A MULHER, MÃE E ACADÊMICA: DESAFIOS E DILEMAS
Por: Edvirgem Figueiredo • 22/8/2022 • Artigo • 2.932 Palavras (12 Páginas) • 153 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH
CURSO BACHARELADO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE ESTÁGIO BÁSICO II
MULHER, MÃE E ACADÊMICA: DESAFIOS E DILEMAS
Rio branco, Acre
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
MULHER, MÃE E ACADÊMICA: DESAFIOS E DILEMAS
Pré-Projeto de Pesquisa apresentado como exigência para obtenção de nota parcial de N1 na disciplina de Estágio Básico II, do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Acre (UFAC), sob orientação da professora Espec. Cleonice do Nascimento Frota Soares
Rio Branco, Acre
2022
APRESENTAÇÃO
Falar de maternidade na academia é antes de tudo pensar historicamente como o papel social da mulher foi construído ao longo da história. No período medieval, por exemplo, notava-se que o tratamento com as mulheres era de submissão, uma vez que elas eram comandadas pelo simples fato de serem mulheres. Em outro período histórico, no que diz respeito à história das mulheres, se passou durante a Idade Média a famosa caça às bruxas, movimento religioso de perseguição praticado contra o sexo feminino principalmente na Europa, em que muitas mulheres sofreram agressões e até mesmo morreram por serem consideradas feiticeiras. Onde na realidade, as bruxas ou feiticeiras eram mulheres que agiam contra o sistema tradicional e questionavam a sociedade da época. Por isso, era preciso achar um motivo para que a população se voltasse contra elas, a fim de que fossem queimadas simplesmente por serem do sexo feminino.
Ao fim do período medieval, as mulheres assumiram importante papel no desenvolvimento econômico social. Aparecendo um novo modelo de relação de trabalho, tendo em vista o alto crescimento da economia urbana, tornando a família um novo núcleo de atividade econômica nesse período, assim as mulheres passaram a ser inseridas nesse espaço, nesse sentido muitas passaram a possuir rotinas de vida dupla, não mais sendo apenas donas de casa, agora também trabalhadoras pertencentes ao mundo produtivo do mercado de trabalho.
Mesmo com a nova função e que tenha surgido a possibilidade de as mulheres alcançarem independência social e profissional, ainda havia conflitos com as regras impostos pela cultural de uma sociedade patriarcal, sobre o sexo feminino. E, dentro desse processo histórico é sabido que esse sistema patriarcalista imperou em todas as civilizações e, consequentemente, se construiu uma divisão social de trabalho pelo gênero, onde prevalecia a exclusão e o silenciamento feminino e a dominação masculina.
Ao longo dos vários períodos da história a mulher teve sua representatividade marcada por determinadas características ou concepções, dentre elas: o de cumprir o papel de constituir família, procriar e dar continuidade a espécie; já foi vista como um ser diabólico e maligna até a concepção de fraca e impotente, onde constrói-se um novo padrão de comportamento feminino esperado. Surge, então, o modelo ideal de mulher, virgem, esposa e mãe. E, ao longo da história, as mulheres foram silenciadas por muito tempo, e o mesmo, se dá pela representação de submissão e rejeição.
Não se pode negar que nos últimos anos o movimento feminista trouxe muitos avanços e direitos as mulheres, mas em razão da contextualização histórica, pode-se perceber que a mulher contemporânea é um reflexo de cada um dos papéis de mulheres citadas, apesar dos tempos e das mudanças, ainda há características de subjugação, inferiorização e representação que foram preservadas e reproduzidas como nas civilizações do passado. O papel da mulher na história foi sempre retratado como o de mãe e esposa, mesmo assumindo outras tarefas, a maternidade ainda lhe compete e é sua função reproduzir. A mulher contemporânea herdou as representações femininas construídas ao longo da história. As ideologias sociais e culturais ainda encarregam e responsabilizam a mulher de ser uma boa esposa e genitora (BEAUVOIR, 2009).
Mesmo com as atuais mudanças de conceito e percepção sobre a maternidade, esse ainda é seu maior desafio. A mulher assumiu novas posições, transpôs barreiras morais e legais, mas gerar uma vida é uma função exclusivamente feminina. Segundo Scavone (2001), “a maternidade ainda separa as mulheres socialmente dos homens e pode até legitimar, em determinados contextos, a dominação masculina”, o que pode ser verificado na experiência de mulheres que se tornam mães no contexto acadêmico.
E, é nesse viés, que o presente projeto visa adentrar no contexto: mãe e universitária, ou seja, dar uma atenção especial a esse público, em específico, que engravidam ao adentrar ou, até mesmo, que esteja cursando a graduação em um determinado tempo. Além disso, será abordado o fato da falta de políticas públicas que seja suficiente para dar suporte e apoio á elas, também os desafio e dilemas enfrentando por essas mães. Ainda que com todos os avanços em torno da emancipação e liberdade das mulheres, o meio acadêmico ainda não é um espaço pensado para elas. Nesse sentido, é importante trazer a discussão o fato da falta de políticas públicas educacionais ou a ineficácia das mesmas, voltadas nesse caso especificamente para o ensino superior, podem ser consequência de muitas evasões, trancamentos e até discriminações, onde não existem sequer dados estatísticos oficiais a respeitos dos mesmos. Todavia, são problemáticas reais dentro das universidades e vivenciadas por mulheres que se tornam ou são mães no meio acadêmico. Assim, ser mãe-acadêmica significa ter de enfrentar incontáveis desafios para permanecer e concluir os estudos, e avançar nessa carreira é sobretudo ter de vencer as mais diversas barreiras impostas.
Será feito com entrevistas e resultados dentro da universidade federal do Acre.
2 TEMA
Mulher, mãe e acadêmica: desafios e dilemas
3 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Mulher, mãe acadêmica: desafios e dilemas enfrentados no dia a dia na Universidade Federal Do Acre
4 PROBLEMA
Impasses sofridos por mães acadêmicas entre a conciliação com a maternidade e estudos.
OBJETIVOS
2.1 GERAL: Analisar como a maternidade e a carreira acadêmica pode ser conciliada no Campos da Universidade do Acre.
2.2 ESPECÍFICO:
• Observar como as mães se sentem frente a ausência materna no período das aulas;
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