Resenha do texto: PROCESSO GRUPAL E A QUESTÃO DO PODER EM MARTIN-BARÓ
Por: Tamara Rocha • 28/10/2016 • Resenha • 358 Palavras (2 Páginas) • 2.316 Visualizações
Resenha do texto: PROCESSO GRUPAL E A QUESTÃO DO PODER EM MARTIN-BARÓ
Martin Baró (1989) faz menção ao trabalho de Lane (1984) e ambos falam em processo grupal e não em grupo, o que representa além da diferença de denominação, uma diferença de fenômeno estudado.
Martin Baró aponta que a parcialidade dos paradigmas predominantes, a perspectiva individualista e o ahistoricismo são problemas da maioria dos modelos de teorias grupais utilizados pela psicologia social. Para superar esses problemas, uma teoria dialética sobre o grupo humano deve dar conta da realidade social sobre o grupo, sem levar em contaas características pessoais dos indivíduos, deve incluir tanto os pequenos grupos como os grandes grupos e incluir como um de seus aspectos básicos o caráter histórico dos grupos humanos.
O autor ressalta que o grupo é um conjunto que não pode ser reduzido à soma de seus membros e que a análise do processo grupal deve ser baseada na identidade do grupo, no poder do grupo com relação a demais grupos e a atividade grupal. Utiliando-se dessas três dimensões, Martin Baró diferencia os grupos em primários, funcionais e estruturais.
O autor afirma que o poder está presente em todos os aspectos da vida humana e que na perspectiva da psicologia social, a análise do poder na vida cotidiana pode ser mais relevante.
Do ponto de vista da psicologia social, o poder tem tendência a ocultar-se e a se negar como tal. Essa tendência é demonstrada nos estudos sobre a socialização, que é uma das formas mais eficazes de ocultação do poder que busca a normatização da ação-humana.
Segundo Martin Baró, o poder pode influir no comportamento das pessoas e dos grupos impondo uma direção concreta à ação e configurando o mundo das pessoas e determinando os elementos dessa mesma ação.
O autor ressalta que o poder está baseado na posse diferencial de recursos que permite que alguns imponham seus interesses a outros. Assim, os grupos mais poderosos serão aqueles que disponham de recursos materiais, culturais e pessoais.
Os parâmetros utilizados para a análise do processo grupal não podem ser pensados isoladamente, mas articulados e influindo um no outro.
Referências bibliográficas:
MARTINS, Sueli. Processo Grupal e a Questão do Poder em Martin-Baró.
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