4 IDADE DO IDOSO

1. INTRODUÇÃO         

           Nas últimas décadas tem se observado um aumento crescente do número de idosos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. A expectativa de vida do brasileiro aumentou, porém, o que se discute é a qualidade de vida do brasileiro, principalmente, o idoso. No Brasil os serviços de assistência social e de saúde que atendem a população geriátrica são precários. Os salários da aposentadoria são baixos e a falta de preparo dos familiares para cuidar dos seus idosos eleva o número de idosos encaminhados as instituições cuidadora. Esses locais são conhecidos como casa de repouso, ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) ou instituições geriátricas.

          Acredita-se que grande parte dos idosos institucionalizados é por problema de miséria e abandono, seguida em números por idosos com problemas mentais e físicos. Como o número de idosos supera o número de leitos nessas instituições, geralmente, eles partem para a contratação de pessoas não habilitadas e recorrem a estruturas físicas inadequadas. O trabalho das instituições se resume em oferecer abrigo e alimentação.

          A institucionalização muitas vezes atinge diretamente a qualidade de vida dos idosos, porque muitos deles são abandonados, e por sentirem-se isolados do convívio social, sente-se deprimidos, com baixa autoestima e muitas vezes a recusa à própria vida. Trabalhos realizados sobre institucionalizações normalmente não buscam saber qual a ótica dos idosos a respeito de sua qualidade de vida.

         O tema do texto abordado para a elaboração desse trabalho foi Qualidade de vida de idosos institucionalizados. O texto trata o crescimento da população geriátrica, as instituições e a qualidade de vida do idoso, assim como também a visão do idoso a respeito de sua situação. Ele é o resultado de uma pesquisa com idosos institucionalizados sobre a qualidade de vida, e os resultados obtidos demonstraram que a qualidade de vida dos grupos analisados foi baixa.

1. DESENVOLVIMENTO

          O grupo selecionado para a pesquisa foram 36 idosos institucionalizados com capacidade cognitiva para responder aos questionários sobre qualidade de vida. Antes dos procedimentos os idosos foram informados sobre os objetivos do estudo e como seria aplicado o questionário. A pesquisa obedeceu aos critérios do Comitê de Ética em Pesquisa, sendo necessário que os participantes assinassem um termo de consentimento.

          O objetivo do questionário era avaliar a capacidade funcional; os aspectos físicos; aspectos emocionais; dor; estado geral de saúde; vitalidade; aspectos sociais e saúde mental. Os resultados mostraram que não havia muitas diferenças de idade entre os entrevistados, o número de pessoas do sexo feminino era maior que o masculino, e os resultados variaram de instituição para instituição nos demais critérios pré-estabelecidos.

          O propósito do trabalho foi avaliar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados a partir da opinião deles próprios. Os resultados elencariam novas pesquisas e também poderiam ser utilizados em populações diversas.

          A qualidade de vida é subjetiva, ela abre um leque de respostas para sua definição e para os idosos ela esta mais ligada à felicidade, ao bem estar e a realização pessoal. Infelizmente o Brasil não está preparado para oferecer qualidade de vida aos seus idosos institucionalizados, o número de instituições é pequeno diante da demanda da população que está envelhecendo e na maioria dos casos, as instituições são locais aonde os idosos vão para esperar a morte. As atividades rotineiras que antes eram realizadas passam a ser extintas da vida do idoso, a vida sedentária nas instituições levam a tornarem-se pessoas dependentes e incapacitadas. Analises da pesquisa mostraram que idosos institucionalizados apresentam um baixo desempenho nas dimensões capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e saúde, quando comparados com idosos não institucionalizados.