A PEDAGOGIA SOCIAL
Por: Bruna Ruiz de Moura • 26/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.038 Palavras (5 Páginas) • 211 Visualizações
Segundo Morgensztern (1998), a pedagogia social é o “agir sobre si mesmo, com os outros e com as perguntas da sociedade, de tal forma que nossa ação torne possível o desenvolvimento sadio de outras pessoas e das condições sociais”. Sendo uma aplicação de ideias de Rudolf Steiner, onde ele formulou em 1919 como a denominação de “Trimembração do Organismo Social”, do interior de grandes ou pequenos grupos sociais, como empresas ou grupos de trabalho, bem como no âmbito do desenvolvimento de sensibilidade, responsabilidade e ação sociais individuais.
Em relação a história da pedagogia social, a mesma tornou-se popular na década de 50, graças a contribuição de um médico antroposófico chamado Dr. Bernad Lievegoed. O médico foi convidado para ocupar o cargo de professor de Psicologia Social na faculdade de Administração Empresarial de Roterdã, onde ele criou a disciplina de Pedagogia Social. Na atualidade é uma disciplina pedagógica onde faz parte de formação de professores, com uma visão importante e estratégica para formação de uma educação integral.
A pedagogia social é uma área do conhecimento que se dedica ao estudo das questões da sociedade, contribuindo para formação o desenvolvimento humano. Onde seu foco principal é a inclusão social e a formação cultural de grupos marginalizados, como a população rural, indígena, quilombolas, deficientes físicos e mentais, crianças carentes, entre outros.
Segundo Machado et al. (2014):
O objeto da Pedagogia Social é a Educação Social, o qual define o conteúdo dessa disciplina: a relação da educação com a sociedade. Para desenvolver sistemas teórico-práticos que possam servir de referência para a gestão de práticas educativas nos contextos sociais, a Pedagogia Social conserva um duplo caráter, sendo este geral e específico. O caráter geral da Pedagogia Social se refere à metateoria que organiza e justifica a constituição de perspectivas conceituais e matrizes metodológicas para construção e validação do conhecimento que se identifica em seu âmbito. O caráter específico, por sua vez, designa as diferentes abordagens que, plasmando-se ao conceito geral de Pedagogia Social, priorizam distintos aspectos às problemáticas relativas aos sujeitos, contextos socioeducativos e formas de atuação dos educadores sociais.
Machado et al. (2014) cita que a pedagogia social possui peculiaridade dentre outras disciplinas pedagógica e Ciências Humanas, pois aborda problemáticas sociais sob um olhar educativo.
Segundo Caliman (2010) a pedagogia social no Brasil teve sua concepção como ciência que pertencia ao rol das Ciências da Educação, sendo esta sensível à dimensão da sociabilidade humana. Esta educação ocorre de forma peculiar e particular, onde as agências formais de educação não conseguiram chegar, nas relações de ajuda a pessoas com dificuldades, em especial crianças, adolescentes e jovens que sofrem pela falta da atenção a suas fundamentais necessidades.
Conforme Caliman (2010):
Os processos educativos têm sido sempre centralizados, no Brasil, naqueles relacionados ao sistema escolar. A demanda emergente das necessidades sociais, especialmente aquelas referentes à infância e à juventude trouxe à tona outros processos educativos igualmente significativos e influentes. Em muitos casos a população socialmente excluída, em particular crianças, adolescentes e jovens, encontra em organizações sociais e outros ambientes não formais o apoio indispensável para superar as suas condições de exclusão. São associações, clubes, obras sociais e uma variedade de experiências que viabilizam a educação através de metodologias, projetos e ações que incluem o esporte, ao trabalho, o lazer, a cultura, a expressão, a arte. Em outras palavras, a escola é indispensável, mas não única nem suficiente, isto é, não se pode jogar sobre seus ombros toda a responsabilidade pela luta a favor da inclusão social.
Caliman (2010) salienta que a dimensão prática da educação social, não acontece necessariamente nas instituições de ensino e pesquisa, mas de forma intensa no Brasil, principalmente na década de 70. Dimensão teórica da educação do Brasil, que a pouco tempo atrás, mais de uma década parecia uma lacuna, passa então a ser uma realidade oriunda do esforço da sistematização
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