A Avaliação Psicológica de Síndrome de Down
Por: juliarocha24 • 23/4/2020 • Trabalho acadêmico • 993 Palavras (4 Páginas) • 193 Visualizações
3.0 Avaliação psicológica da Síndrome de Down
A função do psicólogo é de extrema importância na vida de pessoas diagnosticadas com Síndrome de Down, sendo assim este profissional é essencial para fazer avaliações e acompanhamentos deste paciente, tendo como objetivo um tratamento de curto, médio e longo prazo, visando sempre a aprendizagem e a convivência em sociedade, fazendo o acolhimento deste individuo, trabalhando diferentes aspectos como intelectual, físico-motor, afetivo-emocional e social.
A deficiência mental, presente na síndrome de Down, não é determinada apenas por fatores biológicos, mas é constituída no grupo do qual o indivíduo que a possui faz parte: é este grupo que dá significado àquilo que é considerado deficiência. Dessa forma, o grupo social que circunda a criança apresenta concepções, pré-conceitos, percepções e crenças que determinarão a identidade desse sujeito deficiente (DUARTE, pg.185, 2009.)
Segundo profissionais da área, a avaliação e acompanhamento do paciente com Síndrome de Down engloba não somente o paciente, mas também a família, visto que essa anomalia é identificada desde o nascimento da criança, nos primeiros exames ou até mesmo na gravidez.
Os pais (mãe e pai) são, particularmente, importantes na forma física como brincam, oferecendo excitação e desafios para a superação de obstáculos. Eles têm, também, uma influência especial quanto à competência para resolver problemas. Algumas pesquisas sugerem que os pais podem influenciar o desenvolvimento cognitivo de seus filhos mais que as mães, evidenciando que, quanto maior atenção um pai dá ao seu filho, mais alerta, inquisitivo e feliz o bebê tem probabilidade de ser (DUARTE, pg 56, 2009.)
Dessa forma, o psicólogo entra como facilitador da relação do portador de necessidades especiais e seus pais, visando o desenvolvimento dessa relação e consequentemente melhora da qualidade de vida dessas pessoas, visto que demanda uma necessidade de conscientização e desconstrução de alguns preconceitos do senso comum.
Não existe uma receita a ser seguida na hora de comunicar aos pais o diagnóstico, mas aspectos a serem considerados, com o propósito de amenizar o possível impacto, pois a adaptação do filho idealizado para o real é um processo que demanda tempo e pode ser vivenciada de forma conflituosa, podendo ser considerada uma vivência marcante para todos os elementos da família. (Arruda e Marcom; pg.9, 2007)
Com o recebimento da notícia, a família precisa de todo o suporte tanto de informações quanto de acolhimento, para que consiga prestar o suporte necessário para essa criança, e novamente o profissional tem um papel de extrema importância gerindo a transmissão dessas informações e condições para acolher os mesmos.
Assim, é importante informar aos pais correta e claramente sobre a SD, com respeito, sem iludir, tampouco omitir, como provavelmente será o desenvolvimento da criança. Para isso, o profissional deve estar atualizado no que diz respeito à síndrome, de modo a ter condições de fornecer informações suficientes para aquela etapa da vida, de forma gradativa e constante, até que a família esteja esclarecida e disponível para acolher seu mais novo integrante (Arruda e Marcom; pg.9, 2007).
O psicólogo terá o papel de oferecer suporte, ouvindo sobre os medos dos pais, angústias, apresentar os recursos disponíveis, informar lugares de apoio e acolhimento, ajudar a reconhecer as forças e desafios em meio a situação e principalmente ressaltar o quão importante é o papel da família para essa pessoa.
Segundo Micheletto (2004), diante das possibilidades de intervenção, acredita ser profícuo o trabalho com o grupo de pais, seja fazendo reunião com eles, psicólogos e outros especialistas, para a troca de informação e a orientação sobre estimulação precoce, proporcionando crescimento e reforçando vínculos entre a família e os vários profissionais que precisam intervir com a criança.
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