A AUSÊNCIA DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DOS ALUNOS DE 3º E 4º ANO NA UNIDADE ESCOLAR MURILO BRAGA.
Por: emesilva • 31/5/2015 • Artigo • 414 Palavras (2 Páginas) • 858 Visualizações
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Por outro lado, sabe-se que a família, por mais que tenha inúmeras responsabilidades educacionais sobre a criança, necessita de auxílio para efetivar este ensino com qualidade, como destaca Parolim (2007, p. 14): “sabemos que a família está precisando da parceria das escolas, que ela sozinha não dá conta da educação e socialização dos filhos”. Como consequência disto, a educação fornecida nestas duas instituições, ao invés de se complementarem, concorrem entre si, conforme a mesma autora destaca: “os professores afirmam que as posturas familiares são adversas ás posturas que adotam na escola com os alunos, como agravante em termos das suas aprendizagens”.
Para entender como isso ocorrera ao longo dos tempos se faz necessário em primeiro lugar conhecer a história da família bem como seu desenvolvimento no contexto educacional brasileiro, haja vista que durante muito tempo a criança foi tratada de forma diferenciada, e a própria sociedade na qual ela estava inserida distorcia todo o processo da infância que na maioria absolutas das vezes tornava-se quase que impossível distingui-las dos adultos, e neste contexto frequentemente eram vistas como adultos em miniaturas, inclusive suas vestimentas eram perfeitas cópias do modelo adulto; assim, o sentimento de infância era praticamente nulo.
1 .1 Um breve contexto histórico sobre a família.
Até meados da Idade Média a família ainda permanecia enclausurada, em silêncio e com pouquíssimos direitos adquiridos, viviam em um mundo de obscuridade, ainda não havia vida social da forma como conhecendo hoje, o que de certo modo contribuiu negativamente para grande parte dos problemas que foram passados de geração para geração.
O florescimento iconográfico que a partir do século XV, e, sobretudo o XVI, sucedeu a esse longo período de obscuridade: o nascimento e o desenvolvimento do sentimento de família. Daí em diante, a família não é apenas vivida discretamente, mas é reconhecida como um valor e exaltada por todas as forças da emoção. (ARIÈS, 2006, p. 152)
Foi a partir do século XV e XVI que a ideia de família transformou-se, passando a ser vista de forma concreta, adquiriu-se um novo conceito, a mulher já não era mais vista como uma simples reprodutora do lar passou-se a aflorar com mais veemência o sentimento e a afetividade, haja vista que, até então o modelo de família era identificado como sendo um aglomerado de pessoas reunidas em um domicílio, baseando-se nos moldes da família medieval que mantinham as crianças em sua residência até os sete anos e depois as enviavam para a casa de parentes onde passariam a viver na condição de aprendizes.
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