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A Familia Em Desordem

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Por:   •  2/9/2013  •  612 Palavras (3 Páginas)  •  412 Visualizações

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No primeiro capítulo Elisabeth começa citando: “Como assinalava Claude Levi-Strauss em 1956, "a vida familiar apresenta-se em praticamente todas as sociedades humanas, mesmo naquelas cujos hábitos sexuais e educativos são muito distantes dos nossos. Depois de terem afirmado, durante aproximadamente cinqüenta anos, que a família, tal coma a conhecem as sociedades modernas, não podia ser senão um desenvolvimento recente, resultado de longa e lenta evolução, os antropólogos inclinam-se agora para a convicção oposta, isto e, que a família, ao repousar sobre a união mais ou menos duradoura e socialmente aprovada de um homem, de uma mulher e de seus filhos, e um fenômeno universal, presente em todos os tipos de sociedades. ”” É em função da união de um ser masculino e outro ser de sexo feminino, que a família é um fenômeno universal que supõe uma aliança de um lado (o casamento) e uma filiação do outro (os filhos).

Existem três grandes períodos na evolução da família. Na primeira fase, é formada a família tradicional na preocupação com a transmissão de um patrimônio. Os casamentos eram organizados pelos pais, sem que a vida sexual dos esposos fosse levado em conta, pois geralmente eram muito novos. A segunda fase a família moderna tinha como característica o amor romântico, por intermédio do casamento. Finalmente a terceira, a partir dos anos 90, é criada a família ''contemporânea" ou ''pós-moderna", nela o relacionamento dura enquanto houver amor e prazer. É uma fase que marca o início de divórcios e separações.

A autora apresenta o pai da família tradicional como a encarnação familiar de Deus. Sua figura era sagrada e jamais era contestado. Na Idade Média ele se torna um corpo imortal, pois nomeia seus filhos e lhes passa sua semelhança.

Ao final do capítulo ela conta a história de Luis XV e Damiens, em 1757. Damiens era de origem camponesa e apresentava problemas psicológicos. Ele ficou obcecado pela idéia de que o reino chegaria ao seu fim, e resolveu chegar até o rei. Segundo boatos, o rei acabaria por ser governado por uma mulher e por isso Damiens fez um corte no rei, que nunca se recuperou. Alguns anos, com a Revolução, Luis XV foi decapitado, e segundo Foucault a cena foi uma das mais cruéis de todos os tempos. O curioso do fato foi que os homens rapidamente pararam de assistir a cena, enquanto as mulheres permaneceram observando o acontecido, o que acaba por desencadear uma grande discussão na questão no feminismo.

A autora fala do crescimento da mulher, o pai deixa de ser o veículo único de transmissão psíquica e carnal, e divide esse papel com a mãe. Neste capítulo a autora introduz o estudo de Freud, que dizia que o pai gerava o filho que será seu assassino, explicado posteriormente no Complexo de Edipo. Roudinesco escreve uma frase de Auguste Conte:'' Os filhos são sob todos os aspectos, mesmo fisicamente, muito mais filhos da mãe que do pai", mostrando a evolução da mulher.

A ordem familiar-burguesa repousa em três fundamentos: A autoridade do marido, a subordinação e a dependência dos filhos.

Ao longo dos anos é possível analisar a mudança na maneira que a mulher é vista dentro de uma família, a medida que passa ela vai tendo mais destaque na família.

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