A Analise da Observação
Por: gabdiias • 29/11/2019 • Trabalho acadêmico • 966 Palavras (4 Páginas) • 209 Visualizações
Análise da Observação
Criança Observada: Miguel, 2 anos e 5 meses.
Teoria para escolhida para análise: O desenvolvimento da personalidade – Wallon
Elementos que contribuem para o desenvolvimento da criança:
Afetividade – emoção, sentimento e paixão
* Emoção é a expressão visível, exteriorização
* Sentimento é expressão representacional
* Paixão é conseguir controlar a emoção, torna a emoção silenciosa
Movimento – mímicas e expressões corporais
Cognição – conhecimento, imagens, ideias e representações
Pessoa – Afetivo, cognitivo e motor
A teoria explica a relação entre a criança e seu meio social.
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Miguel estava em uma sala com aproximadamente 40 alunos, estava o tempo todo em movimento desde o momento que entrou na sala. Começamos a observar o Miguel a brincar, e dentro de algumas das brincadeiras pudemos fazer a relação com a teoria escolhida.
- A exploração e curiosidade do Miguel indica o estágio sensório-motor pela investigação do mundo exterior. A cada passo que ele dava encontrava um novo brinquedo, uma nova coisa para fazer, uma nova coisa para mostrar à mãe e à tia. Miguel andou a sala diversas vezes, sentava, olhava ao seu redor, falava com sua mãe e chamava ela para brincar, levava brinquedos para ela ver e conversava com a mesma. Chorava quando não sabia o que fazer ou quando procurava algo, como pode ser visto no início da observação – “Miguel, ao ver os brinquedos no centro da sala vai em direção a eles, começa a chorar logo depois, começa a procurar algo entre os brinquedos no chão, achou uma caixa de um jogo de peças e começa a sorrir.
(Afetividade, Emoção – Miguel não tem controle de suas emoções ainda, e por esse motivo começa a chorar quando sente algo estranho ou quer algo).
- Durante a observação, Miguel pegou a uma moto entre os brinquedos e ficou animado, estava conversando com a mãe (A teoria estuda o desenvolvimento da criança no meio social que vive, sendo assim Miguel parar e conversar com a mãe durante a brincadeira, demonstra que o mesmo sente a necessidade de comunicar à ela o que está fazendo e sente-se confortável à presença de outros desde que a mesma esteja lá). As relações afetivas mais fortes como vimos em aula são com nosso cuidador principal (neste caso, a mãe), mas sempre há outras pessoas com quem vamos ter relações afetivas, no caso de Miguel, em uma sala cheia de adultos, ele manteve relações com sua mãe e sua tia Bianca. A tia esteve sentada ao chão com a mãe e a criança para brincar, em diversas vezes pode-se ver Miguel se aproximando da tia, conversando com ela, pedindo algo ou chamando-a para brincar. – “Miguel vai até a tia que está do lado esquerdo da sala e mostra o brinquedo para ela. Bianca pegou uma embalagem de brinquedo e começa a abrir, o Miguel se aproxima, tenta ajudar a rasgar a embalagem, Miguel fala para Bianca que a embalagem tem lápis, Bianca diz que é massinha”.
- Nesse estágio, a expressão da necessidade/ vontade de algo também se é expressa por choros, gritos ou as famosas birras. – “Miguel começou a choramingar procurando algo, achou uma caixa de bloquinhos de madeira, sacudiu e gostou do barulho (utilizando assim o desenvolvimento motor, onde ele descobre o teor da caixa e o que pode fazer com ela), mostrou para a mãe e logo em seguida jogou no chão.
- O desenvolvimento motor é bem característico, as crianças começam a andar mais para alcançar lugares e coisas mais distantes, começam a pegar em tudo e descobrir cada uma de suas partes, pra quê servem, como usar e etc. – “Pegou um pedaço de papel crepom laranja que estava dobrado entre os brinquedos e começou a desdobrá-lo. Miguel soltou o papel e começou a choramingar, falando “cadê massinha”, começa a mexer nos palitos de sorvete que estavam entre os brinquedos, Miguel pega alguns e mostra para a mãe sorrindo e solta os palitos, Miguel pegou a moto novamente e bate ela algumas vezes no chão, solta a moto e pega uma bexiga vazia.
- No desenvolvimento da linguagem e estruturação do pensamento, tudo terá um nome, cada coisa achada terá que ter uma explicação ou pelo menos um jeito para ser chamado, nesse estágio a criança começa a falar mais e gravar mais palavras e fazer frases com mais sentido. Podem fazer também alusões com as mesmas. – “Miguel chama a bexiga de balão e leva para que a mãe veja, Miguel verbaliza algumas palavras com a Bianca a qual ele chama de “Bibi”, Miguel viu que a mãe encheu a bexiga e diz “Nossa! Balão muito grande!”, logo em seguida começa a dançar, como se estivesse marchando e começa a cantarolar “balão, balão” (representação), a mãe jogou a bexiga para o alto e o Miguel pega e joga novamente.”
- É desenvolvido processos de associação, tanto de imagens, sons, cheiros e outras coisas. A criança começa então, a associar as coisas e utilizar de memórias que ela tenha para adquirir conhecimento (mesmo que involuntariamente). – “Miguel fala algumas palavras para a mãe e a Bibi, Miguel pega o livro O Tubarão Lambiscador que tem uma capa interativa, abre e fecha a boca do tubarão da capa do livro e emitiu sons “imitando” um tubarão, depois falou sobre a música “baby shark” .
O desenvolvimento de Miguel, Afetivo, Cognitivo e Motor estão em concordância com o esperado para sua idade. O mesmo irá iniciar a fase projetiva em breve.
Análise da Observação – Conceito de Wallon
1º | Impulsivo (1a) | 0 a 3 meses |
Emocional (1b) | 3 meses a 1 ano | |
2º | Sensório – motor (2a) | 1 ano a 18 meses |
Projetivo (2b) | 18 meses a 3 anos | |
| Personalismo | 3 anos a 6 anos |
- Crise de oposição | 3 a 4 anos | |
- Idade da Graça | 4 a 5 anos | |
- Imitação | 5 a 6 anos | |
4º | Categorial | 6 a 11 anos |
5º | Adolescência | 11 anos em diante |
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