A MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: CAMINHO PARA O APRENDIZADO?

Introdução

O presente trabalho é uma pesquisa de campo em escola sobre processos de escolarização. O tema do mesmo é “Medicalização da Educação: Caminho para o aprendizado?”. Com base em cinco artigos científicos com o tema sobre medicalização, foi elaborado um questionário para pesquisa em uma escola pública e outra privada. A pesquisa tem como objetivo levantar dados para serem analisados de acordo com o levantamento bibliográfico realizado.

Determinados mitos e preconceitos acerca das causas das dificuldades de aprendizagem acabam por interferir de forma negativa na compreensão que se pode produzir sobre o não aprender.

O preconceito se coloca como um obstáculo à transformação do sistema educacional. Vários são os preconceitos existentes na escola, um deles é atribuir às características inatas, biológicas da criança, as causas do fracasso escolar. A escola é uma instituição, que atende a determinados interesses políticos e sociais, ao olharmos apenas para o aluno desconsiderando toda rede de relações e interesses que estão em jogo na escola, estamos na verdade, culpabilizando a própria vítima, no caso, o aluno.

O processo de transformar questões sociais em biológicas é chamado de biologização. Na escola tal processo pode ser observado quando se coloca em alguma doença ou disfunção a causa do problema de aprendizagem. O deslocamento da discussão acerca das causas do problema de aprendizagem das questões político-pedagógico para as questões médicas é chamado de medicalização do processo esino-aprendizagem. Sugere-se também o termo patologização na medida em que outros profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros, psicopedagogo, possam estar envolvidos.

O espaço escolar, voltado para a aprendizagem, para a normalidade, para o saudável, transforma-se em espaço clínico, voltado para os erros e distúrbios. Sem qualquer melhoria dos índices de fracasso escolar. Porém, se as crianças continuam não aprendendo, a isto agrega-se, em taxas alarmantes, a incorporação da doença, uma doença inexistente.

Métodos

a) Sujeitos

b) Instrumentos

c) Aparatos de pesquisa

d) Procedimentos para coleta de dados

e) Procedimentos para análise de dados

Ressalvas éticas.

Este instrumento tem caráter puramente acadêmico e será utilizado única e exclusivamente para esse fim, preparando o aluno para utilizar procedimentos éticos, os entrevistados e a instituição em que trabalham não serão identificados para a classe, ficando os dados pessoais restritos somente ao professor responsável pela disciplina. Caso os entrevistados permitam, as entrevistas serão gravadas e depois transcritas para garantir a fidedignidade dos dados e, se assim o desejarem poderão ter acesso a essa transcrição.

Referências Bibliográficas

FÓRUM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA SOCIEDADE. Recomendações de práticas não medicalizantes para os serviços e profissionais de educação e saúde.

Disponível em: http://medicalizacao.org.br/recomendacoes/ Acesso em: 09 set. 2015.

MOYSÉS, M. A. A., COLLARES, C. A. L. Sobre alguns preconceitos no cotidiano escolar. In: Alfabetização: passado, presente, futuro. São Paulo: FDE, 1993. p. 9-25. (Série Ideias, 19).

Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_19_p09-025_c.pdf Acesso em: 09 set. 2015

SZYMANSKI, Maria Lídia Sica. Dificuldades de aprendizagem (DA): doença neurológica ou percalço pedagógico? Boletim Técnico SENAC: R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 38, nº 3, set./dez. 2012.

COLLARES, C. A. L; MOYSES, MOYSES, M. A. A. Transformação do Espaço Pedagógico em Espaço Clínico (A Patologização da Educação). In: Cultura e Saúde na Escola. São Paulo: FDE, p.025-031. (Série Ideias, 23)

Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_23_p025-031_c.pdf

Acesso em: 09 set. 2015.

MARIN, Ana Paula. Fracasso escolar e políticas públicas: a ampliação do ensino fundamental. X Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional. Universidade Estadual