A Ciencia Cognitiva
Por: Mariana C • 10/11/2016 • Resenha • 283 Palavras (2 Páginas) • 242 Visualizações
A ciência cognitiva se caracteriza como o estudo interdisplinar entre ramos de conhecimento – psicologia, linguística, neurociência – para compreender a mente e a inteligência, possuindo raízes em problemas filosóficos clássicos, como “apenas os humanos tem mente?”. É um campo que desafia a tradicionalidade de algumas teorias filosóficas, e estas formulações devem ser consideradas em diálogos que busquem a reflexão sobre questões fundamentais da mente.
Na primeira geração das ciências cognitivas a mente é descorporizada, ou não corpórea, de modo que introduz o conceito de dualismo. Neste ponto o conceito de mente se assemelha com o de espírito, intelecto, pensamento. Para Descartes esta substância da mente seria distinta do corpo, organizadas em mundos singulares, a primeira estaria no mundo do pensamento, enquanto a outra se englobaria no da extensão, passividade.
A ciência cognitiva clássica se apoiava no pressuposto de que o modelo mais correto para compreender a funcionalidade da mente seria de natureza computacional, em outras palavras, a mente é um computador e seria possível reproduzir através de processos mecânicos o comportamento.
A segunda geração expõe a ideia contrária, de que a mente é corpórea, ou seja, há o monismo. Não existe distinção entre mente e corpo, sendo excluída assim a possibilidade de tratarem como duas entidades diferentes. Com base nisto, surge o Behaviorismo Radical, adotado por vários psicólogos, que busca aspectos fundamentais como o comportamento humano, uma relação entre o organismo e o ambiente.
Nesta geração, surge a abordagem chamada de cognição incorporada e situada, definindo o ponto de partida ao estabelecer que a cognição é um processo no organismo que possui uma estrutura física, o corpo, limitando a ideia computacional-representacional, já que a mente não é apenas um receptor de informações.
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