate ideológico”. Os movimentos homossexuais passaram a surgir nos anos 80, Ney Matogrosso, por exemplo, é citado no texto como um dos pioneiros da ambiguidade artística e a partir desses acontecimentos, foi fundado o Movimento de Libertação Homossexual, formado por intelectuais exilados da ditadura, que trouxeram do exterior uma vivência internacional acerca de movimentos sociais. Pedagoga, Lopes Louro sugere uma pedagogia e um currículo queer. Afirmando que uma pedagogia queer não seria, propriamente, dedicada exclusiva aos temas tratados pela teoria queer. E sim, uma pedagogia com uma proposta única e peculiar com ideias além das que são propostas na teoria queer em particular.

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