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A Contribuição de Piaget para Educação infantil

Por:   •  28/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.596 Palavras (7 Páginas)  •  2.035 Visualizações

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  1. CONTRIBUICOES DE PIAGET PARA EDUCACAO DE INFANCIA

  1. Breve historial de Jean Piaget

          Segundo VIEGA (2013: 69), Jean Piaget (1896-1980), foi biólogo suíço que dedicou a sua vida a estudar como evolui o pensamento das crianças. Na época em que começa a elaborar a sua teoria a posição que predominava do desenvolvimento da inteligência era a psicotécnica.

          Piaget esta preocupado com a idade pois era um indicador para compreender como se constroem e desenvolvem as crianças novas formas de pensamento ou de inteligência e não um critério de desenvolvimento VIEGA (2013: Sp).

  1. TEORIA DE APRENDIGEM DE PIAGET

Concepções sobre a Teoria de Piaget

Segundo RODRIGUES e BILA (S/A: 116), a teoria de aprendizagem de Piaget é uma teoria construtivista pois defende que os educandos devem construir os conhecimentos estimulados e orientados pelo educador. E é uma teoria integracionista, pois, defende que os educandos devem interagir com a mat´+eria e interagir entre si.

Aprendizagem na Teoria de Piaget

Na perspectiva de RODIGUES e BILA (S/A: 113), Piaget concebe que aprendizagem se realiza como processo de assimilação, acomodação, adaptação e equilibração.

    Através de progressiva exercitação, os esquemas se amoldam a situações mutantes, o que Piaget designava como acomodação. A acomodação é a criação de novos esquemas ou a modificação de velhos esquemas, o organismo se transforma para poder lidar com o ambiente. Já a assimilação refere-se ao processo em que não o organismo, mas o objecto que é transformado e se torna parte do organismo. (PIAGET, 1975).

Características de Teoria de Aprendizagem de Piaget

Na perspectiva de RODRIGUES e BILA (S/A: 114), Piaget defende que a aprendizagem deve ter em conta os estágios de desenvolvimento do pensamento sensório-motriz, pré-operatório, operatório-concreto e lógico-formal.

Segundo Piaget, todo e qualquer desenvolvimento passa por um processo de equilibrações sucessivas, ele preocupou-se em pesquisar, sobretudo a génese do conhecimento. Neste seu estudo utilizou principalmente o método clínico de observação. Afirma que “o conhecimento resulta da interacção do indivíduo com o meio e, todas as crianças passam por todos os períodos (estágios)”.

  1. Período sensório-motor

Compreende as semelhanças típicas de crianças dos 0 aos 2 anos refere-se aos processos de assimilação e acomodação.

            Nesta fase a criança constrói esquema. A afectividade e a inteligência são aspectos indissociáveis, destaca a construção da noção do “eu”, diferencia o mundo externo do seu próprio corpo, por exemplo: o bebé de 5 meses age em relação a um objecto enquanto ele estiver visível à sua frente, se este for coberto por um pano, imediatamente sua atenção volta para outro objecto, elas agem como se o objecto nunca tivesse existido.

            A partir dos 8 meses o bebé percebe que o objecto está ali debaixo do pano, experimenta grande satisfação descobrindo o objecto e o escondendo várias vezes.

  1. Pensamento pré-operatório

Compreendido dos 2 aos 7/8 anos e caracteriza-se pelo aparecimento da função simbólica ou semiotica, a diferenciação entre o significado e significante. A função simbólica surge com o aparecimento das palavras para designar os objectos e acções vividas directamente. A criança apreende as características dos objectos através dos órgãos dos sentidos.

            Marcada pela linguagem oral, por volta dos 2 anos a criança dispõe de esquemas representativos ou simbólicos, ideia pré-existente a respeito de algo. Este período recebe o nome de pensamento egocêntrico tendo ela própria como referência, exemplo: se um adulto perguntar a uma criança que tem irmãos, quantos irmãos ela tem, ela responderá nenhum, ou seja, o ponto de referência da família é ela mesma e não o outro.

            Esta etapa é também marcada pelo animismo, ou seja, a criança empresta a alma para coisas e animais, atribuindo-lhes sentimentos e intenções próprias do ser humano. É comum a criança dizer que a mesa é má, pois a machucou ou, que o vento “quer” embaraçar o seu cabelo penteado.

            Segundo Cláudia Davis, nesta etapa falta-lhe, portanto uma das condições de pensamentos necessários para que haja uma operação: a reversibilidade por isso o nome de período pré-operacional. (1990, p. 43).

            A criança não compreende que quando fazemos uma transformação apenas mudamos o lugar ou o formato do objecto, isso não o alterará, exemplo: se darmos a criança duas massinhas iguais que tenha a mesma quantidade de gramas, e mudar o formato de uma das massinhas, ela dirá que uma massa é mais pesada que a outra. A

  1. Pensamento operatório concreto

            Compreendido dos 7 aos 11 anos de idade, é caracterizado por a criança partir do concreto, observação directa, experiência directa, percepções directas para chegar a compreensão de características semelhantes gerais, conceitos, regularidades. A criança apreende as características essenciais das coisas e fenómenos com base nos objectos e fenómenos reais, concretos. E caracterizado pela fase de ingresso na vida escolar.

            O professor deve conduzir as crianças a observarem e analisarem objectos e fenómenos reais concretos, para incentivar o processo de socialização, as acções inter e intra- individuais, o que se manifesta no surgimento dos jogos das regras implícitas.

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