A AVALIAÇÃO PSICOLOGICA
Por: walessa almeida • 17/10/2020 • Artigo • 1.617 Palavras (7 Páginas) • 263 Visualizações
RESUMO DO CAPITULO 06
DISCIPLINA DE TECNICAS PROJETIVAS
A PERSONOLOGIA DE HENRY MURRAY
Henry Murray se destaca entre os teóricos da personalidade por apresentar uma teoria com forte respeito aos determinantes biológicos na constituição da personalidade humana.
Murray considerava vários aspectos de mudanças nos estudos da personalidade:
- Transferiu os conhecimentos clínicos profundos para a universidade, determinando de forma clara, o modelo de pesquisa da personalidade.
- Reconheceu a importância de desenvolver uma taxonomia da motivação.
- Enfatizou a necessidade de se conceitualizar o comportamento como uma interação entre forças individuais e ambientais.
- Enfatizou a qualidade organiza do comportamento, indicando que um segmento de comportamento não pode ser compreendido isoladamente do restante da pessoa em funcionamento.
- Murray insistia que o contexto ambiental do comportamento precisa ser totalmente compreendido e analisado antes de ser possível uma explicação adequada para o comportamento individual.
De diversas maneiras, o aspecto mais diferente dessa teoria é seu tratamento especifico da motivação, sendo seu esquema de conceitos motivacionais tem sido influente e amplamente utilizado.
Outro aspecto diferenciado é a ênfase consistente nos processos fisiológicos coexistentes e funcionalmente vinculados que acompanham todos os processos psicológicos.
A historia de Murray
Henry Murray nasceu na cidade de Nova York em 13 de maio de 1893, e estudou na Groton School e no Harvard College recebendo em 1915 seu grau de bacharel em historia. Depois da graduação em Harvard, ele se matriculou no Columbia College of Physicians and Surgeons, onde se formou como o primeiro de sua classe, em 1919. Em 1920, recebeu o grau de Mestre em Biologia no Columbia e trabalhou como professor de fisiologia na Universidade de Harvard. Depois disso, fez uma residência de dois ano sem cirurgia, no Hospital presbiteriano do Rockfeller Institute for Medical Research na cidade de Nova York, onde trabalhou como pesquisador assistente por dois anos. Quando recebeu seu grau de doutor, Murray já tinha publicado 21 artigos em importantes jornais médicos ou bioquímicos.
Murray foi um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Boston e por volta de 1935 concluiu sua formação em psicanalise.
Além de revisar e expandir suas ideias teóricas, Murray esteve atento a alguns dos maiores problemas da vida contemporânea, incluindo a abolição da guerra e a criação de um estado mundial.
A formação e a pesquisa médica e biológica de Murray contribuíram para o profundo respeito que ele sempre demonstrou pela importância dos fatores físicos e biológicos no comportamento. Sua experiencia em diagnóstico médico resultou na crença de que a personalidade deve ser avaliada por uma equipe de especialistas e que, nessa avaliação, deve ser ouvido aquele que o sujeito diz sobre si mesmo.
A estrutura da personalidade
A natureza da personalidade e suas aquisições e conquistas ocuparam uma porção considerável de atenção teórica de Murray.
Suas ideias sobre a estrutura da personalidade foram muito influenciadas pela teoria psicanalítica, mas em muitos aspectos são diferentes de uma visão freudiana ortodoxa.
Murray reconhecia que a personalidade normalmente está em um estado de fluxo.
Definição de Personalidade
Murray definiu personalidade como uma abstração formulada pelos teóricos e não simplesmente uma descrição do comportamento;
Referiu-se a uma serie de eventos que idealmente abrangem toda a sua vida: “A história da personalidade é a personalidade“.
Uma definição de personalidade é o agente organizador ou governador do indivíduo. Suas funções são integrar os conflitos e as limitações aos quais o individuo está exposto, satisfazer suas necessidades e fazer planos para a conquista de metas futuras. Ele referiu que a personalidade esta localizada no cérebro.
Elementos estáveis da personalidade
Mesmo se aceitamos a personalidade como fenômeno e constante mudança, ainda existem certas estabilidades ou estruturas que aparecem ao longo do tempo e são cruciais para entendermos o comportamento. Quando representou essa estrutura, Murray emprestou da psicanálise os termos ego, id e superego mas com significados diferentes a esses conceitos.
Murray concordava com Freud na concepção do id como repositório de impulsos primitivos e inaceitáveis. Aqui está a origem da energia, a fonte de todos os motivos inatos, o self cego e não – socializado. A reconceitualização de Murray do id altera substancialmente o modelo de Freud da dinâmica id-ego.
Sobre o ego, Murray fala que não deve não só conter ou reprimir certos impulsos e motivos, mas também, mais significativamente, ele deve arranjar, organizar e controlar o aparecimento dos impulsos.
O superego na teoria de Murray, assim como na de Freud, é considerado um implante cultural. É um subsistema internalizado que age no individuo para regular o comportamento de uma maneira muito semelhante a dos agentes que cercavam a pessoa no passado.
A redefinição de Murray do triunvirato estrutural freudiano do id, ego e superego nos permite escapar do cenário pessimista de Freud do conflito eterno. Mas Murray continuou firmemente comprometido com a defesa freudiana da psicologia profunda, da sexualidade, da fantasia, dos mecanismos de defesa e da necessidade de considerar as bases não racionais de comportamento. Ele também abraçou a noção do determinismo da infância. Sua própria dinâmica familiar levou Murray a rejeitar a caracterização do pai como rival aterrorizante e onipotente pela afeição de u ma mãe querida. Além disso, a lista de necessidades de Murray é uma clara indicação de que ele considerava limitado demais o sistema motivacional de Freud.
Em relação a dinâmica da personalidade, É na representação dos anseios, da busca, do desejo, das aspirações e da vontade que as contribuições de Murray a teoria psicológica foram mais diferentes, e ao examinar a teoria de Murray da motivação, discute-se um conceito de necessidade, que desde o inicio foi o foco de seus esforços conceituais.
Apesar do conceito de necessidade tenha sido amplamente utilizado na psicologia, nenhum outro teórico o analisou com tanto cuidado ou propôs uma taxonomia tão completa.
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