A Memória Behavorista
Por: Gabriella Batista • 1/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.540 Palavras (7 Páginas) • 235 Visualizações
Universidade Federal Fluminense
UFF
Gabriella Batista da Silva
Lucas Cunha Guimarães
MEMÓRIA
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Rio das Ostras
2016
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO...............................................................................3.
II. TIPOS DE MEMÓRIAS.................................................................3.
III. HIPOCAMPO E AMNÉSIA...........................................................5.
IV. ESQUECIMENTO........................................................................6.
V. CONCLUSÃO...............................................................................6.
VI. REFERÊNCIAS...........................................................................8.
I. INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho visa apresentar uma compilação e explicação das principais informações passadas pela professora Ana Cristina Trancoso sobre a parte da disciplina Aprendizagem e Memória que se refere a memória, seu funcionamento e as formas e modelos como se apresenta, baseando-se nos slides expostos em aula.
A origem do termo Memória vem do latim e significa "faculdade de reter e/ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências". Esta capacidade cognitiva não é, entretanto, passiva. Quando recuperamos uma informação, não a reproduzimos da mesma forma como foi armazenada, pois seus materiais sofrem alterações na medida em que muita coisa se perde e se transforma com a passagem do tempo e vivência de novas experiências. Logo, podemos considerá-la uma função cerebral ativa, pois não reproduzimos fielmente as informações adquiridas quando as selecionamos, alteramos e excluímos.
A memória desempenha papel fundamental em nossas vidas uma vez que esta possui forte relação com nosso comportamento e aprendizagem. Sem ela, os processos de aprendizagem estariam sempre a se iniciar, impossibilitando novas aprendizagens. Portanto, ela é a base de nosso conhecimento, nos proporcionando a capacidade de considerar o passado para nos situarmos no presente, mudando assim nosso comportamento através das experiências armazenadas na memória. Os estudos de Karl Lashley que se direcionaram em encontrar o local neural onde se localizam os traços de memória (engrama) no Sistema Nervoso Central (SNC) foram inconclusivos pois notou-se que não era possível encontrar no SNC traços específicos de memória, entretanto, pelo fato da memória e aprendizagem andarem sempre juntas, acredita-se que a primeira é a retenção da segunda e que o armazenamento se dá tanto no encéfalo, como em outras partes.
II. TIPOS DE MEMÓRIA
Podemos dividir a memória em três diferentes tipos: de curta duração, longa duração e memória de trabalho. O primeiro tipo é a retenção da informação sobre eventos ou fatos recentes. Quando esta forma de memória é ativada, a atividade neural é mantida por algumas horas e não gera alteração persistente nas sinapses, que são as zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outra de neurônios. O tempo estimado para a memória de curto prazo varia de minutos a quatro ou seis horas.
No segundo tipo de memória temos a de longo prazo, que como o nome sugere, permanece conosco por um longo período de tempo. Na sua formação, estão envolvidos uma série de processos metabólicos no hipocampo e outras estruturas cerebrais que compreendem diversas fases e que requerem entre três a oito horas. Até que seja feita a conclusão de tais processos, as memórias de longa duração permanecem lábeis. O conjunto destes processos juntamente com seu resultado final se denominam como Consolidação, que é o processo resultante de uma mudança estrutural nas sinapses ou uma alteração bioquímica nos neurônios envolvidos, fazendo com que uma aprendizagem recente se torne duradoura.
Para melhor entender como se dá esta memória de longa duração, deve-se conhecer também o precesso de potenciação de longo prazo (PLP), que é o modelo celular dos processos de memória que causa aumento das respostas pré-sinápticas por horas, dias ou semanas após uma estimulação repetitiva, os axônios pré-sinápticos são estimulados através de estimulações elétricas breves e de alta frequência (estímulo tetânico) evocando um potencial excitatório pós-sináptico, a PLP é vista como a base molecular da memória, aumentando, assim, a efetividade das sinapses e enquanto a PLP não estiver concluída, não ocorrerá à memória de longa duração.
Há também uma subdivisão dentro das memórias de longo prazo. Esta divisão consiste na diferenciação entre Memória Declarativa ou Explícita e Memória Não Declarativa ou Implícita. A primeira é concentrada no hipocampo e nas áreas corticais; é a memória episódica (lembranças de eventos acontecidos conosco, que descrevem episódios de nossas vidas, como a lembrança de uma situação ocorrida no ensino médio, de uma conversa tida ontem, fatos da infância) ou memória semântica (que descreve nosso conhecimento organizado sobre o mundo, incluindo o conhecimento o conhecimento das palavras e de outras informações não pessoais). Já a Memória declarativa ou implícita é concentrada no estriado e nas amigdalas. Podendo também ser dividida em dois grupos, a Memória de Procedimentos não precisa ser expressa com palavras, pois caracteriza-se pelo conhecimento sobre o modo de fazer algo, como dirigir, jogar bola, etc. Já as Memórias Emocionais Aversivas ocorrem em situações em que o medo está envolvido, fazendo com que os sistemas implícito e explícito geralmente funcionem em associação. Desta maneira, o indivíduo se lembrará da situação que lhe causou medo, com quem estava e o que estava fazendo no momento, pois através do sistema da amigdala, o estímulo que lhe causou medo irá produzir as reações autonômicas como aumento da pressão sanguínea, sudorese, entre outras reações corporais.
Por último, temos a memória de trabalho. Esta memória é considerada uma parte da memória de curto prazo, sendo imediata e se relacionando com o que estamos fazendo no momento. Ela é responsável também por coordenar atividades mentais e contém apenas informações que estão ativas.
III. HIPOCAMPO E AMNÉSIA
É importante ressaltar que mesmo depois de adquiridas, as memórias não estão livres de sofrerem alterações mesmo em suas primeiras horas em decorrência de drogas, outras memórias, lesões, entre outros possíveis fatores. Lesões no hipocampo, por exemplo, podem afetar o armazenamento da memória de longo prazo e a geração de novas memórias. Esta perda de memória em decorrência de lesões no hipocampo pode inclusive afetar nossas emoções na medida em que podemos ficar, por exemplo, desamparados em uma situação de risco caso não soubermos qual caminho seguir devido a falta de vivências passadas.
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