A Estruturação e Processo Grupal

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Disciplina: Processos Grupais

Docente: Celione Oliveira

Estrutura e Processo Grupal

Discente: Sayonnara Thais

Natal/RN

Estruturação e Processo Grupal

Fraser (1978, p.183) conceitua estrutura de um grupo como as “relações estáveis entre elementos num grupo”. Processo, por outro lado, “refere-se a mudanças na atividade ao longo do tempo”. Ambos estão interligados, e cada um deles pode ser causa e efeito. Um primeiro critério para caracterizar a estrutura de um grupo, seria identificar seus elementos e quais deles operam na situação. Substituir uma pessoa por outra pessoa é uma maneira de identificar se a estrutura é determinada por pessoas, caso sofra alterações significativas à base são pessoas. Outro critério é o grau de formalidade, que não existe apenas em grupos de trabalho, acontece também num grupo de amigos. Um terceiro critério é a centralização. Nos grupos não existe apenas uma estrutura, diferentes dimensões (afeto, poder, etc) pressupõem diferentes estruturas. Fraser identifica algumas como afetividade ou apreciação, a comunicação e o poder. Uma estrutura afetiva espelha as ligações entre membros do grupo. Vale lembrar que as escolhas das pessoas mudam de acordo com cada situação, as configurações devem ser vistas como representativa do caso especifico. A estrutura de comunicação tem a ver com a forma que a informação circula no grupo. Uma estrutura de poder pode estar baseada em indivíduos, em posição ou em ambos. Assim como as bases de poder, as possibilidades de estruturação do grupo também são variadas.

O Conceito de Dinâmica de Grupo

Dinâmica é uma disciplina preocupada com as forças positivas e negativas atuando nos grupos humanos. Os grupos exercem uma influencia sobre os membros, que podem prejudica-los ou beneficia-los. Cartwright e Zander (1967, p.5) salientam o fato da expressão dinâmica de grupo ter se tornando imprecisa com sua popularização a partir da II Guerra Mundial. Analisando os diferentes usos da expressão, eles identificaram três empregos (1967, p. 5-6):

• Um tipo de ideologia politica, interessada nas formas de organização e direção de grupos;
• Um conjunto de técnicas – tais como o desempenho de papeis, discussões, observação [...]
• Um campo de pesquisa dedicado a obter conhecimento a respeito da natureza do grupo, das leis de seus desenvolvimentos e de suas inter-relações com os indivíduos, outros grupos e instituições mais amplas.

Beal et al (1967) fazem referencia a uma dinâmica do grupo como o conjunto das forças em interação, a cada momento nesse grupo. Eles dizem que, embora a palavra dinâmica possa parecer muito repetida é a única cujo sentido abrange todos os elementos do fenômeno.

Para Aubry e Saint-Arnaud (1978, p. 5-6), a expressão dinâmica de grupo, além de ser uma ciência voltada para o estudo da psicologia, refere-se a uma nova concepção de grupo, centrada no respeito mutuo e na divisão de responsabilidade entre os membros.

Johnson e Johnson (2000, p. 37) visualizam a dinâmica do grupo como uma combinação de teoria, pesquisa e pratica. Teoria, pesquisa e pratica atuam de maneira integrada, alimentando-se mutuamente.

Vale a pena citar os vários sentidos da Dinâmica de Grupo listado na obra Clássica de Lauro Oliveira Lima, “Treinando em Dinâmica de Grupo: no Lar, na Empresa, na Escola” (1969 p. 71-72).