A Natureza da Teoria da Personalidade
Por: Angelica Cravo Roxo • 1/11/2019 • Resenha • 1.210 Palavras (5 Páginas) • 172 Visualizações
Aula 1 - A Natureza da Teoria da Personalidade
Todos têm uma personalidade e a sua vai ajudar a determinar os limites do sucesso e das realizações na sua vida. Tudo o que você conseguiu até agora, tudo o que espera conseguir, se vai ser um bom cônjuge, bom pai ou boa mãe e até mesmo seu estado geral de saúde podem ser influenciados pela sua personalidade e pela das pessoas com quem você interage. Sua personalidade pode limitar ou expandir suas opções e escolhas, impedi-lo de partilhar certas experiências, ou permitir que você saiba aproveitá-las. Ela restringe certas pessoas, e abre o mundo para outras.
Quantas vezes você já descreveu alguém como tendo uma personalidade maravilhosa? Com isso você está querendo dizer que essa pessoa é afável, agradável, boa companhia e alguém com quem é fácil se dar bem – o tipo de pessoa que selecionaria como amiga, companheira de quarto, colega de viagem ou colega de trabalho.
Enquanto você julga a personalidade dos outros, eles também estão julgando a sua. Essas opiniões mútuas que moldam tanto a vida dos julgadores como a dos julgados são dadas inúmeras vezes no decorrer da nossa vida, sempre que nos deparamos com uma situação social que exige interação com novas pessoas. Obviamente, a quantidade e a variedade de situações sociais de que você está disposto a participar também são determinadas pela sua personalidade – por exemplo, a sua relativa sociabilidade ou timidez.
Somente no final da década de 1930 o estudo da personalidade foi formalizado e sistematizado na Psicologia norte americana, principalmente com o trabalho de Gordon Allport, da Universidade de Harvard.
Cinco fontes de influência sobre a teoria da personalidade:
- Observação clínica (Freud, Jung)
- Tradição Gestáltica ((Kurt Lewin)
- Psicologia Experimental (Skinner)
- Teoria da Aprendizagem (Bandura)
- A genética e a fisiologia (Eysenck)
Enquanto os teóricos da personalidade estavam tirando suas ideias mais importantes principalmente da experiência clínica (Charcot, Freud, Janet, McDougall e Stern), os psicólogos experimentais (Helmholtz, Pavlov, Thorndike, Watson e Wundt) estavam prestando atenção aos achados do laboratório experimental.
A Psicologia se desenvolveu no século XIX, como fruto da filosofia e da fisiologia experimental. Os primeiros teóricos da teoria da personalidade (Freud, Jung) tinham formação em medicina, mas trabalhavam também como psicoterapeutas.
Duas generalizações referentes a teoria da personalidade:
- A teoria da personalidade ocupou um papel dissidente no desenvolvimento da Psicologia. Os teóricos da personalidade foram rebeldes em sua época: rebeldes na medicina e na ciência experimental, rebeldes contra ideias convencionais e práticas usuais.
- As teorias da personalidade são funcionais em sua orientação. É uma teoria integrativa. Foi o teórico da personalidade que nos tempos iniciais da Psicologia lidou com questões que, para a pessoa comum, pareciam estar no âmago de uma ciência psicológica bem-sucedida. (O teórico da personalidade queria saber por que alguns indivíduos desenvolviam sintomas neuróticos incapacitantes na ausência de patologia orgânica, qual era o papel do trauma infantil no ajustamento adulto, em que condições a saúde mental poderia ser recuperada e quais eram as maiores motivações subjacentes aos comportamentos humanos).
Os teóricos da personalidade costumavam atribuir um papel crucial aos processos motivacionais, eles perceberam que era a chave para o entendimento do comportamento humano em sua totalidade.
A maioria dos psicólogos da personalidade insistia que a pessoa deveria ser vista como uma pessoa inteira funcionando em um habitat natural.
O teórico da personalidade vai montar o quebra-cabeça (apresentado pelos achados distintos de estudos separados dentro de várias especialidades que constituem a Psicologia).
O que é personalidade?
Personalidade vem da palavra latina persona que se refere a máscara utilizada pelos atores em uma peça. Cada vez mais, muitos de nós usamos outra face, não pessoalmente, mas através da internet em sites de redes sociais, como o Facebook. Como resultado, outra definição de nossa personalidade pode ser a forma como os outros nos veem on-line.
É claro que, como sabemos, nem sempre somos honestos na forma como nos apresentamos pessoalmente, em especial quando conhecemos pessoas novas que desejamos impressionar, como uma “paquera” ou um empregador. Com pessoas que já conhecemos há certo tempo, com aqueles com os quais nos sentimos seguros e que não representam uma ameaça, podemos ser menos propensos a fingir.
Frequentemente utilizamos a palavra personalidade ao descrevermos outras pessoas e a nós mesmos. Poderemos até ter uma ideia se examinarmos o que queremos ao utilizar a palavra eu. Ao dizer eu, na verdade você está resumindo tudo sobre si mesma – do que gosta ou não, os seus temores e virtudes, pontos fortes e fracos. A palavra eu é o que o diferencia como indivíduo, separadamente de todos os outros.
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