A Crise da Psicologia

A crise da psicologia

Podemos observar como vem sendo cada vez maior a crise na área de empregos da psicologia, isso não advém apenas da crise econômica em qual o país se encontra, mas também da crise da psicologia e outras áreas. Podemos ressaltar que o psicólogo sai da faculdade formado com a ideia de criar uma clínica, esperar por uma boa clientela, formada por uma parcela da sociedade mais bem privilegiada. Mas com o capitalismo acelerado e a crise econômica, nem essas pessoas estão podendo pagar, nesse sentido, podemos observar o declínio da profissão, além disso observamos que a população está carente, vivendo de apenas condições mínimas para a sobrevivência, como também de serviços de saúde mental e higiene mental.

Em outras áreas da psicologia também vemos sua importância, que vem sendo negligenciada, como na área escolar e empresarial. Na área escolar, nas escolas públicas, existe uma grande quantidade de alunos sem acesso a saúde mental, assim como na área empresarial que são as que requisitam de suporte de saúde mental mais complexos.

Podemos ver que a psicologia, saúde mental só é vista como uma engrenagem produtiva, uma vez que só roda em situações extremas, ou quando é admitido a entrada de muito dinheiro envolvido ou quando incomodam demais a ‘’paz’’.

Na psicologia também contamos com um machismo predominante, não apenas porque a maioria dos psicólogos são mulheres, mas porque também acentua sensibilidade e afeto, valores desconsiderados pelo machismo. Além disso, existe poucos profissionais que se interessam pela carreira acadêmica e profissional e preferem assim seus consultórios. Podemos ressaltar a persistência das instituições de psicologia a propor com que seus psicólogos continuem em suas clínicas ao invés de prestar serviços a comunidade ou propor programas que abordem a saúde mental a população.

O psicólogo já não sabe o que fazer quando abre oportunidades em instituições, ou assume atividades diferentes que o fazem perder sua identidade pessoal, ou vai para o escritório e assume a parte clínica individualmente.

Esse quadro que estamos relatando não é so realidade de nosso país, mas também de grande parte do capitalismo ocidental. Podemos observar que a formar de oferecer saúde mental no nosso país está em crise. A assistência baseada em internações não gera melhora, e sim em mais reinternações e mesmo assim, nem toda população possui acesso. E esses serviços ainda têm sido cada vez mais alvo de denúncias.

A doença mental vem trazendo aos pacientes um alto nível de incapacitações e atingindo um alto custo de sobrecarga ao sistema previdenciário. A psicologia que poderia ajudar nesse setor é vista como algo elitizado, sofisticado, caros e demorados.

Uma das saídas da crise da psicologia, vem sendo novas reivindicações sociais, que vem exigindo formas de se abordar a saúde mental, frequentemente acompanhados de projetos de atuação comunitária, onde os psicólogos também têm sido convidados e chamados a atuar.