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A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem

Por:   •  18/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.534 Palavras (19 Páginas)  •  147 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PSICOLOGIA

A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem no Desenvolvimento da Infância

Flavianny Rodrigues V. Silva

Guilherme Henrique

Haysse de Freitas N. Santos

Letícia Santos Souto

Letycia Rezende D. Feitosa

Laís Dufrayer Coelho Silveira

Goiânia, 15 de maio de 2020

Introdução

As autoras do trabalho abordam em sua introdução a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento infantil na faixa etária de 3-6 anos. Dissertam sobre as características típicas e espontâneas da infância que envolve sonhos e brincadeiras, em suas palavras “... onde a realidade e o faz de conta intercalam-se”. As autoras ainda defendem que tais características infantis devem ser exploradas para fins educativos e não somente para fins recreativos. “O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância” afirmam.

De acordo com o texto, através da vivencia lúdica o educador pode direcionar o desenvolvimento da criança para diversas áreas do saber com maior facilidade, tendo em vista a espontaneidade com que a criança acessa as questões lúdicas. “Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental”. Outra questão importante abordada pelas autoras é que, vivencias lúdicas capacitam a criança a simbolizar questões ainda complexas e subjetivas para sua fase de desenvolvimento. Brincar é um impulso natural, através da espontaneidade do brincar que a criança poderá explicitar as diferentes percepções concebidas dentro do seu contexto familiar e social.

Desenvolvimento Cognitivo Infantil

A infância é a fase onde a criança se desenvolve gradativamente e lentamente, iniciando este percurso desde a concepção que devido a sua interação com o meio forma-se um ser biopsicossocial e espiritual, aonde este vai se adequando ao mundo.

A idéia de crescimento vai além do termo físico que entendemos como o crescimento orgânico; quando citamos o crescimento biológico incluímos o desenvolvimento mental, sendo este o resultado de um processo de construção de diversos fatores como influências biológicas, intelectuais, sociais e culturais, além do aparecimento gradativo de estruturas mentais.

Piaget cita quatro estágios de desenvolvimento da criança, sendo eles: o primeiro período que compreende ao estágio sensório-motor (0-2 anos); o segundo correspondido pelo pré-operatório (2-7 anos); terceiro que são as operações concretas (7-12 anos); e por último o quarto período que são as operações formais (12 anos em diante).

Cada período corresponde a algumas características:

Sensório-motor: o bebê assimila o mundo através de suas percepções e ações; alto crescimento físico que geram novos comportamentos e habilidades; em relação a linguagem é característica o balbuciar ou ecolalia, onde ele repete sons e palavras.

Pré-operatório: aparecimento da linguagem que faz com que a criança desenvolva seus aspectos afetivos, sociais e intelectuais; pensamento egocêntrico; o corre o jogo simbólico, onde o faz de conta e fantasias aconteçam; ocorre também o animismo que é dar ‘’alma’’ aos objetos inanimados.

Operações concretas: compreensão de regras; ordena elementos por tamanho, peso, desenvolvimento das noções de tempo, espaço, ordem; compreende também os processos ao inverso do que foi observado anteriormente.

Operações formais: ápice do desenvolvimento cognitivo;  cria hipóteses, deduções e não mais só o que se observa da realidade; lida com conflitos, liberdade e justiça.

Para o autor o desenvolvimento cognitivo esta atrelada a com mudanças qualitativas e quantitativas, permitindo que o indivíduo se construa e reconstrua fazendo com que encontre um equilíbrio.  A formação da criança se da através da interação com o meio em que ela se desenvolve.

O Jogo Simbólico

É na infância que a fase das fantasias se inicia representando de modo figurado os sentimentos, colocando uma característica humana em um ser inanimado, isso devido a constante descoberta do mundo que foge a sua pequena experiência. Têm-se até hoje a opinião de que a imaginação da criança é mais rica do que a do adulto, dando a entender que a assim que a criança vai crescendo ela vai diminuindo a força da imaginação e das fantasias. A imaginação da criança [...] não é mais rica, é mais pobre do que a do adulto; durante o desenvolvimento da criança, a imaginação também evolui e só alcança  a sua maturidade quando homem é adulto

O jogo simbólico caracteriza-se pela representação da realidade, por uma tendência imitativa e imaginativa e aplica-se à imaginação, devido ao fato de ser situações as quais são impossíveis de serem realizadas sozinhas, devido à sua faixa etária. Para Vygotsky apud Arce (2004), uma das atividades principais da infância é a brincadeira, relacionando com a sua teoria, a brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança, pois permite à criança a interiorização de ações que ultrapassam sua idade, mas permitindo uma aquisição da sua realidade circundante de maneira criativa. Assim facilitando a compreensão acerca da realidade, já que ainda são incapazes de entender respostas realistas, mas uma função dessas inúmeras fantasias elaboradas pelas crianças é a de equilibrá-la emocionalmente diminuindo suas angustias e ansiedades. O crescer é confuso, no entanto a criança atribui na fantasia como forma de elaboração para várias experiências. Dessa forma, quando na brincadeira a mesma fica doente, morre, são formas de estas lidarem com suas angústias.

Já que a vida para a criança às vezes e difícil de entender, há necessidade da criança entender esse mundo caótico, e o lúdico possibilita as crianças uma elaboração de seus conflitos internos, organizando simbolicamente o mundo real, além de ser uma fonte de prazer, promove uma economia na despesa psíquica, além de fazer um investimento emocional altíssimo, já que leva a sério o mundo da fantasia. O brincar da criança é determinado por desejos.

O Lugar do Lúdico no Desenvolvimento Cognitivo da Criança

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